I will never forget you.

Night troubled!


– Simba! Volta aqui!

Olha, essa sou eu correndo que nem uma retardada atrás do cachorro, que leva consigo minha carteira novinha.

– E aí, garoto! O que é isso? - Questiona Lucca pegando minha carteira da boca de Simba.

– Garoto mau, muito mau. – Brigo com gestos para Simba e Lucca cai na gargalhada.

– O que foi? Tá rindo do que? - Indago irritada e ele me olha apreensivo.

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– Nada não, já está pronta? - Pergunta me olhando dos pés à cabeça.

– Estou, e não dê risada de mim novamente, estou disciplinando o cachorro. - Me defendo e ele bate em continência. - Engraçadinho. - Comento apertando o nariz dele, que por sua vez né rouba um beijo.

– Vamos? – Pergunta já se direcionando até a porta.

– Vamos .

– Está pensando em fazer alguma coisa para o aniversário do Lucca? - Pergunta parando no farol.

– Só um bolinho em casa mesmo, ele não curte muito festas. - Explico e ele concorda.

– Que tal uma viagem? Podíamos ir para a Disney. - Sugere e eu solto uma risada.

– Desse jeito estaremos criando um mostro, você tem que parar de mimar ele. - Peço e ele me olha inocente. - Nem me venha com essa cara.

Passamos o percurso inteiro conversando sobre o aniversário de nosso filho, e em poucos minutos chegamos na casa de Clara, ela nos convidou para uma noite de "adultos" segundo ela.

Adentramos na casa e o conceito “noite para adultos” some, isso está mais para as festas de ensino médio, - sim eu costumava ir em festas, mas agora não vejo a menor graça- baldes de cerveja estão espalhados pela sala e um amontoado de pessoas dançando no meio da sala, já sei que não vou ficar muito tempo aqui.

Dou de cara com alguns conhecidos, cumprimento todos e apresento Lucca a alguns. Ele rapidamente se encaixa em um “grupinho” e me deixa livre para conversar com as meninas

– Então vocês estão firme mesmo, né? - Pergunta Manu.

– É, está dando tudo certo. - Concordo sorrindo

– Já está toda apaixonadinha. - Provoca e eu reviro os olhos.

– Bom, minha despedida de solteira vai ser mês que vem, vai ser naquela balada que inaugurou semana passada. - Informa Luísa e eu torço a cara, odeio baladas com todas as minhas forças.

– Balada? - Pergunto desanimada e todas me encaram com aquele olhar de: Sim, e você vai!

– Sim, balada! E a senhorita vai! - Ordena Clara e eu assinto já pensando em alguma desculpa para não ir.

– Posso pelo menos levar o Lucca?

– Contanto que você vá, pode levar até o papa. - Comenta Luísa.

– Aquele ali não é o Rafa? - Fala Clara apontando para o quintal da casa.

Olho para o lado de fora e tento o achar em meio a tantas pessoas, quando o acho, confirmo com a cabeça, e presto atenção no jeito que está agindo. Está esquisito, tá andando todo besta. Ele não é de ficar bêbado.

Vejo ele cumprimentando Lucca e dando um sorriso bem falso, e é aí que ele decide gritar, grita tão alto que se torna possível a vizinhança inteira escutar.

– Você...é um babaca. - Gagueja um pouco e aponta para Lucca - Vo..cê não merece ela! É um idi...o...o...ta! Você não v...ai machu...car ela de novo! Não vai mais che...gar perto do Lucca! Ela nunca vai te am...ar, e nunca vai s..er um b...om pai! - Exclama todo enrolado chamando a atenção de todos.

O que ele pensa que está fazendo?

– Cara, você está bêbado, melhor ir embora. - Sugere Lucca calmo tentado se aproximar, e nisso Rafa lhe acerta um soco no meio da cara.

Lucca levanta de supetão, já visualizo sangue escorrendo pela boca. Ele vai para cima de Rafa, o fazendo cair no mesmo instante, quando Lucca está prestes a lhe proferir um soco, entro no meio dos dois.

– PARA! – Grito e ambos me olham assustados.

– Você tá legal? - Indago me virando para Lucca, ele assente e tira resquícios de sangue próximo à boca.

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A raiva em seu rosto está visível, sua respiração está desregular e vejo que ele pode voar na direção de Rafa a qualquer momento. Seguro seus musculosos braços e os massageio calmamente, fazendo com que ele me olhe com ternura e a raiva vai esvaindo pouco a pouco de seus olhos.

– Vamos embora. – Pede entredentes

– Ficou com medo? - Provoca Rafa.

Não sei o que me dá, mas eu dou um belo de um soco no meio da sua cara, que imediatamente fica vermelha.

– Você nunca mais se atreva a fazer isso! - Falo entredentes e ele me olha indignado.

