Another Hermione

17 - Sim!


Finalmente o jogo da Grifinória contra Sonserina, Régulo não sabia se torcia para mim ou para a própria casa, eu disse que torcesse para sua casa para não arranjar problemas com as cobras.

Era o café da manhã e acho que nunca vi o professor Slughorn e a professora Minerva se fuzilando e se alfinetando tanto quanto agora, eu até havia perguntado o porquê, os alunos disseram que era porque eu era uma das alunas favoritas de Slughorn mas estava jogando contra sua casa. A lufa-lufa e a Corvinal torciam para a Grifinória com os rostos pintados de vermelho e amarelo. E pela primeira vez, eu notei Xenofílio Lovegood. Com o rosto pintado de leão e olhos levemente arregalados, seus cabelos brancos estavam com partes douradas berrantes. É... Ele realmente é o pai da Luna. A mesa da Corvinal o encarava como se estivesse com um rabanete pendurado no pescoço... E ele estava.

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Tentei me concentrar em comer e não em encarar o senhor Lovegood, James mal tocara na comida e tinha uma cara que eu até me preocupava.

– James, se não começar a comer, eu vou enfiar em você por um lugar não muito possível de se mastigar. – Ameacei e ele deu um salto no banco me encarando assustado, James atacou a comida e eu sorri satisfeita. Todos os membros do time estava ansiosos, eu nem tanto, estava feliz por ter a chance de derrubar Lúcio da vassoura. Sim, ele fazia parte do time como apanhador e ficava por ai se exibindo no uniforme com o peito estufado. Parecia um pavão.

– Você também tem que comer, Hermione. – Disse Sirius escorregando para o meu lado. – Não comeu nem menos da metade que normalmente comeria, e precisamos de você forte para derrubar aquelas cobras das vassouras. – Eu ri tomando mais uma colherada do mingau, Merlin, eu amo mingau! Era da consistência perfeita para se mastigar, mas também era mole o suficiente para virar na cabeça de alguém quando se está irritado.

Tomei apenas mais algumas colheradas para não ficar com fome depois e afastei a tigela estralando os dedos em um gesto ansioso, pela primeira vez, acho que estava caindo a ficha que eu iria jogar contra Sonserina e contra meu... Droga, o que Rabastan era meu?

– Que foi? – Perguntou Remus me tirando do transe, eu devo ter feito uma cara engraçada porque ele riu e respondeu. – É que você estava com a cara franzida olhando para o nada.

– Ah, não é nada. Só estou pensando no jogo. – Menti dando de ombros e ele estreitou os olhos logo depois dando de ombros e voltando a ler e a comer ao mesmo tempo.

– Certo time, vamos logo, daqui a pouco o jogo começa. – Wood disse meio nervoso e nós assentimos com a cabeça nos levantando, franzi a cara quando olhei para a mesa da sonserina e vi Parkinson beijando o pescoço de Rabastan em seu colo enquanto o mesmo murmurava algo baixinho e apertava sua cintura. Marcus, o outro batedor, seguiu meu olhar e abriu a boca surpreso.

– Pensei que vocês estavam namorando. – Eu virei a cara quando Rabastan me olhou assustado e estralei os dedos irritada.

– Pensou errado. – Respondi dura e voltei a marchar balançando o bastão na mão de modo ansioso e tentando não jogá-lo na cabeça do primeiro Sonserino a me irritar.

Uhoh, Mione, eu vou lá bater no coração para você se acalmar um pouco. – Granger falou e eu ri pelo nariz baixinho.

– Mione! – Olhei sobre o ombro e vi Régulo correndo pelos corredores, alguns do meu time pararam junto comigo e eu sorri para eles.

– Podem ir, eu alcanço vocês. – Eles assentiram e continuaram a marchar, me virei para Régulo, que estava ofegante, e sorri de lado. – Oi, Reggie.

– Oi... Eu... Só vim... Dar boa sorte! – Eu sorri de lado e o abracei, ele era apenas alguns centímetros mais baixo que eu, lhe dei um beijo na bochecha e sorri larga.

