Almost Is Never Enough

Noite Entre Geeks


Ao voltar a Torre, certas coisas se passam por minha cabeça. Como a minha vida mudou em apenas dois dias, como enfrentei o Tony e agora tenho amigos, pelo menos, acho.
A sala de estar, estava cheia e enfim, um rosto familiar me chama atenção.
-Pepper!
Ela corre em minha direção e me abraça, sabe quando você fica sem ver a pessoa que você mais gosta no mundo durante um longo tempo e depois à revê? É exatamente assim que me sinto. Pepper foi a pessoa que mais me apoiou depois que minha mãe se foi, é como se ela fosse minha segunda mãe.
-Ai Kaylinha! Que saudades! - ela me largou e se virou para Tony - Espero que o Tony não tenha sido cabeça dura!
-Ele foi... O Tony. Você sabe... - caminhei até o sofá onde Peter e Clint estavam sentados. Havia justamente um lugar no meio, então, deitei no sofá apoiando a cabeça na perna de Peter e os pés nas pernas de Clint. Acho que ambos não esperavam por isso, porque me olharam assustados. -... Estranho, exagerado, histérico, arrogante, engraçado e super receptivo. Definindo, Tony sendo Tony.
Dou de ombros e logo vejo Pepper chamar Tony para uma conversa particular, aí vem bomba!
Natasha e Steve estão conversando, simplesmente algo inaudível. Bruce parece tentar convencer Thor de algo e Clint e Peter continuam me encarando.
-Que horas são? - Clint perguntou.
Peter olha para o relógio do pulso e diz:
-Oito horas da noite, por que?
Cara, como fui esquecer?!
-Game of Thrones!
Ouço alguém gritar junto comigo, é Tony. Ele vem correndo e tira meus pés do colo de Clint, me fazendo inusitadamente ficar no colo de Peter, ele ficou que nem um tomate, igualzinho a mim.
-Desculpa. - sibilo e em seguida me sento ao braço do sofá e enfim, começamos a ver a minha série favorita. Pelo menos nisso, Tony e eu combinamos.
A coisa que eu mais gostava além de Game of Thrones, Dr. House, Once Upon A Time e The Walking Dead.
Sim, gostos bem misturados e totalmente inexplicáveis, mas sim, eu simplesmente amava essas séries do fundo do coração. Imagina, você sozinho no seu apartamento, tudo escuro, vendo The Walking Dead? Claro que eu me cagava de medo e ficava uma semana inteira sem dormir, às vezes era bom, aproveitava as horas não dormidas para estudar, mas isso não vem ao caso.
Ao final do episódio, Tony se virou para mim e eu para ele, e dissemos juntos:
-Show!
O resto do pessoal estavam em pé e outros sentados em um outro sofá, todos nos encaravam, apesar de tudo, temos muito em comum. Cabelos escuros, olhos castanhos e até mesmo o jeito de agir. No fundo, eu ainda precisava dele, porque eu simplesmente necessitava de alguém. Apesar de negar e não querer, ele é o meu pai.
Agora sim, noto que somente Tony e eu assistíamos a série, os outros tinham ido fazer outras coisas e depois voltaram. Clint, Steve, Peter e Thor queriam ver um filme de terror que ia passar, Natasha, Bruce, Tony e Pepper acabaram sendo convencidas e eu acabei aceitando a oferta.
Iríamos ver um filme chamado Ouija e... Eu vou ficar com certeza um mês inteiro sem dormir.
Ainda não sei porque insisto em ver esse tipo de coisa, só sei que... Bom, vou contar a partir do momento em que Pepper e Natasha foram fazer pipoca.
Steve, Clint e Thor foram pegar travesseiros e lençóis - até edredom rolou -, Tony e Bruce se encarregaram de ir comprar mais bebidas e Peter e eu, escolhemos uns três filmes, todos eram de terror; Mama, O Espantalho Assassino e Ouija.
Logo apareceram Clint, Steve e Thor com colchões, lençóis e travesseiros. Como havia três sofás, dava pra dividir. Natasha ficou com um, Benner com outro e o maior ficou com Tony e Pepper. Os colchões ficaram com o resto - inclusive eu. Steve ficou em uma ponta, Clint ao lado, Thor, Peter e eu na outra ponta. Assim, cada um ficou com uma bacia de pipoca, salgados e doces. Cada um bebia o que queria, optei por refrigerantes, um monte deles.
Ao primeiro filme, O Espantalho Assassino, não sentimos medo. Mas a essa altura, Pepper e Benner já dormiam. No segundo, Mama, esse meteu mais um pouco de medo, mas ao término, Thor e Steve e já dormiam.
