Hermione estava sentada em sua sala, guardando os últimos papéis em suas devidas gavetas antes de ir embora. Gina estava indisposta e havia saído mais cedo naquele dia, deixando o trabalho um pouco mais entediante do que o normal. A ruiva ainda estava mal pelo fato de que, seu irmão, um herói de guerra, agora era um procurado. Hermione as vezes a ouvia chorar durante a noite enquanto Harry estava lá prontamente com um pote de sorvete e palavras de conforto.

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Estava pronta para ir para casa, com todos aqueles pensamentos rondando sua cabeça, até que avistou o sorriso de Scorpius e aquilo foi o suficiente para varrer todos os outros pensamentos de lá. O garoto loiro estava acompanhado do pai e veio correndo em sua direção assim que a viu.

—Mamãe! Mamãe! –Gritou, pulando nos braços dela. –Eu tava com saudade.

—Eu também estava morrendo de saudades, meu amor. –Hermione respondeu, beijando-lhe o rosto e indo até Draco.

—Papai disse que você ia gostar da surpresa.

—E ele estava certo. –A mulher disse, olhando para o homem a sua frente. -Como foi com Dolohov?

—Acho que aqui não é o melhor lugar. Pensei em jantarmos na casa da minha mãe, o que acha? Lá eu te conto tudo. –Draco respondeu.

—Eu quero ver a vovó! –Scorpius disse animado.

—É uma ótima ideia. –Hermione respondeu.

Os três usaram o pó de flu e chegaram lá rapidamente. Narcisa Malfoy estava cozinhando pela primeira vez em muito tempo e a única ajuda que aceitou foi a do neto. O garoto se animou com a ideia e Hermione acompanhou Draco para uma volta nos jardins.

—Você parece tenso.

—Acho que minha mãe está envolvida.

—O quê? –Hermione arregalou os olhos.

—Dolohov disse que o Weasley vem ajudando a acobertar os ataques deles desde que o Scorp tinha dois anos. Ele quer vingança, mas não é sobre Você-Sabe-Quem. Quando perguntamos ele disse que deveríamos falar com Rosier sobre isso.

—Rosier?

—Meu palpite é Narcisa Rosier Malfoy.

—Não pode estar falando sério, Draco, é loucura.

—Eu espero que você esteja certa.

—E esse jantar?

—Vou perguntar o que ela sabe sobre Dolohov. Trouxe vocês pra que ela entenda o que está em jogo aqui.

Hermione lançou um olhar a casa, vendo que eles estavam a uma distância segura e longe dos olhos do filho pequeno. Ela se aproximou, ficando na ponta dos pés e deu um beijo demorado em Draco. Ele segurou sua cintura, sorrindo. Sentia falta de sentí-la assim e agora que finalmente a tinha em seus braços de novo nada seria capaz de tirá-la de lá.

—Eu não quero perder você de novo, Draco.

—Você é muito desesperada, Granger. –Ele riu, brincando com um dos cachos dela.

—Sabe que eu tenho motivos para ser assim.

—Eu sei e sinto muito por isso. –Murmurou, beijando-a mais uma vez. –Prometo que não vou morrer.

—Ninguém vai morrer. –Ela corrigiu.

—Ninguém vai morrer. –Repetiu. –Escuta, quando acha que podemos contar ao Scorp sobre nós?

—O que acha de hoje à noite? Eu poderia passar a noite com vocês e nós contamos pela manhã.

—Eu acho ótimo. –Ele sorriu, beijando a mulher mais uma vez.

Quando se separaram, notaram uma figura pequena e loira próxima aos dois com um sorriso divertido e os bracinhos cruzados. Draco riu, soltando-a e disse:

—Ou ele pode simplesmente nos pegar no pulo.

—Oi mamãe. –Scorpius disse ainda rindo. Hermione se afastou de Draco rapidamente e os dois riram. –A vovó disse que a gente pode comer. Vou falar pra ela que vocês estão namorando.

E ele saiu correndo antes que qualquer um deles tivesse qualquer reação. O rosto dela estava vermelho e Draco ainda gargalhava quando a puxou para perto e beijou o topo de sua cabeça. Ela pegou a mão dele e juntos os dois voltaram para a mansão.

—Eu disse, vovó. Olha, eles estão até de mãos dadas! –Ouviram o menino dizer assim que entraram.

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—Eu estou vendo, querido. –Narcisa riu e Hermione sentiu Draco ficar tenso ao seu lado.

—Vem, Scorp, vamos lavar as mãos.

—Não precisa mamãe, eu nem brinquei na terra hoje! Estão limpinhas, olha. –Ele disse, mostrando as palmas a ela.

—Esse não é o único motivo pra lavarmos as mãos. Vem.

Hermione pegou a mão do garoto e eles subiram as escadas, deixando os dois sozinhos na sala. Narcisa cruzou os braços. Sabia que havia algo errado e que Draco não estava contando, mas a dúvida não ficou ali por muito tempo.

—Dolohov e eu conversamos hoje.

