Eu, meu inimigo e nosso bebê
Capítulo 8
P.O.V Nico di Angelo
– O motivo é a minha gravidez. - ela diz. - Eu estou esperando um bebê, Sr. e Sra. Di Angelo.
Minha mãe nos olha chocada e depois encosta na parede com uma outra expressão que eu não consigo identificar. Meu pai nos olha com os olhos arregalados, mas parece manter sua calma.
– Grávida? - ele pergunta. - Esse bebê é seu, filho?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Me permito assentir com um balanço de cabeça. Ele coloca a mão no rosto e fica em silêncio, resolvo ficar também. Me aproximo de Thalia e ela agarra meu braço.
Minha mãe solta um suspiro alto. Quando eu olho para ela, vejo que ela sorri enquanto encara o teto. Bianca parece tão chocada quanto Thalia e eu ao ver aquilo.
– Eu vou ser avó? - ela questiona sorrindo para nós. - Eu não sou muito nova para ser avó?
– E eles são novos para serem pais. - meu pai diz sério. - Mas não há nada que possamos fazer, a criança já está aí. Não deixarei meu filho sozinho com uma mulher e um filho para cuidar.
Thalia suspira em alívio e esconde seu rosto em meu ombro.
– Mas é claro que nós vamos ficar ao lado de vocês. Nós somos uma família. - minha mãe diz.
Ela se aproxima de nós e levanta o rosto de Thalia delicadamente com a mão.
– Você faz parte de nossa família agora, querida. - ela diz sorrindo e recebe um sorriso de Thalia em retribuição. - De quantos meses você está?
Minha mãe parece prestes a explodir de felicidade. Já sei de quem Bianca puxou isso. E eu estou surtando de alívio por uma reação tão ética que meus pais tiveram.
– Quase dois meses. - Thalia toca sua barriga. - Mas sei há duas semanas, apenas.
Minha mãe toca a barriga de Thalia e sorri.
– Eu sabia que ia dar tudo certo! Meu sobrinho vai ser a pessoa mais amada desse mundo. - Bianca diz dando pulinhos.
– Vocês são tão maravilhosos. - Thalia diz e vejo que seus olhos estão marejados. - Meu pai me colocou para fora sem considerar outra possibilidade. Eu não tenho como agradecer.
Thalia solta um soluço e eu passo meu braço em volta de seu ombro.
– Você está falando sério? Isso não se faz com um filho, independente do que ele tenha feito. - meu pai diz com raiva.
– Isso é horrível! - minha mãe diz incrédula. - Mas vamos parar de pensar nisso, um bebê é motivo de alegria, só perde que quer ficar longe disso. Vamos terminar nosso jantar.
Assentimos e voltamos para a mesa de jantar conversando sobre o bebê e a escola.
Finalmente eu conseguira minha paz novamente.
P.O.V Thalia Grace
Terminamos o jantar e todos vão para seus aposentos devido ao cansaço da viagem, deixando apenas Nico e eu . Eu me sentia tão leve após o jantar que poderia passar anos acordada nessa sacada. Eu não tinha um jantar como esse desde que minha mãe havia morrido, me senti viva novamente.
– Minha família adora você. - Nico diz ainda com o olhar focado no jardim.
– E eu adoro cada um deles. Nunca me senti tão bem em um lugar. - eu digo e ele se vira para mim.
– Finalmente um pouco de paz, não é? - ele me pergunta e eu sorrio para ele.
– Vamos entrar? Está frio. - ele concorda e entramos.
Seguimos lentamente para nossos quartos, quando chegamos na porta do meu, eu paro e me viro para ele.
– Boa noite, Nico. - eu falo numa voz baixa.
Ele dá um sorriso de lado e se aproxima de mim, me beijando na bochecha enquanto toca levemente minha barriga.
– Boa noite para vocês. - ele diz e segue para seu quarto.
Entro rapidamente ainda sentindo minha bochecha formigar. Tiro minha roupa e paro em frente ao espelho. Foco em minha barriga.
– Nada. Por enquanto. - digo a mim mesma e vou para o banheiro.
