Aranhas

Annabeth?


Acordo abraçado com Annabeth.

Depois de ela desmaiar no chalé 6, acalmá-la foi difícil. Ela jurou pelo Rio Estige que tinha visto aranhas no Chalé 6, procuramos em todos os lugares, mas não achamos nada. Quando cheguei no quarto, Annie estava a beira de um desmaio. Algo muito ruim tinha acontecido lá dentro, algo capaz de deixar todos os filhos de Athena em pânico.

Limpo a baba que escorre pelo meu queixo. “Você baba enquanto dorme” ela disse uma vez, e eu sorri com a lembrança. Eram tempo bons, apesar de tudo. Tempos mais tranquilos... Ok, tirando a parte da minha mãe. E a do minotauro. E a... está bom. Esquece a parte sobre "tempos mais tranquilos".

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

-Percy?- Annabeth me chama com a voz fraca.

Tiro o meu braço debaixo dela.

-Você está bem?- Pergunto.

Vejo seu olhar de hesitação. Ela ia mentir.

-Estamos sozinhos, Annabeth, você pode falar a verdade. - afirmo.

-Não- fala- Foi a pior coisa que me aconteceu.

-Não quero ser chato, nem sei se você lembra, mas nós caímos no Tártaro então...

—Bom,- diz com o tom desafiador- pelo menos lá eu não estava sozinha.

E isso me fez sentir culpa. Se eu pudesse eu voltava no tempo e chegaria lá antes. Se eu pudesse, mas eu não posso.

-Desculpe- digo.

-Não! Percy, eu não quis culpar você.

-Não achamos nada. - mudo de assunto - Aranhas, pessoas ou qualquer outra coisa parecida. O chalé está impecável. Nada que indique que alguma coisa anormal aconteceu lá.

-Mas... Eu vi! Tenho certeza que tinham aranhas lá. Eu acabei com elas antes de você chegar, eu juro!

- Annie, eu acredito em você. Sem contar que todos os filhos de Atena falaram a mesma coisa.

Isso pareceu deixa-la mais calma.

- Ela te entregou?- perguntou.

Afirmo com a cabeça e puxo o boné que a menininha tinha me entregue do meu bolso. Embora não funcione mais, acionava boas lembranças.

-Annabeth?

-Sim?

-Nunca mais pense que não irei te salvar. Pode parecer que não, mas eu não vou deixar você morrer sozinha. Toma. - entrego-o para ela.

Ela sorri e se inclina, nossas bocas se tocando levemente.

-Amo você, Cabeça de Alga

-Também amo você, Sabidinha.

E no 1º andar da 3º beliche do chalé 3, o beijo acontece. Ela cheirava a pó, poeira e morango. Mas alguma coisa não encaixava, alguma coisa ali não era a Annabeth.

-Será que isso tudo foi coisa do meu cérebro? - Ela diz.

Paro, confuso.

-O quê?

- Será que isso tudo foi coisa do meu cérebro? Tem... algumas partes que eu não me lembro direito. Parece que foi tudo rápido demais. E se... alguém tiver mexido no meu cérebro?

-Não acho isso.

-Como assim?

- Não acho que alguém mexeu no seu cérebro ou algo do tipo.

- Do que você está falando?

- Como assim? Você acabou de dizer que...

-Quem é você? O que eu estou fazendo aqui?

De novo não.

-Droga, Annabeth, isso é sério?

-Quem é Annabeth?

- Vem!- salto da cama e puxo-a pela mão.

- Espera! Eu não te conheço!

Quase arrebento a porta, quando dou de cara com um Grover apressado.

-Grover?- Exclamo.

-Percy! Você está aqui!

- O que houve?

-São os filhos de Atena! Todos eles...

- ...Perderam a memória. É,- digo com a boca seca- a Annabeth também.