– Obrigada, Reggie! – Ele corou e eu lhe dei outro beijo estralado na bochecha, sorri uma última vez e ao ver que o time da sonserina já estava no final do corredor vindo eu nossa direção eu lhe dei uma piscadela correndo para alcançar meu time.

Quando cheguei perto deles, antes de virar o corredor, Marcus e Wood passaram os braços sobre meus ombros enquanto James andava com o peito todo estufado no meio dos meninos me fazendo rolar os olhos.

Chegamos no vestiário rindo das piadas horríveis de James e começamos a nos arrumar, e não, eu não ficava nua na frente deles. Eu apenas colocava os protetores e a blusa do uniforme.

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Nos sentamos nos bancos para escutar as instruções do capitão, ele estava mais confortável e relaxado depois das piadas estupidas do meu irmão, assim como o resto do time, mas eu ainda estava um pouco irritada e querendo muito derrubar alguns sonserinos das vassouras.

– Certo, nossas armas secretas são os Potter. O que eles viram nos treinos abertos não era nada. – Falou decidido e eu corei quando todos do time nos encararam, mas James sorriu de lado convencido. – Então, vamos esmagar aquelas cobras! – Gritou e nós fomos junto levantando os punhos. Todos se levantaram e começaram a sair, eu arrumei meu bastão no coldre e peguei minha vassoura me levantando estralando o pescoço. – Hermione, posso falar com você por um instante? – Eu arqueei as sobrancelhas surpresa, ele sempre me chamava de garota Potter...

– Claro, Wood. – Me sentei novamente e ele ficou a minha frente.

– Eu sei que você é a melhor batedora que já tivemos, e sei que não vai hesitar em derrubar Lestrange da vassoura.

– Ah, eu não vou mesmo. – Falei sombria apertando a vassoura com uma das mãos, ele sorriu de lado e me ofereceu a mão. Aceitei sorrindo e ele me puxou ficando ao meu lado.

– Quem sabe se nós não ganharmos, eu te ajude a bater em Malfoy. – Eu ri e ele me seguiu enquanto íamos para perto do time, todos respiramos fundo e saímos do vestiário ouvindo o estardalhaço nas arquibancadas, isso me deixou atordoada por um segundo, mas logo me recompus e continuei a marchar ao lado de Marcus, James sorriu para mim em sua posição e eu devolvi o sorriso entusiasmada.

– Certo, todos em suas posições! – Gritou a Madame Hooch e nós montamos em nossas vassouras indo para nossos lugares. – Quero um jogo limpo! – Exclamou olhando diretamente para o capitão da sonserina, que sorriu de lado olhando desdenhoso para Wood. – Certo, apertem as mãos. – Eles apertaram e eu tive a impressão que eles estavam tentando quebrar os dedos uns dos outros. Eles finalmente se soltaram e eu ri baixinho junto com Marcus, evitei olhar para Rabastan, mas sentia seu olhar me queimando. Madame Hooch soltou o pomo de ouro, eu não consegui acompanhar o mesmo.

Mas pelo visto, o nosso apanhador, Stevie, conseguiu.

Madame Hooch apitou e jogou o goles para cima dando início a partida, eu e Marcus corremos cada um para um lado e eu joguei um balaço no artilheiro da sonserina que estava com a bola, ele desviou pateticamente deixando a goles cair e dando chance James pegar, o mesmo atravessou o campo evitando os outros artilheiros da sonserina e comigo em sua cola o livrando dos balaços e os jogando nos outros jogadores.

No meio da partida conosco ganhando por 140 pontos, a maioria feita por James e muitos pontos evitados por mim, eu sempre acertava os jogadores que iam fazer ponto, Rabastan pegou a goles chutando a vassoura de Fábio, o irmão de Molly, e enquanto Marcus ia ajudar o garoto eu ouvi Parkinson gritando da arquibancada, com o sangue fervendo, eu joguei o balaço nele. O mesmo olhou para trás assustado e soltou a goles desviando por um fio do balaço, ele me olhou surpreso e eu fiz uma carranca virando a vassoura para o outro lado. A sonserina me vaiava enquanto a grifinória, lufa-lufa e corvinal faziam um estardalhaço por eu quase ter lhe acertado.

