A Filha de Roma e Grécia

Annabeth - Percy dá uma de irmão ciumento


Depois das explicações, todos se reuniram no refeitório e Piper explicou o que havia acontecido em Topeka 51 para o resto dos semideuses. Nos contou sobre a conversa com Baco, a armadilha preparada por Gaia e os eidolons possuindo Percy e Jason.

– Foi por isso que Leo não fazia ideia do que fazia quando atacou o acampamento Júpiter – conclui – Ele foi possuído por um eidolon!

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Leo soltou um suspiro aliviado.

– Não fui eu quem comecei a terceira guerra mundial – Ele estava sorrindo tanto que chegou a parecer um elfo – Só fui possuído por um espírito maligno! Que sorte a minha!

Hayley estava concentrada desenhando algo num caderno com capa de couro, mas quando ouviu Leo falar ela levantou a cabeça.

– Mas os romanos não sabem disso – afirmou ela – E duvido que eles acreditem em nós.

Os olhos de Jason brilharam, como se ele tivesse tido a melhor ideia da face da terra.

– Podíamos contatar Rey... – começou ele, mas foi interrompido por Hayley.

– Reyna é muito confiável, mas ela não pode simplesmente se virar para os romanos e dizer que tudo foi um mal-entendido e que eles vão parar de nos perseguir. E tem Octavian também.

– Ela tem razão – concordou Piper, lançando um olhar agradecido à Hayley – eu o vi assumindo o controle dos romanos na minha adaga. Não tenho tanta certeza de que Reyna conseguirá detê-lo.

– E nós vimos algumas corujas romanas – informou Frank – Elas estão distantes, mas se aproximam muito rápido. Octavian está se preparando para a guerra.

Uma onda de fúria tomou conta do meu corpo. Sorte a minha eu saber me controlar. O que eu mais queria era atravessar Octavian com minha adaga e ver a vida se esvair de seus olhos.

Olhei para o lado, procurando algo para me distrair e acabei olhando o caderno de Hayley ao meu lado. A página estava cheia de desenhos, a maioria rostos. Olhei mais atentamente e notei que todos os rostos eram a mesma pessoa.

Meus olhos se arregalaram quando o reconheci.

– Hayley – chamei, interrompendo Jason. Eu nem tinha notado que ele tinha recomeçado a falar. – O que é isso?

Ela levantou a cabeça, confusa e notei que ela levou alguns segundos para entender o que eu disse.

– Se eu não desenhar, acabo esquecendo o que sonhei – explicou ela.

– Então você sonhou com esse garoto?

Ela arqueou as sobrancelhas como se isso fosse óbvio. E realmente é, mas eu precisava ter certeza.

– Como eram os sonhos? – perguntei, e ela ficou mais confusa.

– Por que você quer saber? – perguntou ela.

Olhei para ela como se dissesse Só responde.

– Ele estava numa espécie de casulo e parecia estar em coma. – respondeu ela, veemente se esforçando para lembrar dos detalhes. – Tinham sementes de romã perto dele e três linhas estavam riscadas na parede.

Olhei para Hazel, que (assim como os outros) parecia tão confusa quanto Hayley.

Peguei o caderno e o coloquei na sua frente.

– É o Nico – falei.

Os olhos de Hazel se arregalaram e ficaram marejados.

–Meus deuses... – murmurou ela, então virou-se para Hayley – O que aconteceu com ele?

– Eu não sei – respondeu ela – Espera aí. Esse é o seu irmão? Ele é o Nico?

Hazel balançou a cabeça afirmando. Dava para ver que se ela abrisse a boca iria acabar chorando.

Hayley pegou o caderno e virou as páginas tão rápido que eu pensei que fossem rasgar. Ela estava ofegante. Parou quando chegou no começo do caderno e olhou atentamente para o desenho que estava ali.

– Eu desenhei isso há... – Ela rapidamente se interrompeu – Muito tempo. – disse ela, me entregando o caderno.

A tinta parecia velha e estava marrom, mas os traços estavam perfeitos. Era Nico. Mas o desenho estava estranho (mas ainda estava lindo), parecia que o braço de Nico, que estava escorado num muro, parecia ter virado areia negra. Examinando o desenho, eu acabei achando a assinatura de Hayley e do lado dela estava uma data.

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1943.

Juntei todas as minhas forças para não demonstrar minha surpresa e mostrei o desenho para Percy.

Ele franziu a testa, mas o que saiu da boca dele foi totalmente diferente do que eu achava que ele diria.

– Você sonhou com ele, Hayley? – perguntou ele, duramente.

Sério? Hayley tinha acabado de nos dar uma pista sobre o paradeiro de Nico, e Percy resolve dar uma de irmão ciumento? Jura produção?

Hayley provavelmente estava pensando o mesmo que eu, pois ela simplesmente perguntou:

– Jura, Percy? Poderia se focar no que é importante?

Percy pareceu ofendido.

– E por que isso não seria importante? – perguntou ele.

Hayley se virou para mim.

– Eu acho que vou matar seu namorado.

– Eu ajudo – me ofereci.

Por um momento a tensão se esvaiu da mesa quando todos começaram a rir da cara de medo que Percy fez.

Hayley deu um tapa na mesa tão forte que Hazel deu um pulo.

– É isso – Então tirou o caderno das mão de Percy e começou a passar as páginas. – Olha só.

Ela entregou o caderno para mim. O desenho era de dois gigantes, um estava vestido com um collant de ballet e um tutu rosa e o outro usava uma camisa havaiana que até o Sr. D. acharia exagerada. Tirando isso, os dois eram iguais.

– Os gigantes gêmeos – conclui – Oto e Efialtes. Dois gigantes, como Piper viu na adaga. Eu lembro dessa história. Eles tentaram chegar ao Monte Olimpo empilhando várias montanhas.

Hayley sorriu de lado.

– Eles devem ser sinônimos de inteligência. – brincou ela. – Mas ainda precisamos da ajuda de um deus para derrotá-los e... – Ela parou de falar e eu quase vi engrenagens trabalhando dentro de sua cabeça.

– Hayley – chamou Leo – Você está bem?

Ela não pareceu ter ouvido.

– Qual é o terceiro verso da profecia mesmo? – perguntou ela.

Gêmeos ceifarão o anjo da vida. – respondeu Percy – Por quê?

Hayley murmurou alguma coisa em italiano.

– Como eu não notei isso antes? – perguntou para si mesma. – Quando Hazel me disse que o sobrenome do Nico é Di Angelo, eu achei irônico o fato que o filho do deus do mundo inferior tem um sobrenome que significa De Anjo em italiano. – falou ela em um fôlego só. – Gêmeos ceifarão o anjo da vida!

O orgulho tomou conta de meu peito. Ela tinha conseguido decifrar uma parte da profecia sozinha.

– Parece que deciframos mais um pouco da profecia – concluí, sorrindo.

Passei as páginas do caderno e notei que tinham muitos desenhos de prédios e praças.

– Você desenhou um mapa! - exclamei, fazendo com que Hay desse um pulo de susto. - Se sefguirmos seus desenhos, tenho certeza de que chegaremos até o Nico! - concluí, e todos sorriram. Menos Percy.

O sorriso de Piper logo sumiu.

– Só temos um problema – informou ela. – Os eidolons ainda estão aqui. Nesta sala.