Ainda tenho Esperança!

"Descobri um novo amor em minha vida"


- Gravidez!? – repeti assustado

Está bom que eu já suspeitava desta teoria, mas é meio chocante quando é confirmado, ainda mais em uma situação dessas.

- Como assim? Minha filha é virgem. Ela está gravida de quem? Do vento? – dá para ver nitidamente o quanto Penny esta furiosa. Realmente ela esta com a paciência a “flor-da-pele”.

- Sinto dizer, Sra. Dawson, mas foi confirmado que a uma criança sendo gerada no útero de sua filha, mas a boa noticia, é que Ally esta bem melhor e que ela pode ir para casa.

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“Pedem me acompanhar, por favor?”

O Dr. Pou, deu meia volta e começou a caminhar enquanto nós o acompanhávamos.

- Precisamos conversar depois garoto. – a expressão de Penny é extremamente severa ao olhar para mim – Estou muito decepcionada com você. Não apenas com VOCÊ, mas com Ally também.

Não tive coragem de mais nada além de abaixar minha cabeça em sinal de respeito e por reconhecer meu erro.

Quando entramos em uma das cabines da área de emergência, encontramos minha morena sentada na maca totalmente em prantos. Ela usava suas roupas normais e não aquela camisola hospitalar. Ela tremia e chorava desesperadamente. Não dava para ver o estado de seu rosto, pois Ally cobria-o com suas mãos para abafar o barulho de seu choro, que nesse momento está acabando com meu coração.

Minha alma está incomodada de vê-la dessa forma. Corri para ficar ao seu lado e a envolvi em meus braços.

- Me perdoe! – pediu enquanto encaixava seu rosto contra meu peito.

Sua mãe olhava para nós dois com os braços cruzados e com o semblante indescritível, mas estava na cara que ela queria chegar á sua filha, abraça-la e dizer que tudo esta bem e que tudo dará certo. Não é do feitio de Penny ver Ally sofrer e não consola-la, mas em uma situação dessas, acho que o objetivo dela, nesse momento, é deixar Ally sofrer um pouco para reconhecer o tamanho da responsabilidade que acatou - no caso, eu e Ally acatamos - por um tempo, nem que seja por minutos ou horas.

- Não precisa se desculpar meu amor. – falei tentando acalma-la – Não é culpa sua, eu também faço cem por cento, parte de tudo isso, mas, por favor, não chore dessa maneira. Esta deixando meu coração partido. Por favor, querida!

- Estou me sentindo tão culpada.

- Não fale assim. Como eu disse. Eu também faço parte disso, você não é a única responsável por isso. Estamos juntos nessa.

- Você diz assim por que não é você quem sente as dores e precisa ficar de olho 24 horas por dia.

Bom, ela está totalmente certa com isso. Realmente é a mãe que tem o papel mais difícil na hora da criação, mas:

- Eu prometo fazer o possível para cumprir o meu papel de pai do melhor jeito que eu puder e não puder. Não irei te deixar faltar nada e nem ao nosso futuro filho. Eu prometo pelo amor que cinto a você.

- O amor que sente por mim, é uma porcentagem boa ou mediana? – perguntou um pouco mais calma olhando fundo em minhas retinas com o castanho que reflete o arco-íris de seus olhos que nesse momento estão vermelhos.

Seus olhos estavam tão puros que não pude deixar de reconhecer que eu verdadeiramente a amava com toda a minha vida.

Deixei lagrimas cair pela emoção do momento, mas em nenhum momento deixei de encarar o mar em seu olhar.

- Meu coração pertence á você, Ally Dawson. A senhorita não tem a menor ideia do quanto é o tamanho do meu amor. Você roubou meu coração...E sabe o que é o “pior” de tudo nessa parte? – a abracei com todo afeto do mundo e novamente olhei em seus olhos – É que eu não consigo pega-lo de volta...