Humanos vs Robôs

Capítulo 26


Abri a boca chocado. – Foi tudo muito rápido, não conseguimos fazer nada. Um robô apareceu de repente e atravessou a mão em seu peito arrancando seu coração... – Continuei calado, apesar de ter impasses com ele eu nunca iria querer sua morte e sem falar que foi uma morte horrível.

– Está tudo dando errado, isso é minha culpa... – Comecei a ficar angustiado. – O plano foi meu, se eu não tivesse ficado aqui eu poderia ter ajudado...

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– Não, ninguém poderia fazer nada. Não foi sua culpa. Muito pelo contrário, você nós deu uma luz. Estávamos perdidos, tínhamos noção que o plano original era suicídio, mas não sobrou merda nenhuma do mundo. Só queríamos acabar com esses robôs e então você apareceu com uma ideia mais concreta que a nossa. – Senti a cama afundar. – Se você quer ficar com isso de culpar alguém, culpe o próprio Marcus e seu pai Aro. Por causa deles esses robôs desgraçados existem, culpe a Isabella por estar no projeto e por ter melhorado esse maldito imperador. Todos nós temos culpas, mas não coloque todo peso em suas costas. – Respirei fundo absorvendo suas palavras.

absorvendo suas palaras.

– Obrigado, Jasper. Você tem razão, mas e agora? Tudo está perdido?

– Até onde eu sei, você sabe muita coisa sobre robôs.

– Sim, mas eu posso estar cego. Que ajuda terá de mim?

– Você pode está não é uma confirmação, Edward. – Suspirei assentindo.

– Angela me examinará mais detalhadamente. Jessica foi até uma farmácia, Angela pediu algumas coisas.

–É perigoso, ela ir sozinha.

– Michael está com ela.

– Era melhor ela ter ido sozinha. – Se eu pudesse teria revirado os olhos.

– Sem drama... – Suspirei e me encostei-me à cabeceira. – Como falarei isso para Bella? – Lembrei com pesar.

– Sinto muito. Eu posso falar se você quiser.

– Estou me sentindo cansado...

– Acho que foram os remédios, pode ir dormir. Tenta descansar um pouco, quando Jessica chegar te acordamos. – Assenti bocejando. Ajeitei-me na cama, poucos minutos depois dormi.

Acordei com o pano ainda no rosto. – Tem alguém aí? – Perguntei, mas não obtive resposta. Fiquei um tempo quieto até os meus pensamentos me levarem para lembranças distantes. Lembrei no dia em que eu e Bella descobrimos que ela estava gravida de Tony.

Flashback:

– Então... É grave? – Perguntei nervoso segurando a mão de Bella que mordia os lábios ansiosamente ao meu lado.

– Eu diria que é uma ótima notícia... – Ele respondeu tranquilamente, vi Bella prender a respiração. – Ela virá embrulhada em um lençol daqui a sete meses. – Encarei o médico em choque, olhei ao redor e vi a sala girar.

– Sr.Cullen? – Escutei uma voz longe me chamar. Comecei a puxar o ar com força, me acalmar e voltar um pouco para a realidade. Observei ao redor e vi Bella e o doutor Rick me encarando. Comecei a me sentir sufocado e me mexi desconfortavelmente na cadeira. – Quer uma água? – Balancei a cabeça negando. Pensei seriamente em aceitar, mas não queria parecer desesperado. Escutei a Bella agradecendo o médico e levantei, ainda tonto.

– Vamos? – Bella puxou minha mão e saímos da sala. Adamos até a saída sem trocar nenhuma palavra, estava um silêncio desconfortável e uma tensão no ar. – Você não está feliz? Você não quer? – Ela perguntava aflita, mas eu não consegui falar nada. – Fala alguma coisa...

– Eu só estou... Surpreso. Nossa, uma... Criança, céus. – A palavra criança saiu com muito esforço. - Somos muito imaturos. – Desabafei desesperado. – Mal começamos uma vida de casados, não sei nada sobre crianças.

– Eu também não sei, aprenderemos juntos. – Ela sorriu pegando minhas mãos e beijando meus lábios rapidamente. – Estamos juntos nisso. Será um ótimo pai. – Assenti pedindo aos céus que ela estivesse certa.

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Fim do Flashback.

E na verdade decepcionei a Bella e os meus filhos. Se não tivéssemos passado por tudo isso, eles provavelmente já estariam na casa de Bella e do Marcus, reclamando de como o final de semana que passaram comigo foi ruim. E eu estaria em casa na mesma merda de rotina, pensando em como sou idiota. Ouvi a porta abrir.

