Ice Princess

Seja brava.


Luna Lovegood

Encarei o túmulo a minha frente e novamente a tristeza me abateu, a rosa negra em minha mão parecia pesar a cada segundo e por mais que eu não quisesse assumir, naquele momento, eu não era mais Luna Lovegood. Naquele momento, eu não era ninguém.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto e eu não fiz nenhum movimento para limpá-la, as lágrimas estavam presas desde o começo da guerra, desde a sua morte. Eu não era a mesma, aquela Luna havia morrido com ela. Essa era apenas uma imitação.

Passos foram ouvidos por mim, porém não fiz questão de me mover para olhar, pelo perfume pude saber que se tratava de uma mulher.

— Meus pêsames — uma voz doce soou ao meu lado – provavelmente da mulher. — Eu realmente sinto pela morte dela, a determinação dela me encantava.

Continuei cala e a encarar o túmulo, a mulher suspirou ao meu lado e eu pude identificar pena em seus suspiro.

— Da onde a conhece? — perguntei em um fio de voz.

— Evanna foi sua guardiã por anos — respondeu e com um suspiro continuou — Ela precisava te proteger até a chegada do dia. É uma pena ela ter morrido antes do tempo, mas cumpriu com o juramento que me fez.

— Qual juramento?

— De te proteger até a morte.

Com essa resposta me virei para olhar a mulher ao meu lado, seus cabelos eram ruivos claríssimos, seus olhos verdes analisavam o túmulo a nossa frente e sua pele era pálida, o que me espantou foi o vestido que vestia, eram vestimentas antigas, como na época da realiza.

— Quem é a senhora? — perguntei confusa e ao mesmo tempo curiosa.

A mesma me olhou e sorriu.

— Helga Hufflepluff. Acredito que já ouviu falar de mim.

Em um balanço de mão a mesma fez surgir um arranjo de flores vermelhas encostadas no túmulo.

— Como isso é possível? — perguntei espantada — A senhora deveria está morta.

— E estou — sorriu — Eu tinha que vir. Poderia fazer como Salazar ou Rowena, mas assim que senti sua dor precisei vir pessoalmente até aqui.

— Por que?

Ela retirou de suas vestes uma esfera amarela com o símbolo de Hogwarts e a mesma brilhou fazendo Helga sorrir.

— Você saberá como usá-la assim que chegar a hora — ela falou depositando a esfera em minha mão — Também saberá como reconhecer os outros. Boa sorte minha escolhida.

Então ela se virou e caminhou para longe de mim, me virei rapidamente e vi a mesma começar a desaparecer, mais perguntas rodavam a minha mente e eu precisava perguntar antes que não pudesse novamente.

— Espere — gritei chamando sua atenção.

— Continue tendo esperança, minha criança, você precisará — a mesma falou e voltou a desaparecer — Os dias negros estão chegando.

Me virei novamente para o túmulo, estava novamente sozinha, me abaixei e deixei a flor que ainda tinha em mãos perto das flores vermelhas.

— Adeus minha irmã.

Me levantei e me virei para caminhar agora de cabeça erguida, minha irmã havia feito um sacrifício por mim, agora era minha vez de fazer o que ela fez valer a pena.

— Seja brava, minha Luna — ouvi a voz dela sussurra perto do meu ouvido.

Antes que eu pudesse me virar, ouve uma queimação no pulso da mão onde eu ainda segurava a esfera, então tudo se tornou negro.

“Seja brava, minha Luna. Porque dias negros estão chegando”