A vida é uma criança inocente, e a morte, um adolescente baderneiro.

A vida sempre sorri e se diverte, criando novos amigos para si. Eles sempre eram jovens, ainda usando fraudas e sem nem saber falar. Vida vivia a brincar com eles, sorria para seus acertos e ajudava nos erros. Mas ela era complicada, tinha seu próprio jogo, e muitos não sabiam jogar de acordo com as regras dela.

Já a morte, bom, ele adorava qualquer um, levava todos aqueles que achava interessante para perto de si, seja adulto, jovem ou velho. Também tinha ótimos conselhos a dar, sabia sempre o que fazer e o que falar, independente da ocasião ou do problema que você tem. Tinham sortes aqueles que podiam conversar com ele.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Algumas vezes, a vida lhe mandava presente. Ela achava morte muito solitário, então, sempre que podia, enviava seus velhos amigos a morte, aqueles que não tinha mais disposição e energia para suas incansáveis brincadeiras; mas que sabia que eram ótimas companhia. Morte, aceitava esses presentes de bom grado, abraçando essas pessoas e nunca mais soltando.

Quando entravam mundo de morte, as pessoas deixavam suas tristezas e amarguras para trás, assim como suas doenças e enfermidades. Aquele lugar era o paraíso; tranquilo e ninguém nunca mais envelhecia.

Mas o mundo da vida também tinha suas belezas. Nele, elas podiam construir casar, se apaixonar, ter uma criação de vida, que o chamariam de filho. Era um belo jogo real, que quando se cansavam e enjoavam dele, iam descansar ao lado de morte.

A vida é uma ingrata, e morte, acolhedora.

A vida sempre se cansava de suas criações, e, quando isso acontecia, as descartava como se não fossem nada. Sabia que, sempre que quisesse, ou precisasse, poderia criar outras, por que se preocuparia com as velhas!?

Já morte, nunca abandonava seus presentes, nem se cansava deles, seja lá o que fossem ou fizessem. Não importava, ele amava todos sem restrições; sempre cuidando e zelando de seus bens mais preciosos.

Morte e vida eram opostos; com mentes, gostos e atitudes diferentes. Eles eram melhores amigos, amantes, rivais. Arqui-inimigo, coexistentes ou outra coisa. Dependia do momento.

Apenas dois seres criados para um contexto maior e mais complexo. Duas partes conjuntas e integrantes de algo chamado universo.

Apesar de tudo, suas funções eram manter o equilíbrio dele.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.