De longe, vi Lúcio mirar em um lugar e voar para lá, ninguém mais viu, sorri de lado maldosa e fui em direção a um balaço mirando onde Lúcio iria no tempo de três segundo e joguei com toda minha força.

Stevie prestou atenção em minha jogada e sorriu agradecido seguindo Malfoy, o balaço acertou a vassoura de Lúcio o fazendo desviar do caminho assustado rodando no ar e dando tempo de Stevie lhe ultrapassar e pegar o pomo de ouro. Todos fizeram silêncio por um segundo até Stevie levantar o braço mostrando algo dourado brilhando em sua mão e nós urramos em vitória.

A ansiedade queimava em mim e eu voei até James berrando junto com ele, sorrimos um para o outro e nos juntamos ao pessoal do time lá embaixo, quando descemos, os nossos companheiros de equipe nos colocaram sobre os ombros pulando enquanto eu urrava com o bastão no alto e James sorria bagunçando os cabelos.

***

– A Hermione, a garota que tirou Malfoy do curso! Literalmente! – Completou Wood no salão comunal rindo e gritando junto com os outros, eu ri corando e levantei meu suco de abobora para o alto sentada na poltrona. Estávamos tendo uma festa de comemoração, mas o barulho muito alto estava me deixando com dor de cabeça, me levantei sorrindo e acenei com a cabeça para Sirius e James, que bebiam cerveja amanteigada, e saí do salão comunal deixando o barulho para trás.

Andei até a escada da torre de astronomia e a subi lentamente bebericando meu suco de abobora, eu estava mais calma depois de ter jogado o balaço em vários sonserinos e ter ganho o jogo. Entrei na torre indo calmamente até a grade deixando a taça em cima da mesma, me escorei sobre ela vendo de longe a cabana de Hagrid e sorri fraquinho pensando em lhe visitar algum dia.

– Foi um bom jogo. – Alguém falou de repente e eu tomei um susto esbarrando na taça e a fazendo cair, olhei a mesma cair lá embaixo em um som irritante e suspirando olhei sobre o ombro para Rabastan.

– É, foi mesmo. – Murmurei voltando o olhar para os campos de Hogwarts, ele chegou perto lentamente e se pôs ao meu lado enquanto eu ficava cada vez mais tensa.

– Não sabia que era tão boa assim como batedora. – Acenei com a cabeça ainda sem falar nada escutando Draco o xingar de tudo que é nome me deixando levemente irritada. Ele me olhou com o canto de olho e suspirou se virando totalmente para mim com os braços cruzados. – Que foi?

– Nada. – Respondi curta e ríspida, ele arqueou uma sobrancelha e me cutucou, continuei sem encará-lo mas ele é bem insistente quando quer. Virei meu rosto irritada e sibilei. – Que foi?

– É sobre o que aconteceu hoje no café da manhã com a Parkinson? – Perguntou hesitante e eu senti a raiva queimar dentro de mim o olhando hostil, ele recuou um passo levemente e eu voltei meu olhar ao campo de Hogwarts. – Eu posso explicar-

– Não tem que me explicar nada, não somos namorados. – Falei e me virei saindo da torre o escutando balbuciar algo, ignorei isso e desci rápido as escadas quase tropeçando. Passei por um armário de vassoura e escutei barulhos de sucção, franzindo a cara em nojo bati na porta com força. Ouvi um grito conhecido e prendi a respiração me escondendo atrás da armadura que tinha ali, Kath saiu correndo do armário enquanto Remus saia de fininho limpando a boca, sorrindo triste para mim mesma, esperei ele ir atento em direção a torre da grifinória. Saí detrás da armadura e andei lentamente em direção ao sétimo andar olhando para os meus pés e com as mãos nos bolsos do short. É, hoje tinha começado tão bem...

