Story of Evil

The Wooden Girl


Essa é uma lenda esquecida pelo tempo e pelo povo.

“Sinto muito por estar viva.” Lembram-se dessa frase tão incomum? Ela era bastante usada pela Filha de Branco, antes e depois de tudo acontecer. Entretanto, ao contrário do que a mesma pensava, havia alguém que dava atenção às suas lamúrias.

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Um espírito da floresta, que a observava atentamente, sempre que vinha à grande árvore. Ouvia seu desejo de ter um amigo com quem pudesse contar, e tudo o que queria era poder realizá-lo. Todavia, não poderia fazê-lo, não com aquele corpo.

Para sua alegria e eterna gratidão, um dia, uma feiticeira veio à floresta. Graças a ela, A Garota de Madeira renasceu como uma humana. E mesmo que não soubesse ainda, isso desencadearia uma das maiores tragédias que já existiram.

Mas continuemos. Apesar de suas boas intenções, por ter passado a eternidade na floresta, não conhecia muito sobre os humanos. Por isso, não entendia o motivo da tristeza que assolava o coração da Filha de Branco. Mesmo percebendo que seus cabelos eram diferentes dos demais, para ela, aquilo não era motivo de rejeição – um pensamento totalmente correto, aliais.

E assim mesmo, com toda essa inocência, jurou que confortaria seu coração ferido. Durante o encontro daquelas pessoas tão diferentes em raças, costumes e valores, uma amizade foi firmada, bem como uma promessa. Porque suas diferenças eram o que as atraíam.

Ah, que o eco desse juramento milenar alcance os confins de terra... mesmo que esteja ligado à destruição total. Permita-me ler um trecho muito usado sobre esta lenda, e mesmo assim, um dos mais belos:

“Eu sempre irei te proteger, então fique ao meu lado!”

Os saberes e sensações que o bondoso espírito adquiriu e experimentou naquela vida, confundiam-a como nunca. Agir como uma humana, entender o que é felicidade... Mas mesmo que fosse difícil, tudo ficaria bem se estivesse com sua nova amiga. Se pudesse ver o sorriso daquela pobre menina, nada mais importaria.

Ah, que o eco desse juramento milenar perfure os céus.... mesmo que esteja ligado à destruição total.

Mas um dia, o cruel destino começara a se mover diante de seus olhos. Quando começaram a trabalhar como empregadas numa cidade, houve um banquete na casa de seus patrões. Nele, a Garota de Madeira encontrou-se com o Lorde de Azul, o príncipe do outro lado do mar.

Ele, que a amou, acabou rejeitando a proposta de casamento da princesa do reino ao lado. E então as chamas envolveram o país, consumindo tudo em seu caminho.

Pela primeira vez, seus destinos haviam se separado. Oh, que terrível ironia. Somente naquele momento o bondoso espírito entendeu como sentia-se em relação à Filha de Branco.

Ah, que o eco desse juramento milenar a alcance... Mesmo que não pudessem mais encontrar, ele ainda desejava ver seu sorriso.

Naquele momento, com uma lâmina enterrada em seu peito, o assassino de cabelos dourados afastava-se da Garota de Madeira, a verdade perdia-se na escuridão. E mesmo assim, em seu último suspiro, a única coisa em que conseguia pensar, era em sua promessa.

“Mesmo que todos nesse mundo te desprezarem e rirem de você, eu ainda irei te proteger, então continue sorrindo sempre. Se eu pudesse renascer, gostaria de viver com você na floresta, mais uma vez. E também... queria poder te dizer uma coisa. Agora eu entendo o que realmente sinto: Eu te amo.”

Acho que agora, podem compreender melhor o porquê de ter dito que a Filha de Branco e a Filha do Mal eram iguais... Ambas perderam pessoas que as amavam, e queriam protegê-las acima de tudo, somente para que pudessem sorrir.

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Todavia, esta peça ainda não chegou ao seu último ato... Oh não, meus queridos, longe disso. Ainda devo contar-lhes mais uma lenda. Se querem uma pista, digo-lhes apenas isto: Observe atentamente uma situação... Muitas vezes, o verdadeiro demônio não é quem pensamos ser.