Um dia, me perguntaram como é amar.
E eu disse que é como olhar para a Lua,
apaixonar-se pelo brilho, por cada cratera,
inquietar-se um pouco todas as noites sem nuvens.

Mas, ai, ela só tem olhos pro Sol.
O Sol que acorda quando ela vai dormir.
O Sol que só se importa com ela no eclipse.
E eu fico ali, com as pupilas bebendo do luar.

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Aquilo que não é nem homem, nem animal;
aquilo que sol nenhum quer iluminar.
Sento-me à beira de um mar sem sereias,
desprovido de qualquer canto e encanto.

A única serenata vem do meu coração à Lua:
Esperando que a maré suba até o Firmamento,
me afogando e levando os meus últimos uivos
à dama da noite, minha primeira paixão.

Hoje, só me resta juntar-me às corujas
às mariposas e os lunáticos;
deixar que a luz de um coração partido
ilumine os sete palmos à minha frente.

(Ou os sete palmos sob minhas patas.)