Suspirei e passei três vezes pelo corredor pensando em um lugar onde eu poderia descontar minhas frustrações, mas a porta não apareceu. Bufei irritada, ótimo, nesse momento pessoas transando e eu aqui querendo apenas quebrar algo.

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Bufando, eu saí marchando em direção a biblioteca, quando eu ia abrir a porta gigante ouvi um miado rouco e agudo. Olhei ao redor desesperada, mas Madame Nor-r-a miava como nunca na vida, e logo o barulho da corrida manca de Filch me despertou, corri para um lado mas vi a luz da varinha de alguém, então estanquei no lugar e corri para o outro lado e vi a luz do candelabro de Filch, suspirando, eu me sentei no corredor vendo quem me alcançava primeiro.

Filch já estava na metade do caminho quando uma monitora da lufa-lufa apareceu, ela parou ao ver que o zelador já estava indo me pegar e foi patrulhar outro lugar, me levantei e fui em direção ao Filch.

– Fora da cama a essa hora! – Ofegou e eu franzi a cara para ele pensando em zombar, mas a última vez que fiz isso eu tive que limpar um corredor inteiro de tarde, só que as pessoas passavam e eu tinha que limpar de novo.

– Qual vai ser minha detenção? – Perguntei olhando acusatória a gata, a mesma miou alto e se enroscou nas pernas do dono, Merlin, eu quero chutar essa gata.

– Não é a primeira vez que passeia pelos corredores a essa hora da noite. – Falou sorrindo maldoso, como sempre. – Minha sala, agora. – Suspirando, eu segui o homem manco, ele ria para o nada por finalmente ter me pego, admito que eu era arisca. Ele sempre me via passeando por ai e por um triz não me pegava, mas hoje ele finalmente realizou seu sonho.

Uh oh, a Potterzinha ganhou o jogo mas vai passar a noite pendurada pelos tornozelos! – Zombou pirraça e eu o olhei de modo feio lhe dando dedo. – Que sinal feio, Potterzinha! Sabia que eu vi Parkinson e seu namoradinho aos amassos em uma das salas? – Filch o ignorou imerso demais em sua bolha de felicidade.

– Ele não é meu namorado, Pirraça. – Rosnei entredentes e o mesmo riu me rodando, saquei minha varinha e lhe lancei um impedimenta, ele bateu contra um muro invisível e ficou para trás me xingando.

Finalmente chegamos na sua sala fedida e pequena, Madame nor-r-a veio fazer dengo para mim mas eu tirei meu pé irritada, a mesma miou manhosa batendo a cabeça em minha outra perna e eu levantei a outra na cadeira também. Ele se sentou à minha frente todo sorridente e entrelaçou os dedos tremendo os colocando sobre a boca.

– Você não sabe, o quanto eu queria te pendurar pelos tornozelos, Potter. – Riu e eu engoli seco. Só iriam deixar de nos pendurar pelos tornozelos próximo ano, é a primeira vez que Filch consegue me apanhar, as outras vezes são sempre monitores ou professores. Ele riu novamente e se levantou virando de costas procurando as correntes, olhei sua mesa e vi o mapa de hogwarts. Arregalei os olhos e o pesquei o enfiando embaixo da perna fazendo cara de inocente quando Filch olhou sobre o ombro desconfiado, mas sorri larga quando ele virou novamente e eu consegui tirar o pergaminho velho de lá e o dobrar cuidadosamente o colocando em um dos bolsos. Ele virou com as correntes nas mãos e saiu rindo em direção as masmorras e ao salão comunal da sonserina, estávamos passando pela porta do salão comunal da sonserina quando a porta foi aberta e nós demos de cara com Rabastan, Filch o olhou sorridente. – Parece que você vai ter companhia essa noite, Potter. – Fechei a cara e continuei o caminho enquanto Filch arrastava Rabastan.

Ele nos jogou na masmorra fria e escura, pendurou as correntes novas e as prendeu em nossos tornozelos. Eu até estava torcendo para que ele não me tirasse minha varinha, assim eu sairia no meio da madrugada e voltaria de manhã.

