Sangue no papel

Lembranças Esquecidas


Voltar pra casa. o que eu menos queria no momento. "Feche suas janelas", Quem ele pensa que é? O que ele acha que matou quem? Além do que, fechar minhas janelas não iria impedir que o assassino entrasse na minha casa, uma delas já estava quebrada! Mas, para não contrariá-lo, fui para casa. A chuva estava apertando, então tive que correr. Chegando em casa, Lynda estava sentada no meio-fio. Me aproximei dela para perguntar o que estava acontecendo no colégio até ela interromper minha ida com um beijo. A empurrei em direção ao chão e perguntei:

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–O que é que está fazendo?

–Nossa, bom dia pra você também!- ela responde com tom sarcástico.

–Qual o seu problema?

–Não se lembra de nada da noite passada?- ela pergunta, como se eu já soubesse a resposta. Eu a encarava.-Não se lembra.-Disse ela, ficando vermelha de raiva-Rachel,fala sério! Eu desisto!- ela se levanta do chão e passa por mim furiosa.

Entro em casa e encontro minha mãe, que estava estranhamente quieta.

– Oi mãe.- Digo. Reparo que ela estava segurando um pequeno pedaço de papel, onde havia caído uma lágrima- Mãe?- Ela gira o pescoço para me ver. Seu rosto estava vermelho e molhado de lágrimas e me estende o papel.

– Sua irmã foi raptada.- Ela desaba. Seu choro era agonizante.

O papel dizia que Loretta só seria devolvida se minha mãe levasse documentos que confirmavam a posse da casa, ou seja, me dê sua casa senão sua filha morre. Minha mãe estava pegando os documentos para entregá-los para o raptor, até que o mesmo policial que havia me dito sobre o assassinato veio conversar com a minha minha mãe. Não ouvi a conversa deles, pois subi para meu quarto. Ao abrir a porta, nada parecia ter sido tocado desde que saí, exceto um pequeno envelope em cima de minha cama. Abri a carta, que dizia:

"Você quer respostas. Eu tenho as suas e você tem as minhas. Me encontre no colégio,a noite,em frente ao armário 271 para receber as suas. O beijo não será mais um mistério, eu garanto."

As dez da noite, saí de casa e fui para a escola. Meus passos ecoavam no meio da escuridão do corredor principal. Sinto algo passando por trás de mim, um vulto. De repente, uma corda prende minhas mãos e Clover pergunta:

–Foi você que matou a diretora?