Uivos ao luar

Uchiha e Hyuuga: um amor impossível – Parte 3


A barriga de Yukino crescia a cada semana... Assim como os burburinhos sobre ela no clã. “Aquela Yukino?!”, alguém dizia, “Hai! Ela está grávida, mas ninguém sabe quem é o pai!”, “Ela não fala quem é.”, “Os pais a expulsaram de casa, deve ter engravidado de qualquer um.”. Yukino ainda estava na casa de Hiashi e raramente saía. Na casa havia alguns subordinados e Hiashi pediu a eles para manterem descrição sobre ela. Seus pais não falavam mais com ela e Arisha parou de visitá-la frequentemente, à pedido dela. Arisha ficou com raiva, mas ela implorou. Porém, no meio da noite ele ia visitá-la para ver como o bebê estava crescendo. Hiashi permitia e isso deixava as coisas mais fáceis.

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Yukino estava com Hiashi num cômodo. Ela com a mão na barriga e ele com um copo na mão.

– Obrigada por tudo. – Yukino dizia enquanto olhava pela janela – Mas eu não posso ficar aqui para sempre.

– Yukino. – Hiashi disse – Não precisa ir.

– Gomen... Mas se eu ficar, isso vai recair sobre você.

– Talvez, mas pelo menos espere a criança crescer um pouco.

Ela abaixou olhar.

– Nee, você é um ótimo amigo. – Ela sorriu e o olhou – Não me arrependo da minha decisão, mas eu queria que as coisas fossem diferentes, sabe.

Ele a olhava.

– Eu queria que não houvesse a divisão das famílias no clã. – Ela continuava calmamente – Eu sei que é uma maneira segura de preservar o Byakugan, mas... Isso machuca as pessoas. Se no próprio clã é assim... Eu nem preciso falar sobre a situação de agora, ne.

Ele abaixou o olhar.

– Gomen... Por manchar o nome do clã. – Ela disse.

– Yukino... – Ele suspirou – Sinceramente, eu não estou fazendo isso como o líder do clã. Eu estou te ajudando por você ser minha amiga desde criança. E eu vou te ajudar até onde conseguir.

Ela o olhava e sorriu gentilmente.

– Arigatou.

...

Arisha a visitou no meio da noite. Ele pulou o muro e foi até a casa de Hiashi, passando pela janela do quarto de Yukino. Ele a fechou e sentou ao lado dela na cama.

– Yukino. – Mexeu em seu cabelo, despertando-a calmamente.

– Hum? Arisha. – Ela sorriu – Daijoubu?

– Hai. – Ele sorriu.

Ele pôs a mão na barriga dela, que já estava grande.

– Minato e Kushina perguntaram por você. Kushina está grávida.

Ela sorriu gentilmente.

– Que ótimo!

Ele sorriu, mas aos poucos ficou cabisbaixo.

– Nani? – Ela perguntou.

– A gente pode sair da vila, morar em outro lugar.

– Hum? – Ela ficou surpresa – Não! – Se sentou – Eu disse que não quero que nada te aconteça. Se fizermos isso seu pai vai te perseguir.

Ele abaixou o olhar. Ela sorriu e pôs a mão gentilmente na bochecha dele.

– Ne, eu te amo.

Ele a olhou e sorriu.

– Vai ficar tudo bem. – Ela disse suave.

...

A noite era calma e Yukino dormia, suspirando calmamente. Ela começou a sentir dor e pôs a mão na barriga.

– Hum?

Correu a mão e sentiu a cama molhada.

– Hum! – Exclamou jogando o cobertor longe – Uhm... – Respirava nervosamente, sua bolsa havia rompido e ela começara a sentir dor – Agora...? Argh... – Gemia de dor.

Uma das empregadas que tomava conta dela ouviu e entrou no quarto.

– Yukino-san...? Hum! Meu Deus! – Ela exclamou, saindo correndo.

Yukino tentava se levantar, mas apenas gemia de dor enquanto apoiava o cotovelo na cama. Hiashi apareceu na porta, ofegante por correr.

– Yukino! Já está na hora?! – Ele perguntou.

– Hai... – Ela gemia de dor.

Ele se voltou para a esposa, que estava na porta.

– Chame as outras.

– Hai! – Ela saiu correndo.

Logo depois, mais duas empregadas chegaram.

– Yukino-san! – Exclamaram preocupadas.

A ajudaram a se deitar, uma deitou a cabeça dela em seu colo acalmando-a e a outra via como estava o estado do parto. Hiashi foi até a esposa.

– Fique com ela, vou chamar Arisha!

– Hai! – Ela assentiu, correndo até Yukino.

Se ajoelhou ao lado dela e segurou sua mão.

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– Vai ficar tudo bem. – Ela tentava acalmá-la.

– Onegai! – Yukino segurou a mão dela – Se alguma coisa acontecer proteja-a, proteja-a, por favor! – Os olhos dela marejavam.

