Survival Instinct

Capítulo 4


Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.

Platão

Ally estava com as crianças enquanto os outros conversam. Ela tentava distrai Sofia já que o pai dela tinha morrido. Ela sabia que Ed era uma pessoa violenta, que Carol e Sofia sofriam com ele, mesmo assim tentava fazer com que ela não pensasse muito nisso. Na verdade, ela estava distraindo a todas as crianças. Ela tinha levado eles para perto das barracas e estavam todos sentados no chão enquanto ela lia um dos seus livros preferidos. As crianças estavam distraídas e olhavam em volta, como se esperassem que a qualquer momento um zumbi saíssem de trás de algum arbusto e atacasse eles. Laica e Poseidon estavam deitados cada um de um lado dela, com as cabeças no colo dela.

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– Ally? – Carl a chamou.

– Sim? – ela disse olhando para ele.

– Agora acabou tudo? Não temos mais um lugar com segurança?

– Eu não sei, querido. – ela disse fechando o livro. – Ás vezes, as coisas parecem perdida, mas a esperança nasce dos lugares mais estranhos. Podemos encontra um lugar onde tenha mais sobreviventes, podemos encontra um lugar seguro onde podemos ficar. O futuro é um mistério para todos. E isso é o que nós faz segui em frente.

– Como assim? – Sofia perguntou.

– Se eu soubesse que isso iria acontecer, nunca teria vindo para cá. E nunca teria conhecido pessoas maravilhosas igual as que conheci aqui. Vocês, seus pais, Daryl. Sei que pode ser assustador, sei que vocês estão com medo. Eu também estou, mas a vida segue. Afinal, depois da chuva, sai o sol. E se você tiver sorte, pode ver um arco-íris.

Eles ficaram em silêncio. Todos olhavam para baixo. Ally olhou para cada uma daquelas crianças e suspirou.

– Certo, vamos fazer uma brincadeira. – ela disse colocando o livro ao seu lado. – Eu vou criar uma história mas com as palavras que vocês me falarem, certo? Qualquer palavra.

– Qualquer uma? Mesmo não sendo parecido com a outra?

– Mesmo não sendo parecida. Apenas não pode ser palavrão. – ela disse sorrindo. – Vamos fazer assim. Primeiro Sofia me fala uma, depois que eu começa a história é a vez da Eliza, depois Louis, Mike e por fim Carl. Tudo bem?

– Tudo. – eles responderam juntos e animados.

– Certo. Sofia, qual é a palavra?

– Hum... Alasca, pode?

– Claro. – Ally sorriu para ela. – Vamos lá. Mais um dia amanheceu no Alasca. A neve caia lentamente, mas isso não era problema para o jovem pinguim chamado Carlos. Carlos, era um pinguim jovem, aventureiro e que sempre se metia em confusão. Mesmo não querendo. Um dia ele foi pescar... Eliza, pode dizer sua palavra?

– Biscoito. – ela disse depois de pensar um pouco.

– Um dia ele foi pescar e encontrou um biscoito. Ele não sabia o que era aquilo, mas sabia que era dos seres estranhos que tinham passado por ali a alguns dias. Ele ficou curioso com aquela coisa estranha e acabou pegando com o pico e dando uma mordida. Ele achou o gosto estranho, mas gostoso. E comeu tudo.

– Tanque. – Louis disse.

– Ele seguiu seu caminho assim que terminou seu biscoito. Carlos andava distraído e não viu que estava correndo perigo. Carlos pisou em falso e caiu em um tanque de água que os seres estranhos tinha levado para lá para liberta alguns peixes. Carlos no começou ficou com medo, mas aos poucos foi se acalmando, até que relaxou. Em pouco tempo, um aqueles ser encontrou ele, depois de colocar uma coisa estranha na pata dele e fazer uma coisa que ele chamou de examinar o soltou.

– Medo. – Mike disse timidamente.

– Carlos viu que não tinha motivo para ter medo. Aquele ser não tinha machucado ele, apesar de quando colocou aquela coisa em suas costas dou um pouquinho. Ele ficou um tempo olhando para aqueles seres, até que decidiu seguir em frente.

– Ornitorrinco. – Carl disse sorrindo para ela.

– Caraca, e agora? Certo. – Ally disse mordendo os lábios. – Carlos seguiu seu caminho e pescou como tinha planejado. Quando estava satisfeito voltou para junto de seus amigos. Ele brincou um pouco com eles, olhou as fêmeas e por fim voltou para seu ninho. Onde ele escreveu uma carta para seu velho amigo. John, o ornitorrinco. Depois foi dormi e sonhou com aquele estranho ser que o tinha pego. Fim.

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– John, o ornitorrinco? – Carl perguntou rindo junto com os outros.

– Ei, foi a primeira coisa que me veio à cabeça. – Ally se defendeu. – Mas contei a história até o fim.

– Verdade. – Sofia concordou. – Eu gostei.

– Obrigada.

– Ei, A. – Daryl chamou quando se aproximou deles. – Vamos enterrar o pessoal agora.

– Certo. Vamos, pessoal. – ela disse se levantando.

