Sangue no papel

Ganhei uma nova "amiga"?


–Clover? É você mesmo? Por que você tá me amarrando e COMO É QUE VOCÊ SABE DO... mfff!- ela tapa minha boca com a mão livre.

–Cala a boca- sussurra ela-Você quer que eu lhe dê todas essas respostas, enquanto isso, você ainda não me respondeu a única pergunta que eu lhe fiz. Foi você quem matou a diretora?

–Como assim a diretora está morta?- perguntei. Ela apertou mais o nó envolto na minha mão.

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Não se faça de boba, Rachel! FOI VOCÊ QU...- ela gritou. Logo depois,me empurrou em direção a um beco entre os armários e um bebedouro e amarrou a ponta da corda que estava eu estava amarrada no cano do bebedouro após reparar em algo na entrada do corredor principal, assustada. Ela se escondeu um pouco mais a frente. As portas se abriram com um rangido. Os passos ficavam cada vez mais próximos, assim como a pessoa que os conduzia. Se não tivesse me agachado a tempo, teria sido vista por um policial armado.

–Saia de onde estiver e não será ferido!- ele diz- Sabemos que está aqui. Saia do seu paradeio e não serei obrigado a atirar.

–Estou aqui.-diz Clover, saindo de seu esconderijo.

–Desembucha. Por que está aqui?

–Vim aqui atrás de respostas.- Clover responde. De repente, ela pega um revólver preso e escondido em seu cinto e enfia a arma na boca do policial e pergunta- E você? Por que você está aqui?- após alguns segundos, ela ri- O quê foi? O gato comeu a sua língua?- e atira.

O policial cai no chão. Sangrando. Sem vida. Morto. O tiro não emitiu som algum, para que ninguém se exaltasse e viesse investigar.

–Vamos logo.-diz ela, simpática. Os respingos de sangue que estavam em seus cabelos a deixavam com uma aparência psicótica- Senão, os BFFs dele vão sentir saudades e ver como ele está. Vamos. Agora.- ela desamarrou a ponta presa no cano e passou a me guiar como se eu fosse um cachorro.

Clover havia me levado até a quadra de educação física. Ela foi em direção ao armários de troféus, o abriu e começou a afastar ou separar algo na parte debaixo do móvel. Agachei para ver o que ela arrumava e, atrás dos troféus que Clover afastava, havia uma pequena "passagem".

–Você vem ou prefere ser pega?- ela me pergunta em tom sarcástico. Me ajoelho e começo a engatinhar pelo estreito "túnel" até chegar em uma sala redonda um pouco menor que o meu quarto. Haviam fotos e anotações espalhadas por todos os lugares. Em uma pequena mesa, havia um computador que monitorava uma sala ampla e escura.

–Você ta vendo a diretoria- Clover disse. Já havia me esquecido dela, mas resolvi ir direto ao assunto que havia me feito ir para a escola as 10 da noite.

–Então, você pode me explicar o porquê do b... o que tem nessa mala?-perguntei, vendo uma mala bem cheia em seus braços.

–Nisso daqui? Nada. São só algumas hipóteses que...-Clover deixa a mala cair no chão. Ao atingir o assoalho da saleta, uma mão, ainda suja de sangue, cai da mala.