– Edward? – Era a voz de Angela.

– E então?

– Chegaram, já estou com os materiais em mãos.

– Ótimo, vai ser agora?

– Coma um pouco antes. Sente-se, irei colocar a bandeja no seu colo. Rose está vindo para ajuda-lo. – Agradeci e ela saiu. Um minuto depois Rose apareceu.

– Está faminto? – Ela afinou a voz como se estivesse falando com um bebê.

– Sem gracinhas! – Resmunguei cruzando os braços.

– Desculpe Eddie. – Ela usou o apelido que eu odeio.

– Meu deus, você é muito irritante. – Ela deu uma risada e começou a colocar a comida na minha boca. – Já estou me sentindo um cego.

– Para de reclamar. – Me calei voltando a comer. – Estou tão ansiosa, só consigo pensar no Emm. Não vejo a hora de vê-lo.

– Tem uma coisa que você não sabe... – Lembrei-me de sua perna amputada, apesar de saber que para ela isso não irá significar nada.

– Não faça suspense, idiota.

– Só parei para respirar, ignorante. – Falei irritado. – Acho melhor você ver com seus próprios olhos.

– Não, não... Começou agora termine. – Antes que eu desse outra desculpa alguém bateu na porta.

– Entra.

– Será agora. – Escutei Jessica se aproximar e assenti.

– Como está? – Percebi que Alice veio também.

– Só poderei te dizer depois.

– Vamos começar, Alice será minha assistente. Irei descrever tudo o que estou fazendo, não quero você nervoso e nem ansioso.

– Meio impossível, mas vou tentar. – Tentei relaxar o máximo possível na cama esperando ela começar.

– Irei tirar o pano, não tente abrir os olhos. – Ela mandou começando a tirar o pano. Já conseguia perceber a claridade, mesmo de olhos fechados.

– Estou percebendo a claridade! – Exclamei animado.

– Calma, isso pode ser apenas uma reação. Você pode não ter perdido completamente a visão, mas ela pode estar prejudicada. Não se esforce. – Continuou até tirar por completo. – Irei começar a limpar. – A senti colocar água fria ao redor do meu olho. – Pronto, agora tirarei as lascas dos estilhaços com uma pinça esterilizada com álcool. – Senti a ponta da pinça tocar minha pele, o que acarretou um pouco de dor. – Irei colocar uma pomada antibiótica para ajudar a manter o ferimento limpo e úmido. – A senti passar em partes ao redor do meu olho. – Abra o olho bom.

Comecei a abrir devagar, mesmo a luz estando fraca ainda doía o olho. Pisquei tentando me acostumar com a pouca claridade. – Esta tudo bem. Está tudo embaçado, mas é melhor que nada.

– Irei cobrir só o outro. – Encarei o borrão na minha frente. – Aos poucos sua visão irá melhorar.

– Esta começando a ficar mais nítida. – Consegui ver o contorno do corpo dela, olhei ao redor e vi o de outras pessoas. Provavelmente Rose e Alice. – Como vocês estão feias. – Mesmo não podendo ver os seus rostos eu não iria perder a oportunidade.

– Idiota...

– Retardado...

– Calma aí.

– Acho que você ficará com uma linda cicatriz. – Rose gargalhou alto.

– Imbecil... – Resmunguei encarando o que deveria ser a Rose. – Quero tomar banho!

– Já estou indo embora, com licença. – Alice falou e vi sua sombra sair.

– Eu vou indo também... – Angela se preparou para ir.

– Hey, eu não posso tomar banho sozinho...

– Rose é da família! – Angela abriu a porta e saiu. – Jessica. – Chamou depois de ver que a amiga continuava parada ao meu lado.

– Oi?

– Como oi? Vamos! – Observei sua sombra sumir na porta.

– Que momento constrangedor... – Falei tentando sair da cama.

– Você? Constrangido? – Ela gargalhou ironicamente.

– Não seja idiota. Emmett vai me matar. – Falei rindo, me apoiei nela esperando ela me guiar.

– Vai mesmo. – Começamos a andar até ela parar. – Não tem água, tenho que pedir pra alguém trazer.

– Tem algum poço aqui?

– Tem no quintal. Volto já. – Saiu e me deixou sentando no vaso. Consegui enxergar uma luz, provavelmente de uma vela. – Pronto esperamos um pouco agora. – Falou quando voltou. – E então... O quê você iria me contar? – Parei um pouco pensando se falo ou não.

– Quando chegarmos você verá. – Por fim preferi não contar, esse é um assunto para o Emm. Ela suspirou vencida.

– E a Bella como está?

– Está bem, agora só perdeu o noivo.

