Obsessão

Capítulo 8


Hermione esperava Harry no horário combinado. Quando o amigo chegou, ela nem sequer o esperou falar. Apenas o abraçou. Harry retribuiu o abraço, que confirmava o que ele suspeitava havia muito.

— O que houve? – Ele perguntou quando a amiga começou a acalmar o choro.

— O que aconteceu comigo, Harry? – Ela apertou o abraço. Ele acariciou o cabelo dela.

— Não fica assim, Hermione.

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— Eu sou uma idiota. – Ela sussurrava. Harry não sabia o que dizer para a amiga.

— Aconteceu alguma coisa entre vocês? – Ele perguntou olhando para a amiga. – Ele te machucou?

— No Natal... – Ela começou a falar. – Eu não fui para casa para ficar estudando...

— Eu sei.

— Sabe?

— Eu suspeitava.

— Como?

— Quando vi que Malfoy também ia ficar. Antes já tinha percebido que você estava agindo diferente e ele também. Tentei ignorar por um tempo a minha suspeita, mas acho que eu estava certo... – Ela olhou para baixo sem dizer uma só palavra. – Não fica assim, Hermione.

— Eu... – Ela não sabia como contar.

— O que?

— Harry... Eu... – Ela respirou fundo. – No Natal, eu levei o Malfoy até a Sala Precisa.

— O que? Você contou da Armada de Dumbledore?

— Não! Você sabe que a Sala nos dá o ambiente que queremos. – Ele assentiu. – Então, durante o recesso nós nos encontramos lá.

— E?

— Eu... e... ele... sabe? – Ela falava meio receosa.

— Que? – Harry não conseguia acreditar no que ouvira. Ela abaixou a cabeça para esconder as lágrimas. – O que você fez, Hermione?

— Eu não sei. – Ela disse tentando controlar o choro de novo. Harry a abraçou novamente. – Eu sou uma idiota. Como eu me deixei seduzir pelo Malfoy? – Ela sussurrava, apesar do choro. – Tudo que ele queria era rir de mim.

— Por que você passou o recesso com ele? – Harry perguntou.

— Porque eu vi, eu vi nos olhos dele... Eu vi uma doçura que eu jamais achei que ele pudesse ter, Harry.

— Hermione... Eu não quero defender o Malfoy. Na verdade, eu nunca pensei que diria isso, mas você parou para pensar que ele não pode se relacionar com você?

— Porque eu sou uma Sangue-Ruim. – Ela disse deixando mais lágrimas escaparem.

— Porque a família dele acha que você é uma Sangue-Ruim. Porque a família dele é preconceituosa e acha que os Nascidos Trouxas não são dignos de sua magia.

— Você acha que ele...

— Eu não sei. – Harry interrompeu a amiga. – Eu o odeio. Mas, ele estava diferente quando eu flagrei vocês. Ele tem estado diferente este ano... Principalmente quando se trata de você. – Eles ficaram em silêncio por alguns minutos. – Ou ele está tramando algo muito importante ou ele gosta de você. – Hermione sentia-se melhor ao ouvir as palavras do amigo.

— Como vou saber o que é?

— Eu não sei, Hermione... Eu não sei.

Harry ficou com Hermione durante toda a noite. Ela dormiu em seu ombro e ele acabou pegando no sono também. Eles acordaram quando os primeiros alunos começaram a descer.

*****

Após a aula de Runas Antigas, Draco segurou Hermione na sala.

— O que você quer, Malfoy? – Ela perguntou mal humorada.

— É verdade?

— O que?

— Como o que? – Ele a encarava com raiva.

— Fala o que você quer saber!

— É verdade que você dormiu com o Potter?

— Que? – Hermione estava perplexa com a pergunta.

— Não se faça de desentendida. Eu ouvi alguns alunos da Grifinória dizerem que quando eles desceram dos dormitórios encontraram vocês dois no sofá da Sala Comunal.

Hermione olhou para Draco com raiva.

— Eu dormi no ombro do Harry. – Ela o encarava. – Ele é meu melhor amigo, é a pessoa que eu mais confio. – Ela segurava o choro. – Ele estava apenas tentando consertar algo que foi quebrado. – Draco ainda a encarava, mas desta vez com doçura. Hermione desfez seu olhar duro ao perceber o olhar dele para ela.

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— Desculpa. – Ele pediu abaixando a cabeça. Eles ficaram em silêncio, até que ele olhou para a sala para ver se continuava vazia. Então, deu um beijo doce e calmo em Hermione. – É melhor eu ir. – Ele disse com pesar, deixando Hermione sozinha na sala de aula.

