Alien Panic

Crise 120 - Sempre dá para piorar


Lua chegou à casa de Estrela de repente e ouviu parte de nossa conversa. E, pelo pouco que conheço aquela garota, isso não certamente não daria em boa coisa.

—Não estamos de segredo nenhum – falei – Só...achamos melhor manter essa conversa só entre nós.

—Isso é estar de segredo, Vitor fofinho – comentou Lua.

—M-mas...é que se trata de uma questão de segurança universal e... - tentei arrumar, mas Lua me interrompeu.

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—Não precisa dizer nada – disse ela – Eu ouviu vocês falando sobre a história da unificadora. Conheço bem essa história.

—Pode ir embora, Lua? - falou Estrela – Isso não tem nada a ver com você.

—Se tem a ver com o Setor W, então tem a ver comigo, né, maninha? - respondeu Lua – Afinal, eu também sou w-ana, esqueceu?

—Estamos falando de w-anos com o mínimo de juízo na cabeça – retrucou Estrela.

—Ai, Estrela. Deixa de ser chata. Estou aqui para ajudar – respondeu Lua.

—Você? Ajudar em alguma coisa? - zombou Estrela.

—Ei, não me trate como vilã – reclamou Lua.

—Bom,motivo não me falta, não é? - rebateu Estrela.

—Ai, pare de me atazanar – falou Lua, enquanto se aproximava do painel de controle, mais precisamente onde o cristal Eternium estava – Ah, então é esse o tal Eternium?

—Tire suas mãos daí – reclamou Estrela.

—O que foi? Ele quebra se tocar nele? - perguntou Lua.

—Não, não é isso – falei. Mas antes de continuar a falar qualquer coisa, Lua já pegou o cristal e começou a brincar com ele.

—Que coisa mais sem graça. Para mim, parece uma pedra bem comum – disse a irmã de Estrela.

—Coloque de volta – disse Estrela – Ainda estamos terminando de analisar essa coisa.

—E as lendas são verdadeiras? Ele consegue mesmo produzir energia infinita? É melhor do que os cristais combustíveis que usamos em nosso Portal Gun? - perguntou Lua freneticamente.

—Está fazendo perguntas demais – falou Estrela, tomando o cristal das mãos de Lua imediatamente.

—Como você é chata – disse Lua, fazendo bico.

—Fale o que quiser – rebateu Estrela.

—Mas como vocês conseguiram o Eternium? Ele não estava com um pessoal da Terra? Eles entregaram fácil assim? - perguntou Lua.

—Na verdade, esse é outro Eternium – expliquei – Uma alienígena de cabelos brancos misteriosa me entregou.

—Vitor. Não precisa falar essas coisas para ela – disse Estrela.

—Mas se ela já está envolvida, que diferença faz? - respondi.

—Espera. Você falou uma alienígena de cabelos brancos? Seria uma moça muito, muito branca, com cabelo muito, muito branco e muito, muito bonita? - perguntou Lua.

—S-Sim. Isso mesmo – confirmei.

—Será que é a mesma pessoa? - Lua parecia pensativa ao dizer isso.

—Como assim? Não vá me dizer que também já encontrou com ela? - indagou Estrela.

—Bom, enquanto eu estava passando um tempo de descanso na colônia de férias que você me mandou...

—Você quer dizer hospício, não é? - interrompeu Estrela.

—Posso terminar de falar? Bem, enquanto eu estava lá, uma certa vez, vi uma garota como essa trabalhando com as enfermeiras. Ela disse que não podia ficar muito tempo. Achei ela legal e até tiramos uma selfie juntas, olha só – falou Lua, mostrando a foto em seu Portal Gun.

De fato, era ela mesma.

—Caraca. É exatamente essa menina – confirmei.

—Como conseguiu essa foto? Não confiscaram seu Portal Gun enquanto estava lá? - disse Estrela.

—É que um outro amigo meu me mandou – falou Lua – Mas ela foi embora logo depois. Não deu para conversar muito.

—Interessante – falei – Ela realmente viaja pelo universo todo.

—É. Ela ajudava bastante por lá – explicou Lua – Era gente boa, mas, como eu falei, não consegui trocar muitas ideias com ela. E ela te deu o Eternium?

—Foi – expliquei – Ganhei esse cristal Eternium dela.

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—Nossa. E você acha que ela tem algo a ver com aquela unificadora das histórias do Setor W, Estrela? - perguntou Lua.

—Ao que tudo indica, sim – respondeu ela.

—Sério? Ela não tinha cara de ser uma pessoa tão imponente assim – observou Lua.

—Então você também conheceu a tal menina de cabelos brancos. Mas será possível que só eu não encontrei com essa garota? - reclamou Estrela.

—Tá com invejinha, tá? - provocou Lua.

—Cale-se – respondeu Estrela – E se não vai ajudar, já pode ir embora. Temos muito o que fazer.

—Tipo o quê? - perguntou Lua.

—Precisamos decidir o que vamos falar para o Setor W – expliquei.

—Vitor! - exclamou Estrela – Não precisa falar nada para ela.

—Ah, então vocês precisam dar satisfação para os bobões do Setor W. Entendi – falou Lua – Isso é fácil. Podemos entrar em contato com eles daqui.

Lua se aproximou do painel de controle e começou a ativar alguns comandos. Estrela tentou impedi-la imediatamente.

—O que está fazendo, sua idiota? - disse Estrela, claramente sem calma.

—Ué? A questão não é ligar para o Setor W? Então, se o contato deles não mudou, estou adiantando isso para vocês – falou Lua, em tom inocente.

—Mas nem decidimos o que iremos falar – comentei.

—Nem queremos falar com eles! - reclamou Estrela – Sai daí agora.

—Já era – falou Lua, apertando algum botão que chamaria direto os superiores de Estrela – Mas, relaxa, você já não falou com esses caras outras vezes?

—Eu sei, mas... - não deu muito tempo de Estrela continuar. Naquele instante, a imagem de Aster apareceu na tela. Era ele mesmo, o mesmo cara que vi Estrela conversar nas memórias que recuperei.

—Sim? - disse Aster – É você, Estrela?

E agora? O que ela irá dizer?