Enquanto a Ruiva de olhos marcados pela dor de ver a pessoa que mais ama no mundo se ferindo, sem ao menos poder ajudar, pois seria um estorvo, surge em sua memória lembranças de um tempo de esperança. E foi com essas lembranças que ela permaneceu ali, estatizada olhando aquele homem gradativamente se ferindo mais e mais na Luta contra Yhwach.

-Olá menino! Por que chora tanto nesse barranco, longe de todo mundo? O garoto frágil se vira e fica surpreso com o que vê. Seu olhar percorreu o corpo daquela minúscula garotinha, e pode notar que ela estava toda machucada, e com o cabelo recém-cortado de forma desleixada, ele se pergunta quem realmente seria digno de pena naquela situação.

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-Não é da sua conta, e antes de se preocupar comigo, olhe para si mesma! Está toda machucada! Esperando ser ignorado, o garoto desviou à atenção da menina e fico aguardando os passos que indicariam que ela havia partido, mas eles não chegaram. Então quase como um sussurro ele ouve às palavras.

–Sabe às vezes o jeito mais fácil de esquecer a dor, é aceitá-la. Esse sussurro entrou quase como um grito, penetrando em sua alma da forma mais inesperada possível. De súbito ele se vira e encontra os olhos daquela garotinha, o que ele encontro ali, foi algo totalmente diferente do que esperava. A sensação de olhar pra eles, era a mesma passada antes da tragédia que sucedeu seu choro. A palavra reconfortante era o sentimento que mais se aproximava da sua real comoção naquele momento. Porque ele não havia reparado naqueles olhos antes? A pesar de toda comoção que eles transmitiam, era possível enxergar uma dor muito maior que a dele. Foi então que ela sorriu para ele e o mundo girou com aquele sorriso.

-Que sorriso mais lindo. Foi o que ele disse, mas para ela foi mais do que isso. Enquanto ela mantinha o sorriso, ele sorria de volta e nesses instantes que duraram segundos, nada mais importava no mundo.

-Menina, sente aqui e espere. Minha casa fica aqui perto e eu vou trazer um antisséptico e uns curativos. Meu pai é médico e eu sei cuidar disso.

Ele volto com uma mochila grande e dentro dela tirou algumas objetos com os quais cuidou da garotinha. O menino não pode deixar pensar na ironia daquela situação. A menina que era duas vezes menor que ele, possuía um espirito mais forte do que de qualquer adulto que ele conhecia.

-Esse seu cabelo... O que aconteceu?

- Me aborreci dele, era muito cumprido e dava muito trabalho escovar todo dia, por isso cortei. O menino ignoro a mentira, então tiro de dentro da mochila outro objeto que havia trazido. – Sente-se aqui. Vou cortar ele decentemente. Não tente viver como cabeleireira, com certeza você passaria fome.

-É por isso que vou ser dona de uma confeitaria!

-Então eu irie lá todo dia e comerei de graça.

-Assim eu iria à falência!

-Você me deve, já que eu te tratei!

Pronto. Olhe no reflexo no rio e me diga o que achou. Instantes depois a garotinha olha para si mesma, e pensa que talvez aquele seja o começo de um futuro melhor. Com confiança ela se vira e sorri novamente para ele, deixando-o novamente fascinado.

-Sabe, quando você sorri para si mesma, tem o poder de mudar o mundo. Ele não disse o restante das palavras, mas dentro de si as completo. – O meu mundo, mudou...

-Tenho que ir! Se me atrasar para a janta, meu Pai vai me aborrecer!

-Espere! Qual o seu nome?

-Meu nome é Kurosaki Ichigo. Pausadamente ela repete. - Kurosaki-kun, né? Me chamo Inoue Orihime. Prazer em te conhecer. E ele retorna - Espero te ver novamente, Inoue. Assim eles se despedem.

Dias depois algo trágico acontece na vida de Inoue Orihime. Seu irmão morre e a garotinha que continha o sorriso de mudar o mundo, passou a não mais sorrir, fechando-se em si mesma, até que gradativamente com o passar dos anos, foi se recuperando.

Depois de tanto tempo, ela havia retornado àquelas memórias esquecidas. Enquanto observava o final da batalha entre Ichigo e Yhwach, ela só pensava em agradecer ele, por tudo que ele tinha feito por ela no passado.

A luta tinha acabado, Yhwach foi derrotado e selado, para nunca mais retornar, mas Ichigo estava morrendo. Ele havia se esgotando há muito tempo, só permanecia ainda na batalha, pela esperança de um mundo melhor.

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A ruiva quase que imediatamente correu na direção de um Ichigo, estendido no chão e envolto em sangue, para por em prática a tarefa que lhe foi confiada.

-Seu corpo... Está destruído... Ela dizia essas palavras em meio a lágrimas, soluço e esforço rejeitando todos e quaisquer ferimentos daquele corpo retalhado.

-Inoue... Esse é o momento de você cuidar de mim, não é mesmo? Nisso Ichigo tossi sangue.

-Não fale mais! Isso pode te prejudicar. No entanto, Ichigo estende a mão até o rosto úmido de Orihime, e limpa às lágrimas dela.

-Sorria para mim... Inoue. Em meio a perplexidade, a garotinha que se tornará mulher sorri e o garotinho que havia se tornado homem apaga.

-Não, não. Isso não pode acontecer! Acordo, Kurosaki-kun, acorde! Eu não consigo suportar um mundo sem você! Acorde!

Dois meses haviam se passado e o ruivo antes mesmo de despertar, pode sentir o cheiro de um perfume feminino.

Ele tinha despertado parte pela constante batalha da Orihime contra a morte. Ela havia passado horas rejeitando todos os ferimentos que continha no corpo marcado de batalhas do herói, quando ninguém mais acreditou na salvação dele, mas o maior motivo ainda foi outro. Ele havia voltando, por que jamais poderia partir sem metade do seu mundo. Então ele acorda e sorri para ela, e ela retorna com um sorriso há muito tempo esquecido. Naquele dia dois mundos se tornaram um só.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.