—Aquele imbecil disse algo sobre o Weasley? Potter vai acha-lo, não é, Draco? Ele vai pagar pelo que fez com você. Eu quero que ele pague.

—Segundo ele não encontraremos o Weasley a menos que ele queira ser encontrado. Mas isso não é tudo, ele disse algumas coisas interessantes, também.

—E posso saber o quê?

—Ele me disse que estão se vingando e não é por Você-Sabe-Quem. –A senhora desviou o olhar, já imaginando o que ele havia contado ao seu filho. –E que Rosier poderia me responder essa pergunta, mas a única Rosier que eu conheço é você, mãe. Tem alguma coisa que não está me contando?

—Ele é um mentiroso, Draco. Não devia acreditar no que ele diz.

—Por que ele mentiria sobre isso?

—Pra fazer exatamente isso, colocá-lo contra mim!

—Dolohov não ganharia nada com isso a menos que estivesse certo e tudo fosse sobre você. –Ela tentou responder, mas sua voz não saía. –Eu sei quando está mentindo. Você é ótima nisso, mas nunca conseguiu me enganar. Posso ver que está mentindo agora.

—Draco...

—Eu espero que entenda o que está em jogo aqui. Não é só o nosso pescoço, mas principalmente o do Scorpius. Ele é uma criança e não faz ideia de como se defender, por Merlin, ele nem ao menos faz ideia do que está acontecendo! Então você precisa me dizer o que diabos está havendo e precisa fazer isso agora ou eu não vou conseguir manter ele e Hermione a salvo.

...

Malfoy caminhava pensativo ao lado de Hermione e com Scorpius nos braços. O garotinho conversava com a mãe e ele mal ouvia. Ainda pensava no que sua mãe havia contado e no quanto a situação era perigosa, embora as dúvidas fossem ainda maiores naquele momento.

Precisava do Potter e precisava rápido. Não sabia qual seria o próximo passo deles e tinha medo de descobrir. Juntamente com Hermione, eles seguiram em direção ao escritório de Harry, mas não o encontraram lá, então decidiram ir até a mansão dos Potter.

—Papai, você tá me apertando. –Scorpius murmurou, trazendo-o de volta a realidade e fazendo-o relaxar os braços.

—Desculpa. –Pediu, beijando o rosto do menino que estava deitado em seu ombro e ainda sorria com a cena que havia visto mais cedo.

—Agora que vocês namoram a mamãe podia morar com a gente, não é?

—Nós podemos pensar nisso. –Hermione respondeu, reparando no quanto ele parecia nervoso. Ela colocou a mão sobre o braço dele, que dirigiu seus olhos acinzentados para ela. –Vai ficar tudo bem, Draco.

Ele balançou a cabeça assentindo. Era o que ficava repetindo para si mesmo também. Avistaram a figura de Harry Potter próximo à entrada da casa. Agora ele sempre chegava na hora, não importava o que estava fazendo no trabalho, largava tudo para ir para casa ficar com sua esosa. Em suas mãos carregava um pote de sorvete, já que Gina aparentemente estava viciada, mas parou quando ouviu o grito do garotinho loiro:

—Tio Harry! Tio Harry! –Scorpius chamou e ele sorriu, esperando que os três o alcançassem.

—E aí, garoto? –Harry perguntou quando eles se aproximaram.

—Sabia que minha mamãe e meu papai estão namorando? –Contou e o Potter arqueou as sobrancelhas para os dois.

—E ele vai repetir isso pra todo mundo. –Hermione disse ficando com as bochechas rosadas.

—Vou. –Scorpius respondeu.

—Eu fico feliz por vocês.

—Preciso falar com você sobre o que minha mãe me disse.

—Então você estava certo?

—Infelizmente. –Resmungou com uma careta.

—Entrem. Vou entregar isso a Gina e nós conversamos. Acho que se eu me esquecesse ela me mataria.

—Eu não duvido. –Hermione respondeu, rindo.

Harry abriu a porta e, como sempre acontecia, tropeçou nos sapatos que a esposa deixava ali em frente toda vez quando chegava do trabalho. Em poucos dias ali, Hermione havia aprendido a desviar deles, mas Harry, em anos, continuava caindo neles. Ele sempre reclamava e as vezes se questionava se era por isso que ela continuava com aquele hábito, talvez nunca saberia.

Mas ao levantar os olhos ele encontrou o cenário de seu pior pesadelo montado bem na sua frente. Havia sangue e destruição. A casa estava revirada e era óbvio que um duelo havia acontecido ali.

—Gina! –Harry Potter chamou pela esposa, tirando a varinha e adentrando a casa sem nem pensar duas vezes.

Você vai me ligar pra dizer que está bem?
Porque eu me preocupo com você durante toda a noite
Não repita os meus erros
Eu não vou dormir até que você esteja a salvo
...
Se você cometer os mesmos erros
Eu vou te amar de qualquer maneira
Tudo o que sei é que eu não posso viver sem você
Não há nada que eu possa dizer
Que vá mudar você de qualquer maneira
Querida, eu nunca poderia viver sem você