P.O.V. Queen

Realmente não há palavras para descrever o tamanho de meu descontentamento, além de ter tido de dividir o avião com duas garotas chatas e mimadas ainda fomos as últimas a chegar por culpa das mesmas que chegaram no aeroporto extremamente atrasadas, para ser mais específica, três horas depois de mim.

Quando cheguei ao salão já haviam toneladas de garotas se arrumando e conversando da mesma forma que criancinhas de cinco anos, gritando com o maior de todos os sorrisos estampado em sua boca, até que eu gostaria de conversar com alguém, mas mais civilizadamente claro e com certeza com alguém que tivesse no mínimo metade de minha classe assim como minha mãe sempre me ensinou.

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Finalmente uma das encarregadas por fazer o cabelo das selecionadas veio até mim e me chamou para ajeitar meu cabelo, mas sinceramente não havia muita coisa que pudesse ser mudada nele, afinal ele já era perfeito, depois disso ainda tive de escolher meu vestido, eu já tinha uma boa ideia do que eu queria.

Eu já estava bem entediada quando uma garota que aparentava ter uns dezoito anos, bem bonita, cabelos negros e longos e, pelo mais incrível que pareça, seus olhos eram violetas, estava usando um vestido curto floral e uma bota de cano curto com um salto, ela andou calmamente até mim com um sorriso no rosto.

— Olá! Eu sou a Violet. Qual é seu nome? – Disse ela amigavelmente sentando-se ao meu lado.

— Ah, oi! – Respondi, eu sabia que isso era uma coisa que minha mãe não gostaria de ver eu fazendo, conversar amigavelmente com uma concorrente, mas ela realmente parecia legal, talvez eu finalmente pudesse fazer uma amiga de verdade. – Eu sou a Queen.

— Queen? Tipo Q-U-E-E-N? Porque isso seria muito legal, imagina ter o nome de rainha, seria incrível.

— É, é assim mesmo, acho que minha mãe me deu esse nome por ela ter sempre achado que eu nasci para ser uma rainha, as vezes ela chega a ser bem rígida por causa disso. – Disse deixando escapar uma risada – Mas, sinceramente, eu não gosto muito do meu nome...

— Como não? Seu nome é bem sofisticado, quem dera eu ter um nome desses.

— Quer trocar?

— Eu aceito. – Respondeu dando uma gargalhada, a qual eu logo acompanhei, porém logo interrompi-me pois percebi que estava agindo como todas as outras que estavam ao meu redor, sendo criancinha e aparentando querer chamar muita atenção.

— Desculpe, eu tenho que ir terminar minha maquiagem, espero te ver novamente. – Disse levantando com a minha desculpa mais esfarrapada possível, era óbvio que eu estava mentindo, pois, minha maquiagem já estava mais do que pronta, mas acabei perdendo um pouco minha vontade de conversar.

Apenas para disfarçar um pouco minha mentira fui andando até o local onde a maquiadora estava e pedi para ela retocar alguns pontos da maquiagem, ao menos eu ficaria ainda mais bonita.

Alguns minutos depois uma mulher parou em frente ao salão, ela era alta, tinha um coque meio desarrumado que mantinha todo seu longo cabelo preso, usava um blazer cinza escuro com uma saia social do esmo tom além de escarpins brancos e seus óculos, ela adentrou o salão com uma cara séria e logo uma das criadas que estavam por perto a entregou uma prancheta, a qual ela deu uma folheada antes de falar.

— Boa tarde senhoritas, meu nome é Kathryn Bailke, eu serei sua instrutora e professora durante sua estadia no palácio. – Declarou ela olhando-nos de cima a baixo – Agora irei leva-las aos seus aposentos para que aguardem até o horário do jantar, por favor me sigam. – Nós a seguimos corredor acima até chegarmos a uma ampla escadaria de mármore até que ela parou. – Subindo essas escadas estão os seus quartos, seus nomes estão na porta, estejam prontas para o jantar exatamente às 19h, encontrem-me neste mesmo local. Há mais algumas regras que devem saber estão todas nos papéis que estou entregando, leiam atentamente todas e não as descumpram, isso resultará em punições ou até desclassificação. – Concluiu antes de virar as costas e sair.

Após Kathryn sair do campo de vista de todas, aquela algazarra que era ouvida dentro do salão se instalou entre todas novamente, decidi então que o melhor seria ir diretamente para o meu quarto antes que perdesse minha calma. Subi as escadas calmamente, eu realmente queria aproveitar ao máximo aquele lugar, afinal ele era incrível, andei um pouco pelo corredor até avistar uma grande porta na qual estava pendurada uma placa gravada em letras douradas “Queen Faller” Abri a porta ansiosa e acabei por me surpreender muito, o quarto era incrível, ao fundo tinha uma grande varanda com uma pequena mesa onde podia-se tomar chá, por todas as gigantes paredes do quarto haviam enfeites maravilhosos, a cama vestida com uma coxa rosa pink além de algumas poltronas e uma escrivaninha nos lugares vagos do quarto, era perfeito.

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