Puxo Lucca para fora em meio a todas as pessoas que me olham de queixo caído, e me recuso a escutar o que Rafael ainda fala. Nem eu estou acreditando no que acabei de fazer.

– Cadê a chave? - Questiono irritada e ele me entrega sem pestanejar.

Quando estou abrindo a porta do motorista, vejo um cara do outro lado da rua, ele não me é estranho, forço a vista ao meio do breu noturno e vacilo ao reconhecer aquele rosto. Eu só posso estar ficando louca! Não, não é ele! - Grito para mim mesma e entro no carro tremendo.

– Você está legal? - Pergunta Lucca preocupado.

– Estou sim, melhor irmos. - Falo tentado colocar a chave na ignição.

– Você está tremendo. - Comenta Lucca e segura minha mão com firmeza.

– Já estou melhor, vamos para a casa, preciso fazer um curativo na sua boca.-Falo sorrindo e finalmente consigo dar partida no carro.

– Você está melhor?

– Sim, obrigado por me acalmar, teria feito alguma besteira. – Afirma.

– Sem problemas, estamos juntos, certo? – Pergunto e ele me olha sorridente.

–-***--

– Um beijo seria bem mais eficaz. - Resmunga Lucca enquanto passo remédio na sua boca.

– Para de graça e me deixa terminar isso! - Ordeno e ele se encolhe todo no sofá.

– Prontinho, agora sim pode receber um beijo. - Sussurro em seu ouvido e ele me puxa para si, atacando meus lábios.

Após tempos nos agarrando, decido parar e conversar sobre o ocorrido na festa.

– Você realmente está legal? - Indago e ele torce a cara.

– Temos mesmo que falar disso?

– Não, mas queria saber o que você está sentindo.

– Ah, não costumo levar a sério papo de bêbado, mas ele é seu amigo, e não quero que briguemos por isso.

– Não vamos brigar, só conversar, eu seu que ele estava errado. - Insisto

– Eu sei, sem ressentimentos, está tudo certo agora. - Afirma

– Tudo bem então. - Digo vencida e começo a me levantar.

– Você ficou nervosa só por causa daquilo? Estava tremendo quando entrou no carro, o que aconteceu? - Insiste me puxando de volta e eu engulo a seco.

– É que eu nunca tinha batido em alguém naquele jeito, só isso. - Minto descaradamente e ele percebe.

– Olha, aquilo realmente me surpreendeu - Fala rindo - Mas não foi só isso.

– O que mais poderia ter sido? – Questiono cínica.

– Sophia... – Insiste me olhando repreensivo

– É que eu achei ter visto uma pessoa conhecida na rua. - Explico ocultando a pessoa e esperando que ele aceite.

– Uma pessoa? - Insiste me olhando desconfiado.

– É, uma pessoa.

– Sem essa.

– Eu achei ter visto o Miguel, pai biológico do Lucca. - Cedo e caio vencida no sofá.

Sua expressão é indescritível, ele me encara de maneira assustadora, como se ainda estivesse processado o que acabei de dizer.

– Você está legal? - Pergunto receosa

– Ele não seria capaz de voltar após todo esse tempo, seria? - Questiona sério.

– Não, ele nunca quis saber de nada, nem se lembra de que tem um filho! - Afirmo ficando um pouco irritada.

– E se ele se lembrar? Eu não vou deixar ele chegar perto do Lucca! - Esbraveja

– Nem eu, mas pode nem ter sido ele, não vamos enlouquecer por hipóteses. - Peço terna e ele volta a respirar regularmente.

– Você está certa, desculpe pelo exagero. - Pede acariciando meu cabelo e sorrio compreensiva.

– Melhor irmos dormir, foi uma noite e tanto! - Exclamo o puxando pelas escadas.

–**-

Acordo em meio a noite fria e silenciosa, estranho o fato de não ter ninguém ao meu lado, agora vejo que me acostumei demais com a presença regular de Lucca em casa.

Visto a primeira peça de roupa que vejo pela frente - não iremos falar sobre isso- e saio a procura de Lucca.

Logo que saio do quarto, vejo uma luz vindo do quarto do meu pequeno, me aproximo à passos silenciosos e pelo vão da porta vejo Lucca deitado ao lado de nosso filho adormecido, ele está acariciando sua cabeça e...chorando?

– Eu te amo, pequeno. Nada nem ninguém vai te tirar de mim, você é meu, meu filho.

Com essas palavras cedo e lágrimas caem silenciosamente de meus olhos, como isso tudo foi acontecer? Alguém volta, lhe rouba o coração novamente e de brinde vira pai do seu filho, e a base de tudo isso é o amor, sim, por mais difícil que seja para mim admitir isso, eu o amo, nunca deixei de ama - lo. Mas não sei se seria capaz de falar isso abertamente, só espero que isso não acabe por estragar um dos melhores momentos que ando tendo, de total felicidade.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.