Além da vida

Prisioneiro


Pov. Harry:

Abri os olhos confuso por não me lembrar de como voltei para casa, mas assim que olhei ao redor e não reconheci o quarto em que estava, me lembrei do meu sequestro no estacionamento do hospital.

–Finalmente você acordou, espero que esteja com fome.- uma jovem disse entrando no quarto com uma bandeja em mãos.

–Onde estou? Quem é você? - questionei tentando me levantar da cama, mas acabei me deitando novamente devido a tontura que sentia.

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–Você não pode se levantar por enquanto, eles usaram sedativos demais.- ela disse preocupada enquanto colocava a bandeja em cima de uma cômoda antes de vir até mim.- Como se sente?

–Quem é você? E o que fizeram comigo? - questionei sério e ela suspirou suave.

–Sou Ava Lakota, princesa de Perugia.- ela disse suave e pisquei confuso.

Afinal, Perugia era muito longe de Florença, e também diziam que era a cidade dos filhos da lua.

–Não pode ser, não posso está em Perugia.- sussurrei atordoado enquanto tentava clarear as minhas ideias.

–Mas você está.- ela disse suave antes de se levantar da cama e pegar a bandeja da cômoda antes de colocar em cima da cama.- Agora, tente comer algo, pois assim se sentirá melhor.

–Não estou com fome. Só quero saber por que estou aqui.

–Por que o escolhi para ser meu marido. Para me ajudar a reinar e a conceber o herdeiro de Perugia.- ela disse e parei de respirar.

–O que?! Isso é alguma piada do meu primo? Por que se for não tem graça.- disse sério e ela piscou confusa.

–Claro que não, estou falando a verdade.

–A quanto tempo estou apagado?

–Três dias.

–Três dias?!- gritei nervoso antes de procurar meu celular no bolso da minha calça jeans sem sucesso.- Onde está meu celular?

–Está guardado, no momento certo lhe devolverei.- ela explicou e sorri sem humor.

–Você não sabe quem sou princesa?! Sou o único filho do herdeiro do trono italiano, e minha família deve estar pirando agora. Por isso preciso ligar para eles.

–Sei quem você é, agora tente comer algo para se recuperar. -ela disse seria enquanto me olhava.

–Já disse que não quero comer nada, agora me deixei sair daqui.- disse furioso tentando me levantar da cama o que foi em vão.

–Voltarei assim que estiver mais calmo príncipe Harry.- ela disse suave antes de sair do quarto.

–Socorro.- comei a gritar sem forças antes de desmaiar de cansaço.

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–Ava como ousou me desobedecer dessa forma? - ouvi uma voz questionar e abri os olhos sem força procurando de onde ela vinha.

–Mãe, lhe expliquei meus motivos.- ouvi Ava dizer atrás da porta.

–E eu disse que essa sua ideia era uma loucura. A casa real de Sforza está colocando a Itália de cabeça para baixo atrás do príncipe, se eles descobrirem que você o sequestrou invadiram Perugia sem dó para busca-lo. Agora trate de manda-lo embora antes que inocentes paguem por sua atitude infantil.- a voz exigiu furiosa antes da porta ser aberta por Ava.

–Preciso.... Ir.... Para casa…- implorei sem forças e Ava me olhou preocupada antes de correr até mim.

–Harry, você está tão pálido e gelado.- ela disse preocupada enquanto tocava minha testa de leve.- Darissa.

–Chamou senhora? - uma jovem questionou preocupada assim que entrou no quarto.

–Chame meu padrinho agora.- Ava pediu nervosa e Darissa concordou antes de sair correndo do quarto.

–O que você está sentindo? - ela questionou preocupara enquanto tocava meu rosto de leve.

–Preciso...De ... Sangue…- sussurrei sem forças e ela me olhou confusa.

Mesmo sendo um lobo ainda tinha que tomar um pouco de sangue, pois meu lado vampiro, mesmo adormecido sentia sede.

–O que houve querida? - um senhor questionou entrado no quarto preocupado.

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–Padrinho... O Harry...- Ava sussurrou preocupada enquanto olhava para mim entre lagrimas.

–Deixe-me vê-lo, querida.- ele pediu se aproximando de mim e me encolhi em resposta, afinal estava fraco demais para me defender.

–Vai ficar tudo bem Harry, meu padrinho é médico como você. Prometo que ele não irá machucá-lo. – ela sussurrou tentando me acalmar. -Padrinho, Harry disse que precisa de sangue.

–É possível querida, afinal o pai dele é um hibrido de vampiro. Vou providenciar um pouco de sangue. Tem preferência por algum tipo, meu príncipe?

–De animal, não.... Tomo sangue.... Humano.- sussurrei e ele concordou antes de sair do quarto.

Não demorou muito para que ele voltasse com um copo grande que emanava um cheiro delicioso que me fez salivar.

–Você estava mesmo com sede. Me desculpe por deixa-lo sofrendo, não sabia que precisava de sangue.- Ava se desculpou assim que havia terminado de tomar todo o conteúdo do copo.

–Tudo bem, só quero que me explique por que me sequestrou? Não consegui entender por que uma princesa arriscaria a vida de seu povo desse jeito.

–Visitei seu país há alguns meses atrás e quando o vi senti algo inexplicável. Senti como se tudo o que vivi havia sido esquecido. Tudo que sentia naquele momento era uma força invisível que me ligava a você, tentei resistir de inúmeras formas para evitar o que estava acontecendo, mas quanto mais resistia, mais forte esse laço se tornava. E ficar longe de você se tornou insuportável, tão insuportável que fui capaz de sequestra-lo apenas para tê-lo por perto Harry.- ela sussurrou envergonhada enquanto olhava para suas mãos.

– Não sei o que dizer Ava.- sussurrei sem palavras e ela sorriu triste.

–Tudo bem, minha mãe tem razão, não podia ter feito isso. Assim que você estiver recuperado pedirei para leva-lo de volta.- ela disse antes de se levantar da cama, mas segurei seu braço impedindo-a de sair.

–Espere. Você teve um imprinting por mim?

–Sim, Harry. Com os filhos da lua o imprinting é muito mais forte do que nos transfiguradores. Mas acho melhor, providenciar algo para você antes de partir.

–Espere Ava. Se você me deixar ligar para a minha família e explicar tudo a eles, acho que posso ficar mais alguns dias aqui, se não for incomodo.- sugeri e ela sorriu surpresa.

Podia ser loucura, mas algo me dizia que deveria ficar ali por mais um tempo e iria seguir minha intuição. Afinal, o que tinha a perder?