– Eu queria falar com você, na torre... – Murmurou Rabastan para mim, mas eu lhe ignorei mexendo os pés e fazendo as correntes tilintarem.

– As varinhas. – Falou sorridente Filch e eu bufei tirando a minha varinha do bolso traseiro dos shorts, Rabastan tirou a dele das vestes e a entregou para Filch junto comigo. O zelador foi sorridente a uma alavanca. – Sentem-se, assim não quebram nada. – Engolindo seco, eu me sentei ao lado de Rabastan, Filch abaixou a alavanca e eu dei um gritinho ao ser arrastada e ficar de cabeça para baixo olhando para a porta. – Até de manhã, assim vocês aprendem a não passearem de noite pelo castelo. – Falou sorridente e deixou as varinhas em uma mesa no outro extremo da masmorra, e saiu com a gata em seus tornozelos, ele fechou a porta e eu suspirei tentando me concentrar em outra coisa que não fosse a dor incomoda nos meus tornozelos. Senti o sangue descer todo para minha cabeça e me preocupei, levantei minhas mãos e fiz impulso me segurando nas correntes. Suspirei aliviada e tentei me levantar mais, fiquei equilibrada no ar pelas correntes sentindo Rabastan me encarar espantado. O sangue foi circulando normalmente mas eu perdi o equilíbrio ficando de cabeça para baixo novamente.

– Porque você não voltou quando eu te chamei, lá na torre? – Perguntou, mas eu o ignorei tentando abrir os cadeados da coisa que prendia meu tornozelo com magia, mas talvez fosse impossível de se abrir com varinha. Choraminguei e ele bradou. – Me responda!

– Eu não voltei, porque você me daria desculpas idiotas, Lestrange. E esse não é momento para ficar irritadinho. – Rosnei tentando pensar, talvez eu conseguisse abrir com grampos, eu tinhas alguns em meus cabelos. Mas seria difícil fazer isso de cabeça para baixo e eu precisaria de silêncio, coisa que eu não sei se Lestrange iria fazer.

– Agora eu sou Lestrange? – Perguntou medroso e eu ri sem humor negando com a cabeça. Bem, eu iria tentar, se não funcionasse, paciência. Tirei um grampo do meu cabelos e o olhei suspirando aliviada sabendo que ainda tinha três daqueles enfurnados em meus cabelos rebeldes. Tirei a bolinha de silicone com os dentes da parte lisa e o abri, usando o chão, eu entortei um lado da ponta lisa e dobrei a outra parte para ter apoio. O deixei no chão mesmo para não perder e procurei outro grampo, ao acha-lo sorri contagiante. O abri até a metade deixando em um ângulo de noventa graus e dei um impulso para cima novamente pegando o cadeado e o colocando nele, me deixei ficar pendurada novamente e peguei o outro grampo. – O que está fazendo?

– Tentando sair daqui, não quero passar a noite aqui com você. – Murmurei concentrada tentando ouvir algum clique, mas era difícil com Rabastan se lamuriando. – Você quer calar essa boca? Estou tentando abrir essa droga. – Rosnei e ele choramingou antes de se calar, suspirei e fiquei pendurada um instante antes de voltar a me curvar, ouvi o primeiro clique e sorri aliviada abaixando os outros pinos e procurando o último, ouvi o seguinte e abaixei todos os pinos abrindo o cadeado e tirando aquela coisa apertada do meu tornozelo. Avery arquejou surpreso e eu sorri dobrando minha perna e ficando apoiada pelos braços, respirei fundo sabendo que esse seria mais difícil e doloroso, e dei impulso tentando trabalhar rápido. Ouvi o primeiro barulhinho e afobada fui abaixar os outros pinos, mas acabei errando e tendo que começar tudo novamente, choraminguei e fiquei pendurada novamente me apoiando pelas mãos.

Respirei fundo e fui novamente, depois de algumas boas meia hora, eu caí de costas do chão frio e úmido arfando aliviada. Parecia que eu estava fazendo abdominais, isso sim. Me levantei cambaleante e me firmei no chão, finalmente.