– E as crianças?

– O Tony quer entrar no grupo... Aliá, você sabia que Jacob estava ensinado ele a atirar?

– Sabia o tempo todo, eu dei a ideia.

– Que maravilha, como mãe e responsável nada mais que justo. – Respondi ironicamente.

– Qual é? Vai dizer que foi uma ideia ruim?

– Pra mim foi boa, já para Bella foi péssima. – Lembrei-me do acesso de raiva que ela teve. - Ele me salvou sabia? – Falei orgulhoso.

– Serio? – Assenti sorrindo. – Ele aprende rápido, Jacob ficou surpreso.

– Puxou ao pai. - Apesar de não ter visto, tenho certeza que ela revirou os olhos. – Mas o problema mesmo é a Nessie.

– O que aconteceu?

– Ela está com raiva de mim... Magoada.

– A Nessie? Sua defensora oficial? – Percebi um tom de descrença na sua voz. – Impossível.

– Ela não concordou com essa missão. – Suspirei com pesar. – Primeiro, ela acho que eu estava a deixando. Segundo, disse que era muito perigoso e eu podia não voltar.

– Ela é esperta. Mas não se preocupe, ela te amo. Deve está louca de saudade e talvez até reze pra você voltar. – Percebi o sorriso em sua voz. – Ela é o seu pequeno anjinho.

– Eu sei. Irei voltar para ela, vivo e bem... Quer dizer, talvez cego. – Falei rindo. Eu sentia que tudo ficaria bem, não sabia como, mas sentia que ficaria.

– Relaxa, foi só um olho.

– Você é insensível e cruel.

– Edward? Rose?

– Estamos no banheiro, Michael. – Rose respondeu.

– Como está, cara?

– Consigo ver um borrão, acho que é você. – Eles riram.

– Trouxe a água...

– Obrigada, Mike.

– Se precisar estou aqui.

– Valeu, Michael. – Frisei o Michael e ele saiu. – Mike? Espere até Emm ver...

– Cala a boca. Eu irei te ver pelado, quem você acha que o Emm vai matar?

– Droga... – Resmunguei enquanto ela tirava minha camisa pela cabeça. – Não precisa tirar minha cueca, tomo banho com ela mesmo.

– Está com vergonha?

– Vergonha de quê? – Respondi revoltado. – Deixa de ser idiota. Só não quero morrer e também não quero outra apaixonada...

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– Tá... Sei... – Fiquei só de cueca e ela começou a jogar água no meu corpo. – Por falar em apaixonada, como está a Tanya?

– Você é ridícula. – Falei pegando o sabonete e passando no corpo. – Ela se declarou para mim... – Rose deu um gritinho que quase me deixou surdo também, nossa eu falo como se já estivesse cego.

– Sabia, dava para ver nos olhos dela.

– É, mas sem chance. Estou quase me acertando com a Bella... – Ela deu outro gritinho. – Deus, você irá me deixar surdo também.

– Não enrola, quero saber de tudo. – Continuei a contar tudo para ela enquanto tomava banho. E claro, ela me interrompia a cada frase. Depois que terminamos o banho ela saiu falando que iria pegar comida, fiquei no quarto colocando a roupa.

Minha visão apesar de ainda estar embaçada era melhor que nada. Ela estava começando a limpar, não consigo ver rostos com clareza, mas conseguia ver a cor e o tamanho do cabelo por exemplo. O que ajudava muito. Já o outro olho ainda estava enfaixado e Angela viria aqui me ajudar a trocar o curativo.

– Consegue ver? – Rose entrou e me estendeu uma lata. Assenti e peguei, mostrando que estava tudo bem. – Quando acabar de comer a Angela virá.

– O que fizeram com o corpo de Marcus?

– Enterraram no quintal. – Suspirei começando a comer.

Depois que terminei de comer, Angela apareceu para trocar o curativo.

– Acho que amanhã conseguirá enxergar melhor.

– Espero que sim, mas nesse meio tempo minha visão melhorou muito. – Comentei animado.

– Vai dormir... – Angela saiu me deixando sozinho, já que Rose tinha ido jogar as coisas no lixo.

Acomodei-me melhor na cama e fiquei tentando ver os detalhes do quarto. Consegui enxergar muita coisa, estava bem mais nítido, um pouco mais os borrões sairiam.

Acordei com barulhos de tiros e gritaria. Olhei ao redor, agora conseguia ver perfeitamente todos os detalhes. A porta foi aberta com violência. – Estamos sendo atacados, se prepare que iremos agora para a industria. – Rose se aproximou com bolsas nas mãos.