Alien Panic

Crise 34 - Teste de Revezamento


Crise 34 - Teste de Revezamento

— Seu próximo e último teste...será o Teste de Revezamento - disse Alana, em tom suave.

— Esse nome...soa como corrida de revezamento, não? - comentou Eduardo, certamente já imaginando algumas possibilidades.

— Exatamente - disse Alana - O objetivo do SVT é treinar uma equipe de soldados para situações perigosas, testando sua agilidade, inteligência e precisão. Agora o teste final para a equipe será uma corrida de revezamento, embora também seja um teste que envolva suas capacidades individuais.

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— Nossas capacidades individuais? - repeti - Acho que agora me dei mal..

— O que é isso? Você certamente é muito capaz, Vitor - disse Mabi, sorridente.

— Mas ela falou corrida - repliquei - Sou péssimo nessas coisas.

— Mas todos vocês precisarão passar por seu próprio trecho da corrida - disse Alana - Nosso teste é bem simples. Temos um percurso dividido em cinco etapas. Cada um de vocês deve passar pelos obstáculos da etapa e entregar esse bastão para o próximo membro da equipe.

Ela disse isso mostrando um tipo de bastão roxo virtual girando acima de sua cabeça.

— Então é mesmo uma corrida de revezamento - disse Eduardo.

— O teste termina quando o último membro da equipe chegar ao final com o bastão - prosseguiu Alana - Decidiremos a ordem dos jogadores aleatoriamente.

Ela mostrou um tipo de roleta virtual em uma tela que apareceu logo acima e os resultados foram, nessa ordem: Veterano Caio, Mabi, Eduardo, Estrela e...eu. Sim, eu era o último. Em outras palavras, se eu perdesse, estragaria tudo. Não podia ter mais pressão.

— Embora seja o último teste - continuou a guia - Não é o mais difícil. Basta se desviarem dos obstáculos e poderão concluir o percurso sem problemas. Poucas equipes conseguem chegar até aqui, mas as que chegam não tem tantas dificuldades.

— Menos mal - disse Mabi aliviada.

— Mas é sempre importante lembrar que se perderem precisarão recomeçar todo o teste novamente - lembrou Alana.

— Seria péssimo se justamente o último membro da equipe colocasse tudo a perder, não acha, Vitor? - disse Estrela, olhando para mim em tom sério. Por favor, não preciso de mais pressão.

— Bem, acho que podemos começar. Cada um de vocês será colocado em um trecho do percurso - assim que ela acaba de dizer isso, o cenário é alterado e eu me vejo em um local meio selvagem, com cachoeiras e plantas por todos os lados. Era bem verde e colorido, poderia ficar apreciando aquela imitação virtual de natureza por um bom tempo, mas logo à minha frente tinha uma grande tela, onde podia ver os outros, em diferentes locais e a voz de Alana prosseguindo na explicação.

— Todos poderão acompanhar o desempenho dos membros da equipe por essa tela - explicava a guia - Portanto....vamos começar com o primeiro jogador.

E a tela toda se concentrou para onde nosso pelado Veterano Caio estava. Ele estava no térreo de uma espécie de prédio, com várias plataformas que levavam para o último andar.

— Seu objetivo é subir as plataformas até chegar à cobertura - explicou Alana - Apenas salte os obstáculos e lembre-se de sempre levar sua barra.

— Ah, é. Essa coisa aqui, né? - Veterano Caio mostrou sua barra - Então eu só tenho que subir?

— Isso mesmo - confirmou Alana - Tenha um bom jogo.

E o jogo começou. Caio tentou pular e se admirou ao ver que conseguia saltar bem alto.

— Que da hora. Posso pular bem mais do que eu estou acostumado - disse ele - Será que ganhei super-poderes?

É apenas efeito da programação do jogo. Por favor, se apresse.

— Tá legal. Vamunessa que é bom à beça! Hahauha! - bem-humorado como sempre, ele começou a pular as plataformas. Infelizmente, os obstáculos logo começaram a aparecer. Algum tipo de macaco apareceu na última plataforma do prédio e começou a jogar...barris? Espera, já vi isso em algum lugar. Mas, independente de já ter visto isso ou não, o Veterano estava indo bem. Ele saltava os barris e os obstáculos até chegar próximo de uma marreta dourada.

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— Oh, sim. Alguns itens estão espalhados pelo cenário para ajudá-los - disse Alana - Como eu disse, esse teste não é dos mais difíceis.