– Ótimo, agora me tira daqui. – Pediu e eu arqueei uma sobrancelha e fui pegar minha varinha.

– Porque não pede à Parkinson? – Perguntei sorrindo amarela de lado, o mesmo choramingou e eu me sentei à alguns metros dele. – Eu soube que tem dado uns amassos por salas alheias. - Falei e ele franziu as sobrancelhas pensativo e logo abriu a boca em entendimento.

– Quem te disse isso?

– Um fantasma. – Dei de ombros girando a varinha entre os dedos e ele seguiu meu movimento.

– Pirraça, ele apenas chegou numa má hora! Ela que me atacou. – Falou convicto e eu o olhei debochada.

– Eu disse, desculpas idiotas. – Ele estralou a língua passando a mão pela testa.

– Eu estou falando a verdade! E aquele incidente no café da manhã, ela simplesmente se sentou no meu colo e tentou me beijar, eu a ameacei e quando você virou o rosto a joguei de cima de mim! – Exclamou exasperado e eu rosnei.

– Eu já disse, não tem que me explicar nada, não sou sua namorada. – Ele choramingou e eu ignorei me deitando encarando o teto de pedra pensativa.

– Mione... Mione... Olha para mim. – Resmungando eu o olhei com o canto do olho, o mesmo enfiou a mão no bolso da calça e tentou tirar algo de lá. – Bem, não eu era assim que eu queria te pedir, mas... – Ele tirou uma caixinha de veludo de lá e eu me sentei de supetão e com a boca aberta o dando toda minha atenção. – Hermione Potter. Quer ser minha namorada? – Perguntou hesitante, mas eu estava em choque para conseguir falar alguma coisa, Rabastan então gaguejou com os cabelos em pé. – Bem.. E-eu sei que pode parecer cedo, mas eu meio que gosto de você desde o ano passado e estamos ficando a dois meses e... então... Quer? – Perguntou quase tremendo. Merlin, eu podia até sentir Draco pulando em um pula-pula junto com a Potter e gritando ao mesmo tempo.

Sim! Sim! Aceita! Não é, Granger?

– Hm? Ah, sim. Eu aceitaria, é uma boa chance para muda-lo e cá entre nós, para esquecer de Lupin e sabemos que você também está gostando dele ou não sentiria ciúmes.

M-Mione? – Gaguejou engolindo seco e eu fiquem em pé num salto abrindo seus cadeados com os grampos em menos de dois minutos, ele caiu deitado no chão segurando a caixinha e eu pulei nele o abraçando. – Isso é um...

– Sim! – Gritei e ele suspirou aliviado audivelmente, rindo eu lhe beijei afobada, ele riu contra meus lábios e me abraçou pela cintura acabando o beijos com selinhos. Ele tinha um sorriso de rasgar o rosto, igual ao meu. Ele pegou minha mão direita e abriu a caixinha mostrando um anel delicado de prata e com uma singela esmeralda com o brasão Lestrange entalhado, ele passou a mão pelos cabelos meio nervoso.

– Sei que não é o mais bonito e você deve estar achando-o simples mas...

– Rabastan, cala boca e coloca logo esse anel perfeito em meu dedo, por favor. – Falei afobada e emocionada, ele me olhou surpreso e riu pelo nariz deslizando o anel por meu dedo anelar, contemplei o anel em meu dedo e ele olhou junto sorrindo carinhoso, pulei em seu colo o abraçando pelo pescoço e o mesmo rodou minha cintura enfiando o rosto em meu cabelo.

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– Se algum dia, você nunca mais quiser algo comigo, nem mesmo que eu olhe ou fale com você, se eu algum dia lhe machucar... Jogue esse anel em mim e me chame de bastardo idiota. – Riu e eu o segui o apertando mais em meus braços. – Mal começamos namorar e já quer me matar? – Perguntou estrangulado e eu o soltei num susto rindo, ele me seguiu e me encarou de perto olhando todos os traços do meu rosto. Com a ponta dos dedos, ele traçou meu rosto com cuidado até chegar nos lábios, ele os desenhou com o dedão e segurou meu queixo chegando perto lentamente enquanto murmurava. – Você é linda.

