Instinto Materno

Capítulo 48: Medo do futuro


Medidas precisavam ser tomadas mas ambas as mulheres estavam com medo demais para sequer se mover, saber que teria um filho ou que seu filho poderia estar morrendo eram dois estremos opostos e as duas irmãs não conseguiam sequer imaginar o que a outra estava sentindo.

—Kath o que está havendo com a minha filha?-Regina perguntou mesmo tendo quase certeza da resposta e sabendo que ela não seria boa.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Olha Rê não fica assim é apenas que o tratamento não está funcionando, e está fazendo ela regredir isso significa que precisamos mudar o tratamento o quanto antes, ela vai ficar bem, ela tem a gente e não vamos desistir dela. -Kath explicou a situação e confortou a irmã o melhor que pode.

— Sim mas o que essa mudança significa para a Em?- A mulher perguntou aflita e com lágrimas nos olhos, não podia evitar afinal a filha já havia perdido tanto em um espaço de tempo tão curto.

— Bom infelizmente isso significa quimio e isso vai trazer mais restrições a vida dela, talvez tenhamos que começar a procurar um doador para medula.- explicou a enfermeira triste pela sobrinha e pela luz que viu aos poucos se apagando nos olhos da irmã, vendo que ela não queria estar presente quando sua sobrinha fosse informada, que o mínimo de normalidade que conseguiram manter em sua vida talvez fosse arrancado dela.

— Céus como vou contar isso para Emma? E para o Robin e a Ally? Eles vão ficar devastados, eu pensei que estávamos superando isso , quando esse inferno vai acabar?- a última pergunta foi vaga, desde a morte de Daniel , Regina se considerava uma pessoa maldita, e agora Emma estava pagando o preço dessa maldição que a impedia de ser feliz, ela não conseguia não se sentir culpada por trazer seu pequeno anjo de olhos verdes para o meio disso.

—Rê calma, não podemos desistir nem nos desesperar precisamos ser fortes peça Emma, vai ser assustador o suficiente sem a gente surtando ao redor dela.- A loira tentou trazer um pouco de razão a irmã, dar algo ao o que ela poderia se agarrar.

— Não você não sabe o que é isso Kath, eu tentei, não desmoronei no meio disso tudo Deus sabe como, mas a minha menina a que eu vi crescer está morrendo, a minha filha Kath... eu amamentei, vi seus primeiros passos, as primeiras palavras quando ela me chamou de mãe, e saber que não vou estar presente em sua formatura, que não verei meus netos, ou seu casamento, e saber que posso não ver essas coisas por que elas podem nunca chegar a acontecer me mata por dentro, a minha filha pode morrer, eu sei que eu falei que isso não iria acontecer, que eu seria a força dela, mas e se eu não for forte o bastante, tem coisas que a gente não pode controlar nem impedir e eu... eu estou com medo, não quero perde-la.

Regina caiu em um planto sofrido, Kath viu ali o quanto aquela situação estava desgastando a irmã, a Regina que estava na frente dela naquele momento em nada se parecia com a mulher forte e confiante que ela conhecia, ali estava uma pessoa assustada e triste e aquilo destoava tanto com a personalidade da irmã que chegava a ser doloroso assistir, sem pensar mais a loira mudou sua cadeira para que estivesse ao lado da irmã e então a abraçou, e deixou que a irmã quebrasse em seus braços, sabia que a irmã teria que ser forte, que teria que olhar nos olhos da filha e dar a pior notícia da vida dela, ela mesma não se via capaz de olhar naqueles olhos verdes e dizer que talvez tudo não ficaria bem, que agora a briga iria ser mais dura e complexa, ela não conseguia mensurar a dor que sua irmã estava sentindo pois ela ainda não havia conseguido quantificara própria dor, em um gesto instintivo a loira retirou uma de suas mãos do abraço e levou ao ventre, tudo aquilo era demais, e ela ainda podai estar esperando um filho, e o pior era não saber como se sentia em relação a isso, estava assustada, feliz , confusa tudo de uma só vez.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Regina não perdeu o gesto da irmã, e aquilo fez com que ela tomasse uma nova postura, afinal Kath ainda não sabia se estava grávida e toda aquela situação provavelmente a estava assustando, descobrir que estava grávida deveria ser o dia mais feliz na vida de uma mulher, bom ela não sabia afinal nunca havia engravidado, seus filhas eram filhas de seu coração mas estaria ali para irmã, ela sabia que Kath e Kale dariam um jeito nessa bagunça que virou a saúde de sua filha, eles não sabiam o que aconteceria, sabiam apenas que o tratamento não estava funcionando e eles sabiam que tinha uma chance disso ocorrer, mas eles não estava sem opção, nem desarmados, aquela luta não estava nem perto de acabar ainda eles só teria que brigar com mais afinco.