Já era uma hora da manhã e eu não tinha sono. Hoje era minha primeira noite ali e eu já gostava, apesar de brigas e o resto das coisas, mas nesse momento, eu amava cada segundo aqui.
No terceiro filme, era totalmente macabro, cara, eu sinto tanto medo que quase não notei que já estava praticamente agarrada em Peter, ele não parecia ter medo, mas eu conseguia ouvir sua respiração pesada. Seus cabelos continuavam no tão estimado "topete" e seus olhos estavam vidrados no filme. Ele não se incomodava com minha presença.
Teve uma hora que senti tanto medo, que abracei Parker e o mesmo me olhou.
-Quer desligar? - ele sussurrou. Olhei em volta, todos já dormiam, menos nós. Confirmei com a cabeça que sim, ele se levantou e os meus olhos o observaram. Ele foi até onde Tony estava e tomou o controle de suas mãos. Logo em seguida, desligou o DVD e colocou na Netflix.
-Se importa em ver alguma série? - perguntou.
-Não. Vai me ajudar a esquecer.
Ambos sussurravamos um para o outro, ele colocou em Ince Upon A Time e sentou ao meu lado. Olhei para ele incrédula.
-Você assiste isso? - perguntei.
-Sim, você não? - ele respondeu.
-Essa é a série que eu mais gosto, depois de Game of Thrones, Dr. House e The Walking Dead.
Nós nos viramos e escolhemos o episódio, nós dois estávamos na quarta temporada. O engraçado era que eles na história, mal saíam de uma encrenca e se metiam em outra e além do mais, vamos concordar que tem cada gato nessa série...
Peter olhou para o lado e sibilou algo como "merda!", logo vi o motivo; Thor havia ocupado dois colchões inteiros sozinho! Já o meu, é bem grande e confortável, não me importaria se ele ficasse comigo.
-Vem. - chamei.
Dei um espaço e ele se deitou ao meu lado, ainda parecia exitar, mas logo se acostumou. Eu consegui ouvir sua respiração cheia de altos e baixos, como se eu provocasse algo do tipo nele. Afinal, estávamos praticamente colados, quando seus pelos se arrepiaram, eu senti e fez com que o meus também levantassem.
Eu não sabia que provocava isso nos homens.
Eu nem sei o que é estar tão próximo assim de alguém como estou agora.
Só sei que hoje não foi um dia tão ruim como eu imaginava. Foi um dia, anormal de um jeito bom.
[...]
Acordo com barulho de risadas.
Levo um tempo para recordar sobre ontem, tudo pareceu ser um sonho, mas ao sentir um calor de outra pessoa perto de mim, logo vi que era Peter.
Sons de flashes.
-O que vocês estão fazendo? - pergunta Peter. Ele nem se mexe, continua deitado e acabo de notar que... Estou abraçada a ele!
Levanto-me rapidamente e ele imita meu gesto por instinto. Vejo tudo embaçado, mas minha visão vai voltando ao normal logo em seguida. Agora enxergo claramente; Tony está com o celular na mão e obviamente estava tirando fotos.
Fico vermelha a lembrar sobre ontem, e não é diferente com Peter. Todos estão sorrindo, eles acordaram mais cedo que eu e agora sei que, devo levantar mais cedo se quero sobreviver nessa casa.
Pelo menos dá tempo de ir ora faculdade.
Agora sim, estou de pé.
-Essa foto vai pro mural da vergonha! - comentou Tony sorrindo.
Logo descobri que há um mural na sala de jantar, onde as coisas mais vergonhosas estão, ou seja, fotos registradas na hora dos micos. A que mais me chamou atenção foi a que Thor está de cueca, e nessa, bom... Ri de me acabar. Percebi que o único que não participava do mural, era Tony. Mas isso logo logo vai mudar...
Se é que me entenderam. - esse é meu lado maligno, assim como na hora em que arranhei a armadura de Tony, sinto que vai ter volta da parte dele, tenho que ficar esperta.
Antes de entrar no elevador acompanhada de Peter, Natasha diz especialmente para mim, mas acho que Peter acabou entendendo:
-Já descobri quem é o seu namorado.
O silêncio no elevador é trocado por risadas, como Peter e eu dividimos o mesmo andar, saímos juntos. Ele entrou no quarto dele e eu no meu.
É a primeira vez que realmente estou aqui. As meninas decoraram bem aqui. Entro no banheiro e tomo banho rápido, não posso né dar o luxo de chegar de novo atrasada, nova rotina, nova vida.
Ou quase isso.
Estou acostumada a manhãs calmas e não daquele jeito. Mas essas mudanças, por mais que odeie, me fizeram bem.