– Hai... – Ela disse – Como sabe que é menina?

– Não sei ao certo... Argh...! – Ela gemia – Eu só... Imagino. – Ela tentou sorrir.

– Yukino-san, faça força! – A empregada que fazia o parto disse.

Ela o fez.

– Qual o nome que quer dar a ela? – A esposa de Hiashi perguntou.

Yukino deixou as lágrimas caírem.

– Transformar...

– Uh?

– “Naru”. – Ela sorriu.

– De novo, Yukino-san! – A empregada disse.

Em meio aos gemidos de dor, Arisha chegou com Hiashi.

– Yukino! – Ele exclamou se aproximando.

– Onegai, Hiashi-sama! Quanto menos pessoas melhor! – A empregada pediu.

– Hum, hai! Venha. – Ele disse a esposa.

– Hum! Arigatou! – Yukino exclamou a ela.

A esposa do amigo sorriu gentilmente, se retirando com o marido. Arisha pegou em sua mão. A dor era insuportável, ela tentava não gritar e as empregadas pediam que ela fizesse mais força. Hiashi e a esposa estavam do lado de fora, apreensivos. Ela queria ajudar, mas não sabia o que fazer. De repente ouviram um gemido alto e o choro do bebê. Ela olhou para Hiashi, abrindo um sorriso.

A empregada enrolava o bebê numa manta e foi até Yukino enquanto a outra deitava sua cabeça cuidadosamente.

– Que bebê lindo! – Ela disse saindo de cima da cama.

Yukino sorriu, cansada.

– Aqui. – A que estava com o bebê o deu a ela – É uma menina.

Arisha abriu um sorriso e olhou para Yukino, que sorriu.

– “Naru”?

– Hai. – Ele sorriu.

A outra empregada correu até a porta e chamou Hiashi com a esposa. Ao entrar ela sorriu e foi ver a menininha. Hiashi sorriu levemente.

...

Yukino cuidava de Naru com a ajuda da esposa de Hiashi, que queria saber como era cuidar de um bebê. Ela a ajudava com o bebê e perguntava sempre com um sorriso como era ser mãe. Yukino sorria, dizendo que era incrível. Arisha as visitava sempre sem os pais dele saberem. Via Naru dormir e crescer aos poucos.

Numa das visitas, ele a assistia dormir. Mexeu em seu cabelo preto.

– Ela é bonita como você. – Ele sorriu.

Yukino sorriu, sentada na cama.

– Ne. – Ele a olhou seriamente – Não quero mais isso.

– Eh?

– Não quero ver você aguentando tudo isso sozinha.

Ela abaixou o olhar.

– Arisha...

Ele foi até ela e agachou a sua frente.

– Você sempre diz que me ama, mas não quer ficar comigo. – Ele disse calmamente.

– Não é isso... – Ela exclamou pelo absurdo.

– Eu não quero ver Naru crescer longe de mim. – Ele disse – Eu quero acordar e ver vocês na cozinha na hora do café da manhã. Quero vê-la estudar... Quero ver você sempre que eu quiser.

Os olhos dela começaram a marejar.

– Gomen nasai... – Ela disse com a voz embargada – Mas não suportaria te ver ferido.

Ele suspirou, abraçando-a e deitando a cabeça no colo dela.

– Onegai... – Apertou a roupa dela – Não faz isso comigo...

Arisha estava cansado de ver a filha crescer longe dele e não poder ficar com a mulher que amava. Dias depois ele estava em seu quarto, olhando desolado para o teto e se lembrando do rosto das duas. Suspirou e levantou, se sentando na mesa de seu quarto. Pôs-se a escrever.

...

Numa das noites, que parecia ser tranquila, Yukino olhava para Naru, pensando no que Arisha disse. “Não faz isso comigo...”, ela lembrou. Abaixou o olhar, limpando as lágrimas que se formavam. “Gomen... Eu estou magoando você, ne?”, ela pensou voltando a olhar para a filha. De repente ouviu um barulho alto, que fez Naru despertar.

– Ah, Naru! – Ela a pegou no colo – Shh, shh... Calma. – Dizia calmamente enquanto tentava acalmá-la.

“O que será que foi isso?”, ela pensou desconfiada.

De repente a esposa de Hiashi apareceu, abrindo a porta apressada.

– Yukino!

– Hum? Nani? – Ela perguntou preocupada por vê-la desesperada.

Ela ofegava.

– A Nove caudas...!

Yukino arregalou os olhos. “Arisha...”, pensou preocupada.

– Rápido! Alguns shinobis estão evacuando a vila para o esconderijo!

– Mas...!

– Rápido! – Ela a pegou pelo braço e correram.

Foram para o esconderijo. Várias mulheres e crianças estavam lá com mais alguns shinobis para protegê-las. O clã ficou em um canto e Yukino não encontrava seus pais.

– Cadê eles?

– Lutando. – A esposa de Hiashi disse com pesar.