—Vamos acho que temos alguns testes para fazer? –Regina se levantou com a irmã e juntas saíram do restaurante. As duas foram direto para casa, Kath estava em negação, era mais fácil negar do que aceitar que estava mesmo prestes a ter um filho, quando chegaram lá Regina saiu do carro e puxou a irmã para fora do carro e a levou direto para seu quarto.

— Bom vamos começar vai para o banheiro e bem você é enfermeira então já sabe...

— Não preciso ir a lugar algum, eu não estou grávida ok.- respondeu Kath fazendo birra feito criança.

—Ah é? Então se isso for mesmo verdade por que a relutância em fazer o exame? –perguntou Regina.

— Não gosto de gastar tempo atoa e mais temos muita coisa para acertar tem a Emma..

— Sim você tem razão, temos muita coisa para acertar, mas quanto a Emma não podemos fazer nada hoje. Essa noite é especial para ela trataremos disso amanhã, assim teremos tempo de discutir isso direito, mas sabe uma coisa que podemos fazer agora?- Kath fez uma careta. -Exatamente ver se você está grávida agora, entra na droga do meu banheiro e faça xixi nesses palitos que eu comprei.

Kath muito a contragosto saiu e pegou dois do 10 testes que sua irmã tinha trago, ela os dois e saiu, para encontra uma Regina impaciente prestes a chamar por ela.

— Ainda bem pensei que tinha fugido pela janela. -A morena enalteceu a demora da loira.

—Estamos no segundo andar Gina.

— Ok quanto tempo demora?

—Uns 15 minutos... Porque comprou 10 testes?

— Bom espera e você vai ver.

Os 15 minutos passaram e como Regina previu ambos os testes saíram positivos.

— Droga isso ta errado, eu preciso...

— Quer outro?- Regina perguntou já com uma caixa de testes da mão.

E Kath fez o terceiro o quarto e quinto, todos positivos, ela faria o sexto mas ela não conseguia mais ir ao banheiro e sua barriga já estava doendo de tanta água que bebeu.

— Céus isso não está certo.

— Qual é foram cinco testes qual a chance que os cinco estarem defeituosos?

— Não sei vai que...

— Quer saber vamos tirar essa dúvida eu vou fazer um.- Disse Regina entrando no banheiro.- Ai quando der negativo você para de reclamar.

Regina saiu do banheiro e encontrou Kath paralisada olhando pela janela, ela foi até a irmã, deixando o teste sobre a mesa de cabeceira, ela se aproximou, e a abraçou Kath não teve muita reação a princípio mas depois retribuiu o abraço, ela estava grávida ela sabia, estava negando algo que estava em sua cara ela sabia que era infantil, mas não estava pronta para aceitar ainda.

— Calma vai dar tudo certo, se eu consegui com a Emma e a Ally você também vai, e olha pense pelo lado positivo pelo menos o seu filho tem um pai médico e uma mãe enfermeira o que poderia dar errado?

— O que deu no seu teste?-perguntou a loira assim que voltou a falar.

— O que ? mesmo? Eu ainda não vi...-Regina andou até o teste e o pegou.- Mas é claro que deu...