Verdades e Mistérios

Primeiro dia de investigação


O dia seguinte começou cheio de agitação. Todos estavam dispostos a começar a missão junto com todos os outros... menos Po, que ainda estava exausto. Precisou que Macaco fosse até o seu quarto com um balde de água fria. O próprio se levantou gritando e correndo para fora assustado, arrancando risadas do amigo brincalhão. Mey Shon, que se aproximava, não resistiu, mas conteve sua risada.

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— Isso não tem graça. - reclamou o panda.

— Lamento informar, mas sim. Teve graça. - respondeu Mey.

— Haha! - Macaco aponta para Po e ri.

— Vocês querem parar?! - reclamou Shifu se aproximando – Logo será hora de partirem pelo vilarejo e procurarem pistas.

— Sim, mestre. - falou Macaco, se retirando.

— E vá se secar, panda!

— Sim, mestre Shifu.

Enquanto os outros se preparavam, Tigresa comia seu café da manhã em silêncio. A memória da noite anterior, de Po e Sari, não era nada agradável. Tigresa sabia que isso não era nada bom. Com seu prato já sem um tofu se quer, ela se levanta para sair, mas...

— Bom dia! - falou uma voz que Tigresa odiou quase na primeira vez que ouviu.

— Olá, Sari. - respondeu.

— Nem te perguntei! - falou a panda empolgada – Gostou da festa?

— Foi incrível. - respondeu sem ânimo.

— É, foi mesmo. E pode me falar de você?

— Não estou afim. - respondeu seca e grossa.

— Ah, então me conte como se tornou uma dos Cinco Furiosos!

— Não! - Tigresa já perdia sua paciência.

— Nossa! Como você é grossa! - Sari finge-se de ofendida.

— Me desculpe, mas acho que você...

— Tudo bem, eu estou te irritando, você não é muito de responder perguntas e deve ter uma história complicada. Chega de perguntas.

— Obrigada. - mas quando Tigresa iria sair...

— Espere! Só mais uma coisa!

A felina bufou e perguntou: - O que é dessa vez?

— Eh... o Po... ele está solteiro?

Aquela foi a gota d'água. Tigresa estava furiosa! Podia jurar que Sari a provocava. Era óbvio seu interesse em Po era muito maior do que amizade e ela acabou de afirmar isso. Porém, antes que nossa ruivona pudesse dizer umas poucas e boas para a jovem, os outros entraram na sala trocando piadas e histórias engraçadas. Sari foi salva pelo gongo.

Logo depois, os seis partiram para o vilarejo, interrogar quase vítimas e parentes de pandas que foram mortos pelo arqueiro misterioso. Pouco ajudou. A maior parte das informações eles já tinham. Agora uma única novidade: era da mesma espécie. Um panda do vilarejo era o arqueiro que tanto causava transtorno.

— Eu estava na janela da minha namorada. Estava pronto para começar uma serenata quando vi um panda com roupas pretas escondendo seu rosto segurando um arco e mirando em mim. Só deu tempo de colocar o violão na frente para não ser atingido pela flecha. Então eu corri. Quase fui atingido mais duas vezes até um amigo me abrigar em sua casa.

— Então não conseguiu ver o rosto do atirador? - perguntou Macaco.

— Já falei que não! - o adolescente respondeu.

— Tá. Já entendemos. - falou Tigresa.

— Por favor, prendam logo esse cara. - pediu ele.

— Vamos acha-lo. Não se preocupe. - Víbora falou de forma doce.

Ao retornarem, Li Sheng permitiu que eles descansassem o resto do dia. Sem pensar duas vezes, Po pegou uma boa quantidade de comida e levou para seu quarto, para comer e dormir. Louva-Deus saiu pelo vilarejo a procura de Nadia. Víbora e Sari conversavam sobre roupas, maquiagens e coisas do tipo. Macaco e Garça morriam de tédio. Tigresa, por outro lado, decidiu treinar. A final, aquilo era a vida dela.

— É a melhor forma que tem de passar o tempo? - Erik aparece de surpresa.

— É a forma que mais gosto de passar o tempo. - ela diz, parando se socar a arvore no jardim.

— Sabe, eu e Mira subíamos nos pontos mais altos do vilarejo. Eu tentava ajuda-la, mas ela era bem grande. - ele ri.

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— Sua amiga? - perguntou Tigresa.

— Sim, mas ela se foi.

— O que aconteceu? - ela se senta e encara o Gavião.

— Certa vez, estávamos conversando e rindo. Ela me roubou um beijo, o que me deixou completamente surpreso. Mira disse que tinha medo de que eu reagisse mal, mas eu gostei. Seria o início do nosso namoro. Eu a deixei e vim para a casa onde eu, minha mãe e os missionários estamos hospedados. Ela foi a primeira vítima do arqueiro. Na mesma noite.

— Uau. - ela falou surpresa – E isso foi a quanto tempo?

— Uns três dias antes de Sari chegar, há uns... cinco meses. - ele falou – Os missionários ficariam aqui por um ano, mas nossas igrejas em nossos países sabem nossa situação e querem nos mandar de volta. Não vamos interromper nossa missão. Não podemos.

— Deve ser difícil para você. - Tigresa comentou.

— Muito. Mas estou seguindo em frente. - respondeu Erik, tentando não parecer tão melancólico quanto realmente estava. - É uma coisa que aprendi com a OMI: "siga em frente, porque o passado não existe mais".

— Afinal, o que é "OMI"?

— Organização Missionária Internacional.

— Ah! Faz sentido. - Tigresa solta uma risada.

Horas depois, quando o sol iria se pôr e foi anunciado o toque de recolher, os dois entraram e ficaram onde era seguro: na casa de Li Sheng. A noite era assustadora dês do início da onda de assassinatos. Tudo era muito estranho. Por que um panda mataria cidadãos de paz e de sua própria espécie? Era o mais assustador de tudo.