Mom, I Love a Criminal

Would you lie for me?


Lillia's POV

Haviam se passado um mês e alguns dias que Michael e os garotos apareceram em minha casa. Mikey já morava em meu coração e os garotos tornaram-se meus melhores amigos. Calum continuou com seu cargo de assassino profissional e Ashton conseguiu uma Lamboghini Veneno num dos rachas em que continuavam participando.

Luke parou com assaltos a bancos e Michael não matava há dias, o que me deixava muito feliz. Kat estava a mesma bobona, bagunceira e divertida de sempre. Ela nunca mais voltou para a casa dos seus pais. Eles ligavam quase todos os dias para o celular de Katherine e ela se recusava a atender. Até que em um glorioso dia em dia de TPM, Kat lançou o celular contra a parede, estilhaçando-o.

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Um dia, a polícia apareceu aqui em casa, junto aos pais de Katherine. Os garotos estavam num racha nessa hora, o que era muita sorte mesmo, pois a polícia insistiu em entrar, apesar de eu ter mentido muito bem sobre não ver Kat há dias.

— Você tem certeza? — Insistiu o policial.

— S-sim... — Fingi chorar. Os pais dela ergueram uma sobrancelha e se entreolharam. — E-eu sinto muito a falta de Kat...

— Sinto muito. — Comentou o outro prolicial. — Precisamos fazer uma revista em sua casa.

Os policiais entraram e revistaram tudo, mas Katherine se escondeu no porão de casa. Os meninos chegaram meia hora depois dos policiais partirem e ficaram aliviados por não chegarem quando ainda estavam aqui.

Era de manhã, estávamos vendo televisão, quando o desenho animado do Bob Esponja foi interrompido por um noticiário de última hora.

— Ah, não! — Exclamou Katherine.

— O paradeiro dos criminosos mais procurados de Sidney Michael Gordon Clifford, Luke Robert Hemmings, Calum Thomas Hood e Ashton Fletcher Irwin está atualmente desconhecido . — Disse o repórter. — Se você viu alguns desses citados, por favor, denuncie à polícia.

Desliguei a TV. Nos entreolhamos por um momento, até que o barulho do Charger dos meus pais soou lá fora. Olhei imediatamente para Katherine.

— Não me diz que... — Começou ela.

— SIM! — Interrompi.

A porta se abriu, revelando meus pais cheios de malas e coisas na mão. Minha mãe ergueu um olhar cansado e soltou as coisas, não acreditando no que estava vendo.

— Lillia?

Meu pai visualizou a cena, claramente espantado.

— Mamãe, eu posso explicar!

Mikey e os garotos estavam apavorados com a situação, com medo de como poderia terminar aquilo.

— Senhora Evie... — Kat tenhou chamar por minha mãe, mas a mesma já estava ligando para a emergência.

911, em que posso ajudar? — Ouvi a mulher do outro lado do telefone.

— ALÔ? O QUARTETO ESTÁ AQUI, VENH...

— NÃO! — Arranquei o celular da mãe de minha mãe.

Alô? Senhora? — Perguntava a moça. Depois de alguns segundos sem obter uma resposta, disparou: — Estamos rastreando sua ligação. O FBI chegará aí em quarenta segundos.

Estraçalhei o celular na parede e Mikey veio até mim. Nós corremos em direção da garagem. Ashton e os garotos estavam entrando no carro, quando minha mãe gritou:

— Lil!

Virei-me, com os olhos marejados.

— Vão indo! Alcançamos vocês! — Gritou Michael para os garotos, que obedeceram.

— Querida, entregue os criminosos. — Pediu meu pai, suplicante.

O barulho de viaturas se aproximando perturbou a Michael, fazendo-me ficar desesperada.

— Eu tenho que ir! Senão serei presa.

Tarde demais.

Um helicóptero voou sobre minha casa e a polícia invadiu. Ouvi o som do motor raivoso da Lamborghini de Ashton e das viaturas que estavam seguindo-os. Os policiais deteram a mim e a Michael.

— Michael Clifford, aqui é o Tenente Hardman. Polícia de Sidney. Você está preso sob acusação de assassinato. Você tem o direito de permanecer calado; tudo o que você disser poderá e deverá ser usado contra você no tribunal. Você tem o direito de ter um advogado presente durante qualquer interrogatório. Se você não puder pagar um advogado, um defensor público lhe será indicado. Você entende os seus direitos?

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Michael assentiu e se entregou, mas eu permaneci relutante.

— Lillia Cho. Você está presa sob acusação de ser cúmplice dos criminosos... — E repetiu o Miranda Rights para mim.

E estava desesperada, e sentindo tanta dor por causa das algemas. Minha visão foi ficando escurecida e embaçada, até que eu desmaiei.

***

Acordei numa sala de paredes acinzentadas e sem vida. Tentei me mexer, mas eu estava algemada à uma cadeira. Olhei ao redor, a sala estava vazia.

De repente, o silêncio se transformou em um grito perturbador.

Era Michael.

Virei-me e o vi através de uma parede de vidro que me separava dele.

— EU NÃO VOU CONTAR NADA, SEU DESGRAÇADO! — Gritou Michael.

E então, veio o barulho de algo estalando em suas costas, seguido de um grito de Mikey. Ele estava sendo torturado porque não iria entregar os amigos, e eu seria a próxima.