Cotidianos

Das correntes que (não) posso ver


O que lhe acorrenta?

È provável que inúmeras coisas passem por sua cabeça e que você reconheça cada uma delas com intimidade. Aquelas que lhe sufocam, aquelas que lhe acompanham como um hábito antigo do qual você não se lembra o dia em que começou, mas apenas o estalo em seu cérebro avisando que elas estavam ali.

Você quer se livrar, quer fugir dos malditos elos que o aprisionam. E se revolta, lamuria e cria um conflito dentro de si mesmo por causa daquela situação. Afirma convictamente que não suporta mais, reclama, reclama, reclama... Hoje, amanhã, depois. E sossega alguns dias enquanto o motivo de seu desconforto não lhe alfineta a mente, no entanto quando este retorna ao palco de seus pensamentos, o ciclo se reinicia.

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Esta é a corrente que você não vê, entretanto lhe acorrenta.

Porque perde o tempo e a energia num incessante se queixar que jamais gera atitude, porque não se dá conta de que sem esta nada mudará, porque permite que o grilhão aperte e lhe estrangule a paz do espírito, roube o equilíbrio, inunde seu cerne de emoções negativas, porque se desgasta em reclamações que poderiam ser deixadas para trás caso tivesse o ímpeto de convertê-las em atos.

No fundo você sabe que não é fácil... e por isso nem tenta. Porque parece muito mais prático se render as queixas como se proferi-las fosse uma brilhante solução para os seus problemas.

Na outra ponta da corda, ou na outra metade do todo que lhe atrasa a vida, estão as situações que antes de nascerem já carregam o título de aprisionadoras.

Às vezes elas não são nem de longe o que parecem e algumas são o oposto. Situações que você sabe a necessidade de passar por elas e o quanto enfrentar aquele “inferno” lhe trará algo benéfico para o futuro, todavia a crucificação daquela estrada é tamanha que você nem mesmo dá o primeiro passo num temor absurdo e superestimado.

Estas são as correntes que não lhe acorrentam, mas você as vê.

Enxerga o que não existe, uma projeção de um medo infundado baseado em estúpidos argumentos falsos porque você sabe que no fundo, o problema está no seu temor, falta de vontade, ou que raio seja de lutar, para evitar fazer o esforço necessário ao cumprimento do objetivo.

Porque, bem, porque há uma infinidade de respostas para isso inclusive aquela que sendo colocada em prática torna todas as outras dispensáveis e a que você mais foge sabe-se lá o porquê.

Atitude.