Dramione - Wildest Dreams

The Only Reason


~Pov Hermione

Continuação do Flashback

Chegamos a uma casa, era bem antiga e ficava em um bairro trouxa onde meus pais costumavam me levar a um parque quando eu era menor. Comigo chorando em seus braços ele entrou, me levando até um quarto no segundo andar. Eu não me debatia mais, não tinha forças, eu só queria que tudo isso acabasse logo. Malfoy me colocou delicadamente deitada em uma cama e se sentou ao meu lado me olhando.

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—Ei Granger. –Ele chamou, mas eu não respondi. –Granger? Eu sei que está acordada, responde logo.

—O que quer Malfoy? –Perguntei ainda tonta pelas dores em meu corpo.

—Sinto muito por Bellatrix, ela é mesmo uma vadia. Sabe que isso aí não vai sair do seu braço não é?

—E por que não? – Falei me sentando com um pouco de dificuldade. Ele disse mesmo que sentia muito ou só estava sendo irônico? Olhei em seus olhos procurando uma resposta e me surpreendi ao ver que ele falava sério.

—Experiência própria. –Ele respondeu se aproximando de mim, pegando meu braço. Eu rapidamente o fiz me soltar, me encolhendo na cama. –Calma, eu não vou te machucar, relaxa.

—Ela torturou você? É disso que elas estavam falando? Me dê um bom motivo para acreditar que você não vai me machucar.

—Me dá logo o braço. –Ele mandou, meio relutante eu obedeci e ele segurou olhando atentamente. –Vou pegar uns curativos e uma poção para suas dores no corpo, pode tomar um banho se quiser. –Eu o encarei estranhando sua atitude e o Sonserino se levantou. – Aah, e mais uma coisa, não adianta tentar fugir, a casa está cheia de feitiços.

—Por que está fazendo isso?

—Isso o que? –Disse Malfoy já perto da porta.

—Sendo gentil comigo.

—Não ouviu Bellatrix? Se algo acontecer a você eu estou morto.

—Mas você não precisa cuidar de mim, poderia me torturar se quisesse, ou apenas me deixar jogada em algum comodo.

—Tem razão, eu poderia. É isso que quer que eu faça? –Vendo que ele esperava que eu respondesse eu neguei. –Logo vai perceber que eu não sou como eles Granger. –Eu o encarei surpresa e ele indicou uma porta com a cabeça. –Precisa de ajuda para chegar ao banheiro?

—Não. E u consigo, obrigada.

Ao sair do quarto eu me levantei com um pouco de dificuldade indo até a porta que ele indicara e tomando um banho demorado. Quando a água quente caiu sobre os cortes em meu braço eu mordi meus lábios para não gritar de dor, aquilo estava latejando tanto!

Me enrolei na toalha e peguei minhas roupas saindo do banheiro. Abri o guarda-roupa procurando algo e achei várias roupas, porém todas masculinas, mas nem me importei. Peguei uma blusa e a vesti, ela ficou um pouco grade, mas ainda era melhor do que as minhas roupas, que estavam totalmente sujas. Acabei usando-a como um vestido.

—Como se sente? –Perguntou Malfoy entrando no quarto e me olhando de cima a baixo.

—Estou melhor. Você se importa? As minhas roupas estão muito sujas.

—Não, tudo bem.

O loiro se aproximou de mim e pegou meu braço com cuidado, faixas em sua mão direita e poções na outra. Ao me entregar uma poção que tinha uma coloração vermelha eu sorri agradecida.

—Por que Voldemort mandou que o torturassem?

—Por que não desiste do assunto? –Ele respondeu rápido sem nem ao menos olhar pra mim, apenas concentrado no curativo que estava fazendo no meu braço.

—Você sabe que eu não vou desistir.

—Deveria já que eu não vou falar sobre isso.

—E por que não?

—Você contaria a maior dor que já sentiu pra mim? –Ele perguntou olhando pra mim pela primeira vez, quando eu senti uma dor em meu braço que me fez gemer. –Me desculpe.

—Não preciso contar, você viu tudo. Agora é sua vez. –Ele revirou os olhos.

—Está com fome? –Falou soltando meu braço, o curativo já pronto.

Eu queria continuar a perguntar, mas eu estava muito tempo sem comer então minha fome falou mais alto que a minha curiosidade. Assenti e o loiro se levantou, eu o segui e quando chegamos à cozinha ele fez algo para que eu pudesse comer.

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Os dias ali estavam indo bem, Malfoy estava sendo gentil comigo, nem parecia mais o garoto com quem eu estudei. A guerra o havia mudado. Eu sabia que não sairia dali, então com o tempo simplesmente achei inútil tentar fugir, o que o deixou bem mais tranquilo.

