Capítulo 44: O garoto dos cabelos de fogo

Alice foi até o escritório da mãe, quando chegou Regina já a esperava pois como havia dito a Kath ela queria falar com a menina, ela entrou e falou.

—Oi mãe .

— Filha a gente precisa conversar...

— Sim pode falar.- disse a menina se sentando de frente para a mãe.

— Alice já faz uma tempo que você e o Peter estão namorando então eu acho que está na hora de conversar com você sobre... É bom... Quando se é jovem e... Filha eu....

Regina estava enrolada não sabia como começar afinal ninguém nunca havia tudo essa conversa com ela, na floresta encantada as mulheres não conversavam sobre isso não era bem visto. E ela era uma princesa só foi ter conhecimento sobre sexo depois que se casou, ela não tinha nem a mais remota ideia de como começar aquela conversa, ela era uma mulher madura porém reservada, já havia lido livros sobre como conversar sobre aquele assunto com as filhas mas era muito mais difícil na prática do que na teoria.

Alice estava se contendo para não rir ela sabia que a ideia daquela conversa não havia sido da mãe e sim da tia, e ela estava morrendo de vontade de rir da mãe por ter caído da brincadeira da tia, Kath sabia que ela já sabia tudo sobre essa conversa que a mãe estava tentando ter com ela pois ela mesma havia ido dar uma palestra sobre o assunto na escola, a palestra foi mais um papo de Kath com os alunos adolescentes sobre sexo, mas é claro que conhecendo a tia como conhecia ela não havia contado isso para a mãe e ainda fez a mulher ter essa conversa com ela, e agora ela estava ali na frente de uma Regina muito constrangida e vermelha se enrolando nas palavras como Ally nunca tinha visto tentando ter uma conversa que não era necessária.

— Ally ok... O que eu quero falar é que eu seu que você ama o seu namorado e... Deus como é difícil.- a morena disse passando as mãos pelo cabelo fazendo a filha não aguentar mais e rir.- Ally isso é sério eu só não estou sabendo como começar mas...

— Mãe a tia Kath já conversou comigo sobre isso, a escola tem palestras sobre o assunto e ela conversou com todos os alunos na verdade...- a menina disse ainda rindo.

—Eu vou matar sua tia...- Regina disse morrendo de raiva da irmã.

— Gina você tinha que ver sua cara.- Kath entrou rindo da irmã.- Filha é... Bom... Eu ... Quando se é Jovem.- Kath começou a imitar a irmã fazendo Regina ficar ainda mais constrangida e corada.

— Katherine você não devia estar com a Emma?- perguntou tentando desconversar.

— Devia mas ela quis secar o cabelo então eu não podia perder isso... Mas agora tenho que ir ver se a Em terminou.

—Vai ter volta viu Kath...

—Vou adorar ver você tentar.- disse a loira saindo ainda rindo da irmã.

—Era só isso mãe.

— Era sim meu anjo mas como sua mãe eu acho que ainda tem uma coisa que eu preciso falar para você que sua tia não disse... eu sei que você ama seu namorado, e que você não é mais uma menina, mas você também não é uma mulher ainda, não apresse nada viva tudo no seu devido tempo, eu sou sua mãe e conheço seu planos e sonhos melhor do que ninguém, e quero que você alcance cada um deles, agora eu sei que você sabe do que eu estou falando, filhos são a maior alegria na vida de uma mulher mas como eu disse antes você ainda não é uma mulher, não estou dizendo que você seria menos feliz se decidisse ter uma família agora, mas agora não é o momento, tem muitas coisas que você tem de ver antes muitos erros que você ainda precisa cometer para que essa experiência seja única para você, não jogue fora a vida que você idealizou como sua, construa aos poucos, projete cada sonho seu e faça o máximo para realiza-lo, viva seu amor de menina, cresça junto com ele sem pressa, quando for a hora você vai saber, quando estiver na hora certa você vai ver que cada sonho cada conquista sua, cada passo que te levou até aquele momento vai ter valido pena, porque ai você terá vivido tudo, você vai ter sido filha, irmã, sobrinha, neta, amiga, namorada e a mulher mas nada vai se comparar ao momento em que você se tornar a mãe de alguém mas para isso você precisa estar pronta .- Regina disse mais confiante agora, e depois abraçou a filha já com lágrimas nos olhos , Ally também estava emocionada com mãe.

