Querido Diário...

Capítulo 5: Alguns Anos Depois...


Eu acordei naquele dia as 5h30min da manhã. Finalmente havia chegado! Tanto tempo apaixonada por Calebe, tanto tempo de namoro, um ano e meio de noivado, cinco meses preparando tudo e agora finalmente eu ia me casar! Não conseguia acreditar!

Andei até o banheiro e tomei um banho rápido. Tinha muitas coisas pra fazer naquele dia.

Depois de tomar banho, penteei meu cabelo e deixei solto mesmo. Coloquei um jeans skinny com coturno, e uma batinha branca. Meu brinco favorito, e minha pulseira com o infinito dourado que Calebe havia me dado há tanto tempo atrás...

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Desci e a mesa do café já estava pronta, mas ele não estava lá. Me sentei, e fui surpreendida com um beijo doce no meu pescoço.

–Bom dia, linda! Não sei se te contaram, mas a gente vai se casar hoje. - ele sussurrou no meu ouvido, e senti que ele estava feliz. Mesmo com 24 anos, e eu com 23, ele ainda parecia ter 15, e eu 14. Ainda eramos nós.

–Bom dia, meu amor! E sim, já me falaram. - sorri.

Ele andou até seu lugar na mesa, na minha frente, e percebi que ele também já estava tomado banho e pronto. A barba rala que ele estava ontem agora estava feita. O cabelo sempre bagunçado de um jeito perfeito. A aliança em seu dedo, logo seria uma aliança de casamento, não de noivado. Seus olhos parecendo dois holofotes.

–Então a gente faz assim: que horas você acha que volta? - perguntou.

–Tenho que ir fazer as unhas, cabelo e pegar o meu vestido... Acho que na hora do almoço. Por que?

–Tenho que ir cortar o cabelo e pegar meu terno e sapato... Acho que quando você chegar já vou estar aqui. Quer almoçar fora ou aqui comigo? - ele disse, com um sorrisinho leve e malicioso nos lábios. Então eu deduzi o que ele quis dizer com "almoçar aqui comigo". Dei risada.

–Posso almoçar aqui com você, amor. - falei, parando de rir.

–Ótimo. - ele disse, rindo também.

Terminei de tomar meu café, dei um beijo (demorado) em Calebe e falei que o amava, ele disse que me amava também, então peguei minha carteira com meus documentos e meu celular e coloquei na bolsa. Peguei a chave do meu carro (camaro vermelho) e sai.

Fui primeiro ao salão. Alice, minha melhor amiga, estava lá. Quando me viu quase me quebrou no meio com o abraço que me deu.

–Parabéns, parabéns, parabéns, amiga! Felicidades pra vocês! - ela gritava.

–Obrigada! - disse, rindo.

Sentei na cadeira, e Alice começou a trabalhar. As unhas do pé foram bem rápidas, já que eu tinha feito elas há dois dias. Na unha das mãos, ela limpou por detrás das unhas, depois passou acetona e uma base. Ficou delicado, e perfeito.

Me despedi de Alice, voltei pro carro e chequei as horas: já eram 9h. Fui na cabeleireira. E ela disse que tinha uma ideia de um penteado simples, porem lindo, para meu cabelo. Eu assenti, ansiosa, e ela começou a trabalhar.

Primeiro, molhou e cortou as pontas. Depois, lavou com shampoo duas vezes. Então pegou creme, misturou com óleo de cabelo e passou. Fez um coque bem frouxo e colocou um toca na minha cabeça, e me disse que eu devia esperar.

Me sentei num sofá, e ela começou a conversar comigo, e me perguntou se eu estava ansiosa.

–Acho que não é bem ansiedade. - respondi. - Tenho medo de não dar certo. Já moramos juntos a muito tempo, mas agora é diferente. Não vamos ser amigos, nem namorados, nem noivos, mas casados. É um pouco assustador!

Ela riu.

–Não é nenhum monstro de sete cabeças. Pra vocês que já moram juntos desde a adolescência será mais fácil. Terá brigas e discussões como em todos os primeiros cinco anos, mas é incrível, eu garanto. Se precisar de qualquer coisa, espero que me procure, Ally.

A voz dela era calma e tranquilizadora, e conseguiu me convencer.

–Obrigada! - respondi.

Então ela me chamou até o lavatório, e eu me fui. Ela tirou a toca da minha cabeça, enxaguou, e passou o condicionador e enxaguou duas vezes. Então secou meu cabelo, e amarrou uma faixa, parecendo uma tiara, na minha testa. Começou a enrolar meu cabelo nela e quando terminou, espirrou algum coisa nele e depois me disse:

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–Espere mais meia hora, e eu já tiro.

Assenti, e meia hora depois, ela tirou a faixa, revelando cachos perfeitos, maravilhosos e definidos, num cabelo leve e sedoso. Estava PERFEITO!

Agradeci, paguei e sai. Peguei meu vestido e fui pra casa. Vi Calebe jogado no sofá quando cheguei. Murmurei um "oi" e corri pro meu quarto. Guardei meu vestido no armário, voltei pra sala.

–Agora vem cá e me diz oi do jeito certo. - ele disse, brincalhão.

–Engraçadinho.

–Teu cabelo está perfeito! - elogiou. - E essa boquinha deve estar uma delicia como sempre... Mas preciso ter certeza! - ele chegou mais perto. Sorri, e encostei nossos lábios.

Almoçamos e passamos o resto do dia vendo filme. Meus cachos, por algum milagre, continuaram iguaizinhos, como se eu tivesse acabado de sair do salão.

Uma hora antes do casamento, Calebe foi tomar banho, se trocou, e me deu um selinho.

–Te vejo no altar, linda.

–Até, amor.

Fiquei no sofá por mais meia hora, e então me arrumei. Coloquei uma toca no cabelo e tomei banho. Coloquei meu vestido e calcei os sapatos. Fiz a maquiagem e peguei o buquê. Sai em cima da hora, e cheguei na igreja dez minutos atrasada.

Quando me dei conta, estava no altar, e falei:

–Eu aceito!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.