Even in Death

Somos só amigos


No meu mundo, a morte é uma mão anônima e incompreensível, um vendedor a domicilio que leva as almas perdidas como se fosse uma loteria no inferno.

Meu trabalho nunca foi fácil, mas toda essa dificuldade é recompensada toda vez que um criminoso é levado para longe da sociedade. Esse é o meu trabalho, busco faze-lo da forma mais correta que posso, junto com minha equipe vivemos dias sombrios e dias felizes que são inesquecíveis. Cada momento que passo com eles torna minha vida melhor.

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Chega de sentimentalismo barato, estamos num caso muito difícil, encontramos uma garota de seis anos morta em um viaduto, e o pior de tudo é que ela foi estuprada. Estamos perto de chegar ao assassino com o DNA coletado no teste de estupro.

-O que conseguimos até agora? -pergunto chegando a sala de reunião onde já se encontra todos da equipe. Mac está como sempre, sério, Lindsay está falando sobre Lucy com Jessica, Danny e Flack com seus sarcasmos, Adam atrapalhado e Sid e Sheldon em uma conversa animada sobre anatomia.

-Descobri que o fragmento encontrado na saia da vítima são fios de um tecido usado em carpetes. -diz Adam.

-A digital que tinha na roupa intima da vítima não estava no CODIS. -diz Lindsay, um pouco decepcionada.

-Porém, -interviu Danny- o DNA extraído do sêmen, bateu com o DNA da pele que tinha debaixo da unhas.

-E eu descobri que ela não tem família. -digo com tristeza.

-Como assim? -pergunta Lindsay.

-Ela é de um orfanato chamado Abigail Willians, fica em Soho. Quem vai comigo? -Digo desanimada.

Flack se candidata e então estamos indo para o elevador quando Mac me chama.

-Stella, venha até a minha sala por favor. -diz ele sério.

Chegando a sala dele, fico parada perto da porta com os braços cruzados, já sei o que ele vai falar. Ele tem meu histórico, sabe do meu passado.

-Eu sei que você não está confortável com esse caso... -começa ele mas interrompo.

-Não precisa se preocupar Mac, esse é só mais um caso de estupro e assassinato, se eu me sentisse mal a cada caso como esse eu já teria me matado.-digo com um leve sorriso.

-Não brique com isso, não sei o que faria sem você. -depois que ele disse isso percebo que ele ficou envergonhado, e tentou concertar - quer dizer, eu ficaria louco com esse laboratório virado em uma bagunça. -ele sorri.

-Não se preocupe, não abandonarei você.-ele ficou paralisado e eu apenas ri de sua cara.

Voltei para o elevador e fui junto com Flack. Quando entramos no elevador ele olhou para mim rindo.

-O que foi? -pergunto.

-Ele te ama. -disse rindo.

-O que? -digo rindo também, mais por nervosismo do que graça. -Somos só amigos, e nos amamos da mesma forma que você ama a Jess.

Então você assume que ama ele também. Por que eu e a Jess estamos namorando. -ele diz e eu olho para ele sem resposta, chegamos ao estacionamento e ele me deixa sozinha no elevador paralisada.