Mom, I Love a Criminal

[Bonus] Fifty Shades of Knight - Parte I


Minha mãe e meu pai iriam para sua lua de mel. Eu não sabia bem o que isso significava, mas eles contrataram uma babá para cuidar de mim quando não estivessem. Minha cadela, Amethyst, estava lambendo minha bochecha, balançando o rabo e pedindo sutilmente por carinho. Passei minha mão pela cabeça de minha cadela, me deixando levar por suas travessuras, e quando dei por mim, já estava rindo e bagunçando a casa inteira.

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— Andy? — Chamou minha mãe.

— Filho, a babá chegou! Abra a porta por favor. — Pediu meu pai lá de seu quarto.

Deixei Amethyst por um momento e corri até a porta, abrindo a mesma e me deparando com uma moça que aparentava ter uns dezessete anos, sorrindo docemente para mim.

— Oi, Andy. — Disse.

Sorri para ela.

— Oi. — Falei, pela primeira vez no dia.

Minha mãe surgiu atrás de mim, carregando algumas malas, e logo papai também entrou em meu campo de visão. Eu ainda sorria, como uma doce, alegre e inocente criança. Mamãe deixou as malas no chão e beijou minha testa, abraçando-me em seguida, com força, como se nunca mais fosse fazer isso novamente.

— Eu te amo, meu filho. — Disse ela.

Assenti com a cabeça, e então ela me soltou, dando espaço para meu pai me abraçar também.

— Se comporte, ok? — Ele sorriu, e eu concordei com a cabeça. — Amamos você, Andy.

Eles saíram, e a babá entrou. Ela acenou e fechou a porta.

— Bom, Andrew, tenho algumas coisas para esclarecer... — Começou ela, com uma expressão no rosto assustadora. Tive vontade de correr até minha mãe e me afundar em um de seus abraços.

Por que eu sentia como se eu nunca mais fosse vê-los novamente?

Eu queria chorar.

— Meu nome é Yurippe. Nunca queira me irritar, ou você vai ver uma coisa. — Disse ela, e foi para a cozinha, supostamente preparar algo para o almoço.

***

Eu estava no quintal de casa, brincando com meus carrinhos. Eu não via Amethyst desde a hora em que Yurippe chegou. Me levantei da grama e contornei a casa, parando atrás de uma árvore e me escondendo atrás da mesma. Yurippe estava carregando um saco de lixo preto para fora de casa. Ele parecia pesado. Suas mãos estavam sujas de sangue, assim como suas roupas. Ela abriu a lata de lixo e jogou o que quer que fosse lá. Ela adentrou a casa novamente, e então eu corri até a lata de lixo, abri a sacola e vi a cena mais macabra da minha vida.

Os pedaços de Amethyst.

Eu chorava desesperadamente. Fechei tudo depressa para que Yurippe não visse. Corri para dentro de casa e me tranquei no quarto.

Eu não conseguia parar de chorar. Ela era um monstro. Eu queria ver papai e mamãe logo.

— Andrew! — Chamou Yurippe, e sua voz parecia preocupada. — Vem aqui!

Limpei as lágrimas rapidamente e obedeci. Quando cheguei na sala, a TV estava ligada num noticiário.

— Casal é encontrado morto, vítimas de assassinato, na rua Blake 127. — Disse a mulher com um microfone.

Meu mundo desabou. Minhas perninhas bambearam, mas Yurippe me segurou. Ela me abraçou forte.

— Eu sinto muito. — Disse.

Seu veneno me afetou. Eu tinha certeza que era culpa dela.

— Foi você n-não foi? — Arrisquei.

Ela ainda me abraçava. Deu um suspiro pesado e assentiu com a cabeça.

— Foi.

— Por quê?

Ela sorriu para mim.

— É o que fazemos. Tiramos vidas. — Respondeu.

— Não vai fazer nada comigo? — Perguntei, entre soluços.

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— Irei ensinar a você como lidar com isso. Você será um grande assassino um dia. Seu coração é puro, ainda não há nada nele.

Levantei a cabeça e fitei seus olhos verdes.

— Mas e se eu não quiser matar?

— Duvido. — Disparou. — Depois que você mata a primeira, não quererá mais parar.

E sorriu, como se aquilo fosse natural.