Saio do banho e coloco uma roupa qualquer, me jogando na cama logo em seguida. Durmo quase imediatamente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Acordo com Bianca di Angelo em cima de mim.
– Vamos estudar, mamãe? - ela diz e me dá um beijo na bochecha.
Bufo e me levanto sem vontade, vejo que Bianca já está pronta.
– Parece que esse bebê está roubando toda minha energia. - eu digo.
– Vá se arrumar que eu separo uma roupa para você, dorminhoca. - ela diz e me empurra de leve para o banheiro.
Faço o que ela diz e quando saio já arrumada, vejo que ela separou um short e uma regata preta para mim.
– Eu vou descer para separar alguma coisa para você comer, ok? Não demore. - ela diz e sai do quarto.
Coloco a roupa e desço para a cozinha. Nico parece dormir sobre a mesa e Bianca está na bancada fazendo um prato com toda a comida do armário para mim.
– Vai levar café da manha para toda a Yancy, Bianca? - eu questiono e Nico ri.
Bianca revira os olhos para nós.
– É para você. - ela diz e me entrega o prato.
Como algumas frutas e tomo um suco. E depois de Bianca encher minha bolsa com comida, seguimos à escola.
...
Assim que chego lá, procuro meu irmão pelos corredores. Preciso falar com ele e fazê-lo ficar do meu lado, ele é a única família que me restou e eu não quero perder isso. O encontro perto do bebedouro com alguns amigos, me despeço de Bianca e Nico e vou até meu irmão.
– Eu preciso falar com você, Jason. - digo a ele e ele balança a cabeça concordando.
Vamos até um banco no jardim e Jason me encara.
– Não demore porque eu tenho aula. - ele diz de modo seco.
Suspiro e olho para ele.
– Você não pode me tratar assim, Jason. Aconteceu. O bebê está aqui e não há nada que possa tirá-lo de mim. - eu digo e mordo o lábio inferior.
Jason olha para minha barriga, depois volta o olhar para o jardim.
– Por que você não me contou antes, Thalia? - ele questiona com uma voz irritada. - Eu sou seu irmão.
– Porque eu estava apavorada, Jason. - quase grito. - Eu tenho 17 anos e estou grávida de Nico di Angelo. Acha que foi fácil aceitar isso? Eu tive medo de como você reagiria.
– Eu poderia ter ajudado você com nosso pai, minha mãe teria ficado ao nosso lado. - ele diz e olha para mim.
– Hera me odeia, Jason. - eu digo irritada.
– Mas ficou muito brava por saber o que nosso pai fez. - ele diz.
Hera me defendendo? Até parece, ela sempre fazia de tudo para ter meu pai contra mim, mas prefiro não dizer nada, para evitar uma briga com meu irmão.
– Eu não quero saber de sua mãe, Jason, eu quero saber de você. Você não pode me abandonar. - eu digo e seguro as lágrimas. - Minha mãe está morta, eu só tenho você. Não me deixe sozinha.
Ele me abraça e eu retribuo o abraço com força.
– Eu nunca deixarei você sozinha, Thals. - ele diz ainda me abraçando. - Eu só estava bravo por ser o último a saber, ok?
Ele se afasta e eu dou um sorriso para ele.
– Me desculpe. Prometo que você será um dos primeiros a saber o sexo. - digo e ele ri.
– Eu tenho certeza que é um menino. E vai ser tão bonito e esperto como o tio. - ele diz com o queixo erguido.
– Eu tenho pena desse bebê. Ter Bianca e você como tios deve ser muito assustador. - eu digo rindo. - São dois descontrolados.
Ele revira os olhos.
– Vamos, maninha. - ele passa o braço em volta de me ombro. - Eu preciso ir para a aula.
Seguimos abraçados até o corredor. Tudo estava bem. A família de Nico aceitou o bebê, meu irmão estava falando comigo novamente e eu estava conseguindo aceitar cada vez mais minha gravidez. Eu sentia que nada poderia dar errado.
Mas eu estava totalmente errada.
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