Hipoteticamente

Situação Hipotética N° 1


Ranma idiota.

Por que diabos ele tem de querer ir para a China justo agora? Qual seria o problema de ficar no Japão? Eu sei que ele anda economizando pra essa viagem e fazendo bicos por aí há séculos, mas... Sei lá. Não precisa ir agora.

E qual é a pressa? A maldição pode esperar um pouco, certo? Quer dizer, ele não vai morrer ou nada do tipo. A não ser que na forma de garota ele seja beijado por um cara. Aí é bem capaz de ele morrer. De desgosto.

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Mas não é como se a maldição dificultasse a vida dele. Aliás, Ranma faz papel de garota com boa vontade até demais quando é pra conseguir coisas de graça na feira. Como sorvetes.

Então, tecnicamente, essa viagem não é urgente. Até porque...

Peraí.

Por que eu estou sendo tão contrária à ideia de Ranma ir pra China? Não vai alterar em quase nada.

Só que aí eu vou ir pro colégio sozinha. E eu posso lidar com isso.

Mas eu gosto de ir com ele. Mas não vem ao caso.

Ok, meu argumento para que ele não vá vai ser... bem... hum... que eu não quero que ele vá. É. Hum, não é um argumento muito válido, mas vai ser isso mesmo. E se ele não aceitar, qual é a pior coisa que pode acontecer se ele for mesmo pra China?

Acho que eu posso ver isso, hipoteticamente.

Situação Hipotética Nº 1

E Se Ranma For Pra China E Voltar

O silêncio reinava na casa dos tendo. Soun e Genma jogavam uma partida de go, Kasumi estava na cozinha fazendo o jantar, Nabiki lia uma revista e Akane estava no dojo, treinando.

No momento em que Soun e Genmaiam começar um novo jogo, a porta da frente se abriu, e Ranma entrou, com a mochila nas costas.

- Tadaima.

- Todos o olharam durante um momento e voltaram ao que estavam fazendo. Kasumi saiu da cozinha e sorriu para o garoto.

- Ah, você voltou, Ranma-kun! Vou por um prato a mais na mesa.

E então pareceram se dar conta da presença dele.

- Filho!

- Ranma!

- Akane! – Nabiki chamou, sorrindo. – Vem cá!

A garota logo apareceu na porta, meio suada e com uma toalha sobre os ombros.

- Que foi? – Olhou para Ranma, ainda na soleira da porta. – Ah.

- Ranma voltou. – a irmã do meio apontou para o garoto.

- Oi.

- Oi. – Ela sorriu pra ele.

- Então, Ranma. – Soun colocou a mão sobre o ombro de Ranma. – Você foi até Jusenkyo?

- Ah, fui. – ele parecia bem animado. – Aliás, olha só.

Saiu de dentro da casa e pulou no laguinho do quintal. E saiu. Mas quem apareceu não foi a ruiva baixinha de sempre, mas sim o Ranma.

O Ranma garoto.

- Saotome-kun! – O pai de Akane se virou para Genma.

- Tendo-kun! – O pai de Ranma se virou para Soun.

- Finalmente! – com as usuais lágrimas nos olhos, os dois se abraçaram, sob os olhares de Nabiki, Akane e Ranma.

- Er, otou-san... por que vocês... – Akane começou.

- Akane.

- Sim?

- Você e Ranma vão se casar amanhã.

- ...

Não. Não. Não. Não, não e não. Definitivamente não.