Insanity

(IN)SANITY


Quando a retirei daquela cidade fantasma, onde meus túmulos e paixões residiam, pus-me a rogar para que tudo fosse diferente. Só te peço que não me obrigue a te matar novamente, minhas mãos estão sujas até hoje e nem o límpido poço dos mais altivos céus pode me purificar. Ao brincar com máscaras e mentiras, você começa ser confundido entre elas e pelo favor do destino, quem sabe se torne uma.

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Fitei-te na primeira vez que a vi, nos olhos que ali contemplavam pluguei-me carregando o cemitério que tragava nas pupilas, com toda seriedade possível... Eu via as epígrafes, as delineações pós-morte e a morbidez que te corroía por dentro. Poderia ter percebido que era o meu corpo que era carcomido, porém estava muito centrado para uma epifania.

Meus óculos de John Lennon estão desgastados, sua roupa de Galileia é apenas um borrão nos meus pesadelos. Fantasias.

É uma manhã chuvosa, ou uma noite nublada... Cheguei ao ponto de não conseguir mais distinguir o que é dia e o que é noite, talvez seja os óculos.

Tenho uma guerra na minha mente, é ensurdecedora, prantos e lamentos, cobertos com mortalha para mandar para as famílias dos condenados. Seu retorno causou um alvoroço, ainda questiono-me se deveria ter estendido a mão para um corpo orbicular, tomando forma de mulher.

O último estágio da insanidade é quando ela transpassa a ideia de doença e se torna estilo de vida. Torna-se uma pessoa.

E a insanidade, “amiga”, não veste trajes pitorescos.

Saindo da terra mofada, olhei para o alto, para o arco que delimitava a saída e a entrada, irônicas palavras: “Saída, volte sempre”. Ameacei um sorriso sarcástico, a “saída” é sempre a entrada de algo novo.

A pergunta é a mesma, sempre fui um covarde e questiono: Como se corre de algo que está na sua mente? É retórico, é óbvio, você morre ou mata.

(risos)

Ou põe numa coleira e reza para que não te coma.

Fogo em palha. Anel em ciclope. Argola na boca. Joias num cachão. Basta, pelo amor de Gaia, basta.

FIM

12/09/15

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.