Perversa

Capítulo 45


Enquanto se afastava, puxou a ponta do smoking de Ronald discretamente. Pararam num lugar reservado, sem enfeites. A lavanderia, ele pensou. Não dava pra enxergar direito.

Hermione sorriu, extremamente feliz.

— Ron...

— Oi. – Ele respondeu, tateando o rosto estonteante dela com a ponta dos dedos.

— Sabe o que é... – Granger enrolou. – É que...

— Fala, Mione.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Hermione fechou os olhos, com a última palavra vinda do namorado. Uma vontade de pular e dançar invadiu seu corpo, com força. Ela o abraçou.

— É que eu... Nunca senti por ninguém... O que eu sinto por você.

Ela falou e agradeceu por estar escuro. Assim ele não poderia vê-la enrubescida.

Ronald sorriu, mas não respondeu. Beijou-a com vontade, sem esconder um pingo de fervor, como nunca havia feito antes. Ela correspondeu. Aquele era o momento mais incrível de toda a sua vida.

— Ron... – Ela sussurrou, enquanto os lábios dele exploravam seu pescoço. – Eu...

Ronald apertou suas costas contra o corpo dele, depois procurou o fecho do vestido.

— Ron... – Ela murmurou. – Eu sou virgem!

Ele se afastou e a encarou confuso.

— Mas...

Ela baixou a cabeça, decepcionada consigo mesma.

— É, eu sei. Você nunca imaginou.

— Nunca mesmo!

Hermione suspirou e desviou o olhar, mesmo no escuro.

— Eu precisava te contar isso. Antes.

Ronald se recompôs, arrumando a gravata e respirando fundo.

— Tudo bem. – Ele falou, pouco convencido. – Eu só não entendo, principalmente por causa daquele negócio de você ‘conhecer’ aquele quarto em Little Falls com o Harry, lembra?

— E você acha que eu não ia só por sua causa? – Ela ironizou.

— Na verdade, sim.

— Você está certo. – Hermione admitiu, rindo de si mesma. – Mas dependendo da nossa conversa, eu estava decidida a... Conhecer o quarto com ele.

Eles ficaram em silêncio. Ronald se aproximou outra vez e beijou o canto de sua boca.

— Agora eu já sei... – Murmurou.

Um arrepio atravessou o corpo dela, cruelmente.

— É, mas... Sabe, tem a festa toda esperando por nós e...

— Você tem medo! – Ele riu, relativamente alto, para a ocasião. – Hermione, você tem medo.

Ela torceu o nariz.

— Eu sei que isso é...

— Isso é ótimo! Hermione, você é humana. E não sabe como é bom ter certeza disso.

Ela riu.

— Eu te...

— Hermione! – Alguém chamou do lado de fora. – Filha, onde você está? É hora do ‘parabéns’.

Ronald suspirou.

— Eu vou contar a todos sobre nós depois do parabéns. – Ela anunciou, saindo discretamente da lavanderia.