Yukino sentiu as lágrimas se formarem. Esperava que Arisha estivesse bem. “Onegai... Onegai!”, exclamava mentalmente. Naru começou a chorar pelo barulho e ela a tentar acalmá-la. Algumas mulheres do clã a olharam com desdenho, fazendo-a abaixar o olhar com vergonha. “Por que isso tudo... Tem que acontecer?”, pensou abraçando Naru.

Quando a luz do sol surgiu, tudo estava bem de novo. No meio do tumulto e o aglomerado de pessoas, todos voltaram para suas casas ou começaram a ajudar por causa da destruição em alguns pontos da vila. Yukino chorava por querer saber de Arisha. Foram para casa e descobriram que Hiashi estava bem. Ela pôs Naru no berço e não soube de Arisha até o dia seguinte, quando ele foi vê-la.

– Yukino! – Ele correu e a abraço logo que entrou no quarto.

Ela o abraçou chorando, fazendo ambos caírem ajoelhados no chão.

– Eu pensei... – Ela chorava.

– Iie... Daijoubu. – Ele disse, mas começou a chorar.

– Nani?

– Minato... E Kushina...

Ela apertou a camisa dele, chorando mais.

– O bebê?! – Se lembrou.

– Ele está bem. – Ele disse.

Ela acalmou o olhar por um momento e voltou a chorar, abraçando-o. Se tremia um pouco. Ele a acalmou e os fez se levantar. Foi ver Naru, pegando-a no colo e a abraçando mesmo ela estando dormindo.

– Hmmm...

– Uh? – Ele ouviu um barulhinho.

Yukino se aproximou, tentando sorrir.

– Ela acordou. – Disse.

– Hum. – Ele assentiu.

Sorriu ao perceber que pôde ver a filha mais uma vez. Ela abriu os olhos e os piscou, ele percebeu algo.

– Yukino.

– Hum?

– Os olhos dela.

– Eh? Ela os abriu! – Ela sorriu, mas seu sorriso sumiu ao ver os olhos de Naru – São...

– Diferentes. – Ele completou olhando para os olhos de Naru.

O direito era preto e o esquerdo branco. Eles se entreolhavam cabisbaixos, desse jeito seria mais difícil de proteger a filha. Saberiam que Naru era diferente.

...

O conselho Hyuuga se reunia com Hiashi.

– E aquela mulher, Hiashi-sama? – Alguém protestou.

– Nani?

– A que não disse quem era o pai da filha.

Hiashi franziu a testa.

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– Yukino está sobre a minha proteção e da minha esposa. Ela é uma amiga querida.

– Mas Hiashi-sama percebeu. – Outro disse em tom óbvio – A menina não é totalmente parte do clã.

– O que quer dizer? – Hiashi perguntou, mas já sabia o que era.

– A criança possui olhos diferentes. Ela tem o Byakugan apenas em um dos olhos.

– Às vezes podem acontecer anomalias. – Hiashi disse calmamente.

– Hai... Mas. – Outro disse – Essa “anomalia” pode declarar que o pai da criança não é um Hyuuga.

Hiashi franziu a testa, não soube o que dizer.

– Hiashi-sama... Já não basta aquela menina ter engravidado e não dizer quem era o pai? Sinto dizer por ser sua amiga, mas ela é uma vergonha para o clã. – Ele suspirou – Eu sei que é ruim, mas ainda bem que os pais delas não estão mais neste mundo para vê-la desse jeito.

– Onegai, não fale isso. – Um ao lado dele disse – Eles eram meus vizinhos, eram pessoas boas.

– Podem ter sido pessoas boas, mas sua filha lhes causou muita vergonha. Eu vi o que eles sofreram.

Hiashi franziu o cenho.

– Hiashi-sama.

Ele o olhou.

– Aconselhamos ao senhor que Hyuuga Naru não seja considerada como parte do clã.

– Uhm... Nani? – Hiashi disse surpreso – Ela é filha de Yukino, que faz parte da família principal. Não podem fazer isso.

– Porém ela não podia ter engravidado de alguém de fora do clã. Ela quebrou as regras.

Hiashi franziu a testa.

– Não sabemos quem é o pai. – Ele mentiu – Não podem deixar a menina sem um nome.

– Run. – Ele bufou – Hiashi-sama. Então faremos o seguinte: a menina não perderá o nome do clã, porém ela não fará parte dele. Então, assim que ela fizer um ano e meio, tire-as daqui. Você é o líder, Hiashi-sama. Precisa compreender, por favor.

Hiashi abaixou o olhar, franzindo o cenho. Ele quebrara várias regras por Yukino e sua esposa estava grávida do primeiro filho. Ele precisava controlar a situação. Não teve escolha, contou a Yukino.

Ela o olhava sem expressão, mas sorriu gentilmente.

– Hiashi... Arigatou. Por tudo.

Ele a olhou, surpreso. Abaixou o olhar.