— Uma marreta dourada, heim? - disse ele - Ótimo. Agora o que dá para fazer com isso?

Na verdade, a própria marreta explicou por si mesma. Veterano Caio praticamente foi arrastado pelo item, que se movia como se tivesse vontade própria. Ainda assim, ele conseguia controlar seus saltos e evitou cair para as plataformas inferiores novamente. Ele estava se aproximando do macaco gigante no último andar, ainda segurando a marreta e o derrotou com apenas um toque dela. Parece que ele havia alcançado seu objetivo.

— É só isso? - disse ele - Ah, sossegado.

Por favor, não reclame. Eles podem aumentar a dificuldade. Seja como for, ele sai pela porta no último andar, sobe algumas escadas e encontra Mabi na cobertura.

— Ah, você conseguiu. Parabéns - parabenizou ela.

— Manda a ver - disse Caio.

— Pode deixar - disse ela, também sorrindo em confiança.

— O segundo trecho - a voz de Alana voltou a aparecer - Será pegar esse balão e seguir reto, evitando os pássaros gigantes que podem atingi-lo no ar. Você pode subir ou descer o balão como desejar usando essa alavanca, mas ele sempre se movimentará para frente automaticamente. Seu trecho termina quando alcançar o próximo jogador na montanha ao final do trecho.

Sim, havia um balão. Desses que as pessoas entram em uma cestinha e voam aumentando o ar quente dentro dele. Ela teria que usar um.

— Nossa, de onde surgiu o balão? - perguntou Mabi - Ah, claro. É só um jogo. As coisas simplesmente aparecem e somem do nada. Não dá para querer achar sentido em tudo aqui.

Ela parecia bem-humorada. Subiu no balão e começou sua participação. Sei que Mabi não é a maior expert em jogos, mas ela parecia ter coordenação para movimentar o balão e evitar os pássaros que tentavam tocar nele. Era um jogo de esquiva. A pessoa só precisava se manter concentrada, concentrada. Em certo momento, ela pega um item especial.

— O que é isso? - perguntou ela.

— É uma arma que atira frutas - disse Alana - Ela permite atingir os pássaros e evitar que eles se aproximem. Como este que está vindo na sua direção agora.

— Ah! - gritou Mabi, mas apertou o botão certo, atirando e evitando ser atingida.

— É bom se apressar - continuou Alana - Você só tem três tiros com essa arma e já usou um.

— Certo...é só manter a concentração - respondeu Mabi. Incrivelmente, ela estava indo muito bem. Até que, finalmente, ela alcança Eduardo, que acenava no topo de uma montanha logo à frente.

— Amor - disse ela, abraçando e beijando Eduardo (essa parte poderia ser pulada, mas enfim...) - Consegui!

— Muito bem. Você desviou muito bem de tudo - comentou ele - É melhor jogadora do que eu pensava.

— Tenho um jogo no celular parecido com esse. Não foi difícil usar a mesma lógica - explicou Mabi. Bem, jogos casuais de celular tem suas vantagens. Agora era com Eduardo. O que ele precisaria fazer?

— Seu próximo desafio é descer pela trilha dessa montanha - disse Alana - Apenas salte os obstáculos e....não deixe que essa pedra gigante o acerte.

Ou seja, ele teria que descer uma montanha fugindo de uma pedra gigante rolando logo atrás dele? Espera, isso já é bem mais problemático (sem contar que também já vi isso em algum outro lugar).

— Sem problemas - disse Eduardo sorrindo.

O quê? Como ele consegue manter a calma assim?

— Parece difícil. Vai ficar tudo bem? - perguntou Mabi, que ainda estava ali, antes do jogo começar.

— Não se preocupe. Não é muito diferente de um videogame mesmo. Basta me concentrar e saltar os obstáculos com calma, não é?

— Exato - disse Alana - Está pronto?

— Sim - confirmou Eduardo, se posicionando com o bastão em uma das mãos no início da trilha e aguardando o início da partida. Alana deu o sinal e Eduardo saiu em disparada. A trilha era cheia de buracos, mas, assim como o Veterano Caio, ele podia saltá-los com mais impulso do que na vida real. No meio do caminho, parecia haver itens que aumentavam sua velocidade, evitando que ele quase fosse atingido quando a pedra está muito próxima. Ele parecia estar indo bem até que, por um breve descuido, acaba tropeçando em um tronco que estava no meio do caminho.

— Eduardo! - não pude evitar de exclamar. Será que ele sai dessa?