O puro sangue e a trouxa

A carta da traição


— Miranda! – Os gritos desesperados de Draco chegaram até mim – Miranda!!!

— Draco, eu tô bem – Falo tentando acalmar tanto a ele como a mim – Eu estou bem.

— Eu vou tirar você daí – Draco tenta lançar um feitiço atrás do outro, mas a porta continua intacta. Ele tenta feitiços para abrir a porta e outros para destruí-la, mas nenhum funcionou. Então em desespero Draco tenta derrubar a porta usando a força.

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Eu só escuto o estrondo quando Draco se joga contra a porta repetidas vezes, mas ela não se move um cêntimo sequer.

— Draco para, você vai se machucar – Peço aos gritos. A porta nem se mexia e dava para perceber que ele já estava se cansando pelos gemidos de dor que dava cada vez que colidia contra a porta. - Eu vou achar a maçaneta e vou abrir a porta como fiz antes.

— Eu não vou deixar você aí dentro sozinha – Ele diz decidido. Home teimoso!

— Draco Black Malfoy, você vai me esperar aí parado e não vai dar um pio sequer ou eu juro que vou pegar seus cabelos e tingi-los de ruivo, entendeu? – Eu grito para que ele possa me escutar claramente através da porta.

— Mas Miranda...

— Não me venha com, mas Miranda para cima de mim – O interrompo – Eu vou achar a maçaneta e vou abrir a porta então se acalme.

— Tudo bem – Draco diz a contragosto e eu escuto quando ele se senta no chão.

Depois de um suspiro aliviado eu começo a procurar pela maçaneta. Começo a tatear pela parede no escuro até que minha mão encontra algo, mas não é a maçaneta.

— O que é isso? – Penso em voz alta. Pelo jeito parece um interruptor. Quando eu aperto a sala se ilumina. Pisco me acostumando com a claridade e quando os pontinhos pretos desapareceram da minha visão consigo me localizar.

— Caramba!!! – Eu fico de olhos arregalados quando eu vejo o enorme escrito de dois andares abarrotada de livros. Esquecendo de procurar a maçaneta caminho na direção da grande mesa de carvalho antigo. Começo a olhar entre os vários papeis que estavam sobre a mesa quando um papel em particular me chama a atenção.

O papel de carta antigo que meu tio costumava a usar quando escrevia para mim e se isso não fosse o suficiente tinha o nome dos meus pais escrito na letra elegante do meu tio bem na frente do envelope.

Eu me sento na confortável poltrona atrás da mesa e pegando a acarta começo a ler:

Artur e Elena,

Escondemos esse segredo tempo demais. Miranda tem o direito de saber, pois é a vida dela que está em risco. Entendo que ela precisava ter uma infância normal, mas ela já está com dezessete anos e vivendo como se não estivesse em perigo constante .Eu sei que como bruxos vocês podem protege-la, mas não é certo esconder dela. Ele está me vigiando, provavelmente essa será a minha última carta para vocês. Eu sei que me arrisquei me mudando para o campo inimigo, mas não é o que ditado diz “mantenha os amigos perto e os inimigos mais perto ainda”.

Meu último pedido é que contem para Miranda. No meu testamento deixei essa mansão para ela. Não achem que sou maluco. A mansão está coberta de feitiços de proteção e camuflagem e eles não vão procurar por ela na toca do lobo, não é?

Miranda essa parte escrevo para você. Quando se sentir sozinha e parece que nada irá dar certo basta olhar atrás da cortina.

Ass.: Arturo Malone

Meus olhos estavam embaçados pelas lágrimas. Meu tio era um bruxo. Meus pais são bruxos e nunca me contaram. Na carta ele diz que eu corro perigo, que existem pessoas que estão atrás de mim. As lágrimas começam a cair livremente pelas minhas bochechas.

— Miranda? – Escuto Draco bater na porta, mas não consigo me mexer – Miranda você está aí? – As batidas ficam mais desesperadas.

De repente a porta se abre e Draco entra correndo pela porta. Quando ele me vê aos prantos vem imediatamente vem em minha direção me recolhendo em seus braços protetores.

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— O que aconteceu amor? O que a de errado? – Ele senta na cadeira comigo em seu colo e começa a me ninar e acariciar meus cabelos.

— Tudo, está tudo errado – Eu choro em seu ombro me sentindo engada, traída e sozinha.