Agora eu não passava o dia todo trancada no quarto, podia andar pela casa toda. Mas toda essa liberdade que ele me dava chegou ao fim quando Voldemort mandou Goyle ficar conosco na casa.

—O que faz aqui? –Perguntou Draco ao abrir a porta e vê-lo ali parado.

—O Lorde das Trevas me mandou ficar de olho em você e na sangue-ruim. Agora me deixe entrar antes que eu perca a paciência Malfoy. – Ele então meio relutante lhe deu licença e Goyle entrou, andando até mim. –Parece que ele está cuidando bem de você Granger. –Eu fiquei calada enquanto ele me analisava. – De quem são essas roupas?

—Pansy. –Draco respondeu, fazendo-o desviar os olhos de mim. –Hermione suba, por favor.

Balancei minha cabeça assentindo e seguindo para as escadas, mas eu não subi. Queria ouvir o que Draco iria dizer a ele, então me escondi em um lugar onde eu podia vê-los e ouvi-los bem.

—Posso saber o que está fazendo? –Goyle perguntou e Draco o olhou sem entender. – Era pra deixá-la presa e não pra cuidar dela!

—Se ela morrer eu serei o próximo então eu sugiro que não a machuque!

—Eu sei Malfoy, se ela morrer eu estou com vocês nessa, mas virar amiguinho dela?! Você ficou louco?!

—Deixe-a em paz, a garota nunca lhe fez nada!

—Você não é mais o Draco Malfoy que conheci, nem sequer é digno da marca que carrega no braço esquerdo!

—Talvez eu tenha mudado, mas ainda sim o Lorde me acha mais digno que você. – O loiro sorriu olhando-o nos olhos de forma superior. –Pelo menos ele me deu uma tarefa importante, diferente de você.

—CRUCIO! –O feitiço o atingiu em cheio e ele caiu no chão se contorcendo de dor, mas ele não gritava, era como se já estivesse acostumado com aquela sensação e ela não afetasse tanto assim.

Não consegui me conter e corri até lá, me ajoelhando ao seu lado para ver se estava tudo bem. Eu via a dor em seus olhos, mas tudo o que eu ouvia eram gemidos. Quando Goyle parou Draco soltou o ar pesadamente.

—Parece que alguém estava ouvindo a nossa conversa. –O Comensal disse sorrindo. –Logo no meu primeiro dia aqui eu terei que puní-la sangue-ruim? –Ele se aproximou e pegou meu braço.

—Não, por favor, me desculpe... –Pedi recuando.

—Agradeça ao seu amiguinho que não soube cuidar de você direito. –Dito isso Goyle puxou meu braço com força, me arrastando até o quarto onde eu dormia enquanto eu me debatia, chorava e gritava.

Draco estava logo atrás de nós tentando alcançá-lo e fazê-lo parar, ele até pegou sua varinha, mas se ele jogasse algum feitiço com certeza me acertaria. Por fim, Goyle trancou a porta com um feitiço e me jogou no chão apontando a varinha pra mim.

Eu ouvia os gritos, as batidas e os feitiços que eram lançados por Draco contra a porta, mas nenhum deles parecia funcionar. Eu estava ali com Goyle e nada, nem ninguém, poderia me salvar.

Flashback Of

E com as memórias de um dos piores dias da minha vida eu voltei pra casa. Scorp me esperava sentado no sofá impaciente, e assim que me viu abrindo a porta correu até mim. Seus olhos brilhavam tanto que eu me forcei a parar de pensar em tudo aquilo.

—Falou com ele? –Foi a única coisa que eu o ouvi dizer enquanto me abraçava. Eu balancei minha cabeça assentindo enquanto o apertava em meus braços. –E o que ele disse?

—Ele também quer conhecer você.

—Sério?! –O loiro sorriu e eu assenti fazendo o mesmo e pegando-o no colo.

—Como foi lá? –Rony perguntou sério. –Você demorou.

—Ele vai vir! O meu pai quer me conhecer! –Scorp disse feliz fazendo o ruivo revirar os olhos.

—Mais tarde nós temos que conversar.

Pelo visto teremos uma longa noite...

~Pov Draco

Assim que Hermione saiu eu me troquei. Eu iria atrás do estúpido que havia publicado aquela notícia idiota, não queria ficar em casa pensando no que acabou de acontecer, uma noite sem dormir era o suficiente, eu não precisava de outra.

Mas quando perguntei sobre o tal Foster Hughs recebi a notícia de que ele havia morrido no ano passado, então tive que recorrer a alguém que eu – em outras circunstâncias – jamais recorreria... Rita Skeeter.

Quando fecho os olhos e tento dormir
Eu desmorono e fica difícil respirar
Você é o motivo, o único motivo
Apesar da minha cabeça atordoada estar entorpecida
Eu juro que meu coração nunca desistirá
Você é o motivo, o único motivo