Capítulo Único

Aquilo supostamente não era para ter acontecido.

Encontrava-se sentado no chão após ter esbarrado de encontro àquela figura atrapalhada e igualmente ruiva. Onde ele estava com os olhos socados para ter vindo em sua direção e ao menos nem desviado de si? Não chegava a ser tão baixo para isso.

Todavia, não estava em posição de protestar, nem ao menos iria conseguir. Sentia-se grudando ao extremo.

O dia estava chuvoso, e apesar disso, estava em um clima agradável para roupas leves. Mas o clima para ali dentro não acompanhava o outro.

Akashi estava no chão, tentando desgrudar a camisa preta da tez, porém, esta estava dificilmente querendo colaborar. Por motivos de: Kagami, levando uma pequena tigela transparente com leite condensado, simplesmente entrou no caminho do menor e deixou esta virar no mesmo.

Agora estava ali, grudento com aquele doce na peça escura e tez exposta do peito, braços e coxas, já que usava um short fino e curto.

— Ei, Aomine. Traz logo! — Taiga verbalizou com visível malícia à voz, pouco se importando com o olhar que estava recebendo daquele ser de baixo. Nem em mil reencarnações ele seria capaz de lhe acuar, ainda mais em tais condições tão...

Apreciativas.

— Dá pra parar de ser chato?! Se você ‘tá com pressa, vai lá pegar...! — Daiki aparecera à sala, encontrando a cena de ambos. Tinha uma bandeja média em mãos com morangos cortados.

Eram supostamente para sem degustados com o leite condensado que o outro levava, mas pelo visto, um desastre traria uma degustação em algo com certeza bem melhor.

— Dá para os dois pararem de me encarar desse jeito e trazerem algo para me limpar? — Seijuurou ditou de forma incomodada, torcendo os lábios pelos olhares que recebia.

— Mas já trouxemos, Akashi. — Kagami ajoelhou-se sobre somente uma perna, pegando um dos braços alvos do menor, trazendo o pulso dele até seus lábios, expondo a língua a passar pela pele e o doce sobre a mesma, misturando a saliva à temperatura quente dele, notando seu arrepio.

Aomine segurou pelo maxilar do menor de maneira firme, abrindo sua boca a força, juntando os lábios a notar o olhar do outro ruivo para a cena. Trocava um dos pedaços do morango dentro de suas bocas, deixando o ósculo mais doce, mantendo-o nele até Seijuurou engolir o pedaço a terminar por afagar sua língua fora de sua cavidade.

Os olhos semicerrados; o rubor crescente; o ofegar fraco e lento contra os lábios escuros do maior. Kagami passara os dos dedos a lambuzar com os locais sujos ao pescoço do mais novo, marcando a tez clara ao manchá-la com a cor de seus olhos. Os dentes cravavam a pele macia e sensível, sendo um soar de puro deleite o que esteve a sair dos lábios de Akashi para ambos ali.

— Mais alguma ordem? — Aomine proferiu roucamente a passar os dedos por seus fios curtos da nuca, puxando com firmeza para que os lábios de Taiga desprendessem da pele do menor.

Os lábios de Akashi assumiram o prazer ao sentir o toque direto de Kagami em sua coxa com possessão.

— Limpem tudo.