E me beijou devagar, levei minha mão a sua nuca e fiz carinho ali o fazendo suspirar, mordi seu lábio inferior e o mesmo ofegou se separando por um segundo para olhar em meus olhos e para meu sorriso malicioso. Ele rosnou e prensou seus lábios contra os meus com força me fazendo perder o fôlego por alguns segundos até conseguir devolver com a mesma intensidade.

– Sabe... Que... Vai... Enfrentar a fúria... Potter... Não é? – Perguntei entre beijos e ele riu acenando com a cabeça e me dando um último beijo. – E Sirius... E Andrômeda... E Remus. – Ele franziu a cara para o último nome mas deu de ombros sorrindo de lado logo em seguida. – Espero que seja bom em desviar de azarações, porque todos que acabei de falar são ótimos em feitiços. – Ele engoliu seco e riu nervoso me fazendo rir pelo nariz e lhe dar um selinho ainda sorrindo.

– Espero que esteja pronta para enfrentar minha família preconceituosa e louca. – Riu ele e eu dei de ombros sorrindo de lado.

– Eu sou boa em desviar de maldições. – Falei e ele riu alto, me virei e fiquei entre suas pernas enquanto ele me abraçava pela cintura. Olhei para seu dedo vazio e murmurei um “hm” com a boca torta.

– O que lhe perturba? – Perguntou beijando meus cabelos e eu ri pelo nariz.

– Só estava pensando se devia te dar um anel também, você já está mostrando que eu sou sua, mas eu quero manter a Parkinson longe, então você também vai usar anel. – Senti ele sorrir e eu virei o pescoço rindo baixinho. – Que foi?

– Você é minha. – Falou todo sorridente e eu rolei os olhos beijando seu queixo.

– E você é meu, querido. É bom se acostumar em andar de anel, porque você agora tem dona. – Ri e ele me seguiu me abraçando apertado, mamãe deve ser vidente... Pensei em um estralo, rindo, eu murmurei. – Accio anel Potter. – Depois de uns dois minutos, algo dourado passou pela grande fresta da porta e voou até minha mão, Rabastian se engasgou e eu ri me virando novamente e ficando sentada sobre minhas pernas. Olhei para o anel e sorri, era grosso e dourado com uma pedra vermelha e com o brasão Potter em relevo. Era um pouco pequeno para o dedo dele então puxei minha varinha e aumentei o tamanho o fazendo rir, ele estendeu a mão e eu coloquei o anel em sua palma para que ele visse direito. O mesmo, sorrindo, olhou cada pequeno detalhe do anel admirado. Desde o rubi, aos desenhos feitos.

Peguei de sua mão delicadamente e segurei sua mão direita colocando o anel no dedo anelar, entrelaçamos nossos dedos e rimos ao notar a ironia. O anel que ele usava era muito grifinório enquanto o que eu usava era muito sonserino.

– Irônico não? Eu estou namorando a garota mais grifinória, carinhosa e simpática que conheço, usando um dos anéis mais grifinórios que já vi e estou feliz com isso. Estranho. – Riu e eu o segui.

– E eu estou namorando um dos sonserinos mais grosso e rude que já conheci, estou usando um anel que faria a vista de grifinórios doerem e estou adorando isso. – Ele sorriu e me puxou para um abraço novamente beijando minhas pálpebras de leve. – Droga, porque você tem que ser tão fofo? – Murmurei enfiando meu rosto em seu pescoço e o mesmo riu negando com a cabeça. – Rabs... Você realmente quer isso? – Perguntei insegura e o olhei novamente. – Quer dizer, eu não sou a mais bonita, nem a mais legal...

– É claro que eu quero. – Falou sorrindo carinhoso, eu sorri de lado e o dei um selinho dando por encerrado o assunto.