Coloquei minhas típicas roupas e saí do quarto já com a minha bolsa, Peter me esperava do lado de fora de seu quarto e descemos juntos.
Ao me sentar a mesa, havia três lugares vagos, mas um foi ocupado por Peter. Os outros eram um entre Benner e Barton e outro entre Tony e Natasha. Tony estava no meio, sozinho, como se fosse o "Poderoso Chefão", do mesmo jeito estava Clint.
Clint ao ver que eu sentaria ao seu lado, colocou os pés, propositalmente na cadeira, para mim não sentar. Então sento-me ao lado de Tony e Natasha.
Eles conversavam sobre ontem a noite e assim que me sentei, Tony chamou atenção para o assunto de hoje de manhã. Expliquei junto com Peter que Thor havia tomado o colchão dos dois por inteiro, deixando Parker sem o dele e assim, durante a noite, tenho mania de abraçar pelúcias ou travesseiro, mas dessa vez... Foi o Peter. Claro que eu paguei muito mico.
Terminamos o café e nós despedimos de todos, até mesmo Tony que tinha um sorriso no rosto.
Desci para o estacionamento junto com Parker, ao chegar lá, dei um grito tão agudo que posso apostar que os vidros quebraram ou trincaram. Minha BMW tão preciosa estava totalmente arranhada, exatamente como a armadura de...
-Tony! - gritei.
Peguei o elevador e Peter me acompanhou calado, ao chegar a grande sala, Pepper já estava saindo, foi quando ela viu minha cara de frustração.
-Querida, está tudo bem? Ouvi o seu grito! - ela me perguntou.
-Minha vida acabou! - exclamei.
-Não me diga que eu vou ser avô, sou muito novo pra isso... - comentou Tony.
-Eu vou te matar!
Fui pra cima dele, eu sabia que ele havia arranhado meu precioso carro.
-Tony arranhou meu carro! - disse para Pepper quase chorando.
-Tony! Dê uma carona à ela e em seguida, conserte isso! - disse Pepper, me dando um beijo na bochecha. - Estou atrasada.
-Eu não vou levar ela! - ele disse.
-Vai sim. - ela respondeu.
Quando ela saiu, Tony e eu nos entreolhamos e dissemos juntos:
-Eu não vou te levar.
-Você não vai me levar.
Ele pensou um pouco e depois disse:
-Sabe dirigir moto?
-Claro que sei! - respondi.
-Não perguntei a você.
Olhei para Peter e ele pareceu se ligar.
-Ah, sei sim. - ele respondeu meio confuso.
-Ótimo, pega a moto da Natasha.
E assim, ele deu as costas sem lugar para as reclamações de Natasha. Ela contrariada, entregou a chave para Peter.
Já sei que chegarei atrasada.
[...]
-Entre Kayla... - disse o professor de novo. Sério, tenho que começar a chegar na hora...
Ele se virou ao perceber que Peter havia chegado junto comigo.
-Agora o senhor também, Parker?
-Desculpe. - disse Peter todo constrangido.
Nos sentamos ao lado de Barry, que logo questionou nosso atraso.
[...]
Ao término da aula, seguimos para Torre - Barry havia pegado um ônibus junto com Peter, eles iam comprar comida chinesa para nós três, afinal, planejavamos comer e trabalhar.
Mas isso não aconteceu.
Quando terminamos de comer, nos sentimos tão... Sem motivação.
-Que tal um filme? - questionou Barry.
Logo, nós já estávamos em frente ao cinema para ver uma adaptação do filme "Aprovados" e de fato, rimos muito com esse filme.
Quando terminou, nós nos dirigimos a saída e logo começamos a conversar.
-Eu acho que nós temos gostos parecidos... - disse Barry.
-Vamos ver... Vou fazer cinco perguntas, aí vemos.
1º- Vampiro ou lobo? 2º- Série ou saga? 3º- Ficção ou fantasia? ,4º- Star Wars ou Star Trek? 5º- Anime dublado ou legendado?

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Kayla: Lobo, série, ficção, Star Trek e legendado.
Peter: Vampiro, série, fantasia, Star Wars e legendado.
Barry: Lobo, saga, ficção, Star Trek e dublado.
Estávamos rindo da última resposta de Barry.
-Todo mundo sabe que anime dublado é ruim. - disse Peter.
-Por que? Eu não acho... - comentou Barry.
-Porque...
Na língua original, é: O gato toma leite.
No legendado, é: O leite é do gato.
E no dublado é: A vaca come chocolate.
Expliquei desse jeito, afinal, esse é meu ponto de vista. Rimos muitos dessa minha última resposta.
-Vocês são meus nerds favoritos. - digo.