*****

Durante as semanas seguintes, Hermione e Draco encontravam-se às escondidas. Algumas vezes foram até a Sala Precisa, em outras esperavam todos os alunos irem embora das salas de aula. Ainda não conseguiam lidar bem com as palavras, então pouco se comunicavam através da fala. Toda a comunicação que tinham era através do olhar. Mesmo quando estavam no Salão Principal ou sozinhos comunicavam-se desta forma, era como se sempre estivessem na mesma sintonia. Somente Harry sabia dos encontros dos dois. Hermione pediu ajuda a ele por algumas vezes e, mesmo contrariado, ajudou a amiga. Com Harry, ela também sentia dificuldades de falar diretamente sobre Draco, então falava frases pela metade, mas que Harry conseguia entender perfeitamente. Draco parara de implicar com o trio, fazendo isso algumas vezes que eram extremamente necessárias, mas nunca mais chamou Hermione de Sangue-Ruim, tampouco ofendia seus pais. Quanto ao Quadribol, passou a jogar limpo. Ele e Harry de certa forma se viam obrigados a se dar bem um com outro, era um esforço grande para ambos, mas tentavam. Já no final do Inverno, Hermione resolveu que Ron teria o direito de saber que ela estava se encontrando as escondidas com Draco. Não sabia bem como contar para o amigo, mas tentou. No início ele não entendia o que ela queria dizer, e quando entendeu pensou que era uma brincadeira, porém Harry confirmou o que a amiga estava dizendo. Após receber a notícia queria convencer Hermione que ela estava fazendo a maior burrada de sua vida, mas foi impedido por Harry.

— Eu estou apaixonada por ele. – Ela confessou, falando aquelas palavras pela primeira vez em voz alta.

— Eu não estou acreditando, Hermione. – Ron falou.

— Acredite, Ron. Ele não é mau.

— Como você acha isso depois de tudo que ele fez? – Ron perguntou inconformado.

— Porque, pela primeira vez em todos esses anos, eu vi a doçura no olhar dele. – Ela, então, levantou-se da poltrona e pegou a Capa da Invisibilidade que Harry lhe emprestara e saiu da Torre da Grifinória. Sentia-se estranhamente bem. Passou nas Masmorras para pegar Draco e voltaram para o Sétimo Andar.

— Draco. – Ela disse e ele sorriu ao escutá-la falar seu primeiro nome pela primeira vez. Ela, percebendo isso, sorrindo também. – Nós não nos falamos muito... – Ela continuou a falar timidamente. – Mas... Mas... Eu acho que deveríamos mudar isso. Eu não sei o que está acontecendo comigo, com a gente... Foi tudo tão estranho e quando eu vi, eu já estava envolvida. – Ela parou por uns segundos. – É tão estranho estar aqui falando isso para você. É tão mais fácil apenas olhar nos olhos e te beijar. Mas... Mas eu também quero mais que isso. Eu sei que você também está confuso... Assim como eu. – Ela ficou em silêncio por mais alguns segundos. – Eu nem sei direito o que falar... – Ele olhava para ela e sorria.

— Hermione. – Ela olhou para ele ao escutar seu nome. – Eu não posso ficar com você publicamente. – Ela desfez o sorriso. – Você sabe disso. E é por isso que você me mostrou essa Sala. E é por causa disso que nós nos encontramos aqui desde o recesso do Natal. – Ela assentiu.

— Eu sei... – Ela falou um pouco chateada.

— Mas, tem uma coisa que eu posso dizer para você... Apenas para você.

— O que é? – Ele ficou pensativo por alguns segundos. – Aliás, duas. – Ela ficou esperando ele continuar. – Obrigado e eu te amo. – Ela sorriu.

— Obrigado? – Ela perguntou sem entender.

— Antes eu era apenas um garoto perdido, agora eu tenho você. – Ela sorriu e não sabia o que dizer.

— Eu também te amo. – Ela disse por fim, sentindo-se leve ao pronunciar aquela frase. Ele sorriu para ela. Aproximou-se dela e a beijou.

— Eu juro... – Ele disse após um intenso beijo. – Eu juro que assim que eu completar 17 anos eu conto a verdade para o papai.

— Não precisa jurar. – Hermione disse e ele sorriu novamente para ela.

Numa imensurável felicidade, Hermione e Draco novamente se beijaram apaixonada e fervorosamente.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.