Robin chegou em casa e foi ver se Regina estava ali trabalhando, olhou no relógio e viu que pelo horário Emma estava sendo medicada, ele entrou no escritório que estava com a luz acesa indicando que a morena estava ali, assim eu passou pela porta encontrou a filha e a esposa abraçadas.

—Atrapalho?-perguntou fazendo as duas por fim quebrar aquele abraço e secarem seus rostos.

— Não amor nunca...- ainda secando as poucas lágrimas que havia derramado.

— Boa noite pai.- Alice disse se levantando e indo abraçar o pai, que retribuiu e deu um beijo na cabeça da filha.- Vou ver a Emma ela tem muito o que me contar.- a menina disse fungando, e saindo não sem antes dar um abraço mais na mãe.

Ally saiu da sala e foi falar com a irmã, Regina se preparou mentalmente para a segunda conversa séria naquela noite.

— Amor a gente precisa conversar.- disse a morena séria.

— O que foi... Aquele garoto fez alguma coisa com a minha filha porque se fez eu ....

— Não porque pensou isso?- a morena perguntou confusa.

—Sei lá eu cheguei aqui e você estava abraçada a ela chorando, então eu...

— Não eu é uma conversa de mãe e filha... É sobre a Emma.

Regina se repreendeu mentalmente por ter um ataque de gagueira pela segunda vez naquela noite, afinal ela era prefeita, tinha uma oratória impecável, todos sabiam que ela estava nervosa quando começava a gaguejar, mas verdade seja dita ser prefeita era um trabalho muito mais fácil do que ser mãe e esposa , no entanto não era tão gratificante.

—Amor a Emma está namorando...- a morena achou melhor soltar a bomba de uma vez.

— O que?! Não está.... Não pode ninguém veio falar e comigo e eu não permito.- Robin falou se levantando já andando de um lado para o outro desnorteado.

— Amor não estamos na idade média ela está namo....

— Regina!- Robin repreendeu a mulher como se só a palavra o ofendesse.

— Robin!...- Regina respondeu da mesma forma rindo, sempre achou fofo o ciúme que o marido tinha das filhas.- Como eu estava dizendo ela está namorando e o menino quer vir aqui conversar com você.

Robin teve que admitir admirava a coragem do garoto mas ainda sim, já não gostava dele e não tinha ato de coragem que o fizesse mudar sua cabeça.

— É aquele moleque dos cabelos de fogo não é?

— O Nome dele é Daniel Robin...-a morena repreendeu rindo.

—Tanto faz o nome...

— Eu gosto do nome dele foi o nome do meu primeiro namorado.- Regina falou provocando o marido.

— Isso era para fazer eu gostar dele?- Perguntou Robin com raiva.

— Amor ela gosta dele...

—Mas eu não gosto....

— Que ótimo que não é você que namora com ele né.... Olha ela está feliz deixa a menina namorar.- a morena abraçou o marido pelas costas.

— Não Regina ela tem só 14 anos é muito criança ainda....

— Ela faz 15 daqui a cinco meses amor.- a morena tentou argumentar.

— E ainda vai continuar sendo muito criança...- afirmou como se fosse obvio.

—A Ally tem 16...- argumentou a morena novamente.

— Nem fala estou quase revogando esse namoro.- Disse ainda nervoso.

— Amor é melhor deixar e ter controle do que eles namorarem escondido.- falou abraçando o marido por trás.

— Eu mato aquele moleque se fizer isso.- Disse saindo do abraço da esposa e se sentando no sofá.

—Amor você sabe que não é assim.- tentou mais uma vez acalmar o marido lhe dando um beijo na bochecha e se sentando com ele no sofá já o abraçando.- Você não viu como ela estava feliz tem certeza que quer tirar isso dela? E além do mais é um bom rapaz ele até quer vir falar com você.

— Golpe baixo viu Rê...- falou o homem soltando um suspiro de derrota.

— Isso quer dizer que você deixa?

— Não isso quer dizer que eu aceito que o cabelos de fogo venha pedir permissão e ai eu decido. -disse vendo um sorriso enorme brotar nos lábios da esposa.

— Eu te amo sabia, o jantar vai ser amanhã.- Regina beijou os lábios de Robin com paixão mas logo quebrou o beijo.- ah e a Em pediu que sem armas quando for falar com o menino.- falou Regina olhando nos olhos azuis do marido.

— Eu não prometo nada.

Foi tudo o que Robin disse antes de voltar a beijar a esposa, que riu contra os lábios dele pela atitude infantil do marido.