Eles foram para o morro onde as pessoas seriam enterradas. Ally ficou mais afastada com os cachorros e Daryl. Eles ficaram ali vendo as pessoas chorarem por seus amigos e conhecidos. Ally estava encostada em uma árvore e apenas olhava para eles. Sem que percebesse, seus olhos foram atraídos para Rick que estava a alguns metros dela, parado ao lado da ex-mulher e do filho. Shane estava mais atrás com cara de poucos amigos. Ally analisou o xerife, ele estava sério e com uma expressão de pesar. Como se se culpasse pelo que aconteceu. Quando os enterros acabaram todos voltaram para o acampamento. Eles tinham decidido que ficariam ali por mais uns dias, até se organizarem direito para irem até outro lugar. Ally foi até sua barraca e tirou aquela roupa. Ela estava suada e tinha um pouco de sangue. Ela procurou por alguma coisa na mala e achou apenas um vestido. Ainda não tinha pegado sua roupa limpa com Carol. Ela colocou e saiu. O vestido ia até pouco a cima do joelho. Ela tinha ficado surpresa por ser a única mulher que ainda usava vestido. Apesar de ser mais perigoso, por ter mais carne exposta, era mais confortável para correr.

– Carol. – ela chamou indo até a barraca dela. – Minhas roupas estão com você?

– Sim. – ela disse saindo da barraca com algumas malas. – Aqui estão. Algumas terão que lavar novamente.

– Tudo bem. – ela disse pegando as roupas. – Estão indo embora?

– Não. Sofia não queria mais ficar aqui e a barraca está rasgada. Rick cedeu a dele para a gente. – Carol disse suspirando. – Ele disse que podemos ficar com a dele que ele dormia em um dos carros.

– Hum... Obrigada por pegar as roupas para mim. – ela disse sorrindo para a mulher na sua frente. – Até mais tarde.

– Até. – Carol disse pegando suas malas e indo para onde ficava a barraca que tinham dado para Rick.

Na verdade, era a barraca de Merle. Quando viu que o irmão não ia volta para o acampamento, disse que Rick podia ficar com ela. Ally foi até sua barraca e colocou suas coisas lá dentro, depois foi atrás de Daryl. Ela o encontrou onde menos esperava. Daryl Dixon, o caipira e caçador grosseirão e mal educado, estava ajudando Carol a levar as coisas dela para a nova barraca. Ally ficou um tempo olhando para ele sem acreditar no que via, até que começou a rir. Carol disse alguma coisa que fez com que ele bufasse e andasse na frente dela, que tinha ficado para trás confusa.

– Ele tenta ser mal, mas não é. – Sofia disse parando ao lado dela.

– Ele não tenta ser mal. Ele é frio, Sofia. É o jeito que ele encontrou para se defender.

– Se defender do que?

– Do mundo. – Ally disse passando a mão no rosto da criança. – Ele é turrão, mas tem um coração de ouro. E uma péssima mania de não fechar a porta do banheiro.

– O que?

– Nada, querida. Nada. – ela disse rindo. – Se alguém pergunta você pode falar que fui ao lago? Vou lavar algumas roupas.

– Claro.

Ally deu um último sorriso para Sofia e foi até sua barraca. Depois de pegar as roupas saiu. Dessa vez Laica ficou no acampamento, mas Poseidon foi com ela. Ela não demorou muito para lavar tudo, apenas alguns minutos, já que não tinham sujado com sangue, era só com barro. Ela terminou e voltou para o acampamento. Ela estava distraída, mas Poseidon, não. Assim que um volto passou por perto ela, o cão rosnou.

– Quem está ai? – Ally perguntou pegando a espada.

– Sou eu, Rick. – o xerife disse aparecendo de mãos levantadas. – Vim pegar água.

– Precisa de ajuda? – ela perguntou guardando a espada.

– Não vai te atrapalhar?

– Não. Eu sei como é puxado pegar a água. – ela disse pegando algumas dos galões da mão dele.- Shane me manda vim direto, já que sou a única mulher que anda por aqui sozinha.

– Por quê? – Rick perguntou quando eles começaram a andar.

– As outras tem medo de se perderem, serem atacadas, encontrarem uma cobra, sei lá. – ela respondeu olhando para ele.

– E você não?

– Eu sei me defender. – ela respondeu arrogante. – Apesar de morrer de medo de uma aranha pular em cima de mim. Já vivi muito tempo com medo das coisas, para me permiti deixar ele me dominar agora. E Daryl me disse que se eu fizesse tudo o que as outras mulheres fazia ia ficar fraca e se caso o grupo se separasse não teria chance.

– Como assim?

– Elas são muito dependente dos homens. Se sofremos um ataque pior do que o de ontem e nos separamos, seriamos alvos fáceis, presas fáceis. Como eu te disse, ele e eu somos como irmãos. Não de sangue, mas de coração. E ele me protege, sempre.

Eles tinham acabado de chegar no lago. Nessa hora, Poseidon passou correndo por eles e pulou na água. Ally, apenas balançou a cabeça e foi pegar a água.

– Ele gosta de tomar banho. – Rick disse se agachando ao lado dela.

– Por isso que coloquei nome dele de Poseidon, o deus do mar. – ela disse olhando para o cachorro. – Quando ele era pequeno, chorava tanto quando tinha sair da água quando eu dava banho, que o vizinho chamou a policial pensando que estava matando o cachorro. Tive que colocar e tirar ele da água para prova que era apenas a hora do banho. Já Laica, corria de mim quando via que ia tomar banho.

Eles ficaram em silêncio por um tempo, apenas trabalhando. Eles terminaram de pegar a água e se levantaram. Eles caminharam lentamente, lado a lado. Não falavam nada, apenas apreciavam a companhia um do outro.