Instinto Materno

Capítulo 37 : Dia Tenso


Regina acordou naquela manhã tensa, sabia que aquele acordo não seria algo fácil de tratar mas era preciso ela mesma havia buscado aquela situação e agora teria que enfrentar. Robin estava no Banho ele estava com raiva pelo que ia ter que fazer hoje, para ela não era fácil ter de deixar uma pessoa que fez mal a sua filha livre mas ele sabia que esse era o preço que tinham que pagar pela família deles, ele entendia Regina, sabia que ela se sentia frustrada com tudo aquilo tanto quanto ou mais que ele até, queria dizer que estava tudo bem mas ele sabia que não podia, ela havia feito algo que podia manda-la para cadeia e ela tinha que entender isso, compreender o peso das ações dela, e isso jamais aconteceria se ele passasse a mão na cabeça dela.

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— Estou pronta quando você terminar podemos ir.- Regina apareceu na porta do banheiro já devidamente arrumada.

— Já tomou café?- Robin perguntou enquanto passava o desodorante em frente ao espelho.

— Não estou com fome...

— Vá tomar café Regina o dia vai ser tenso e você não comeu nada ontem....- a morena se virou para sair do banheiro mas a voz de seu marido a impediu.- chamou alguém para ficar com a Em?

— Não eu... eu decidi que ela pode ir para escola hoje, falei com a Kath e ela disse que tudo bem.- Regina falou com a voz um tom mais baixo do que normal quase que hesitante.

— E porque eu sou o último a saber? Que droga ela minha filha sabia não custa nada vocês me informarem das coisas.- Robin que estava aparando a barba largou a tesoura possesso sobre a mesa e se virou falando com raiva.

— Quer sabe não!.... não vou ficar aqui ouvindo seu desaforos me encontra lá em baixo quando quiser conversar ou ficar pronto para irmos o que acontecer primeiro.- diz Regina saindo do banheiro e deixando o marido sozinho encarando o lugar onde ela estava, ele a ouviu bater à porta indicando que já não estava mais no quarto e então socou a pia com força .

Regina chegou no andar de baixo e as meninas já estavam a mesa tomando seu café. Alice e Emma viram quando a mãe desceu e pararam de falar no mesmo instante, elas haviam ouvido o som da porta batendo e quando viram a mãe com a cara fechada preferiram ficar quietas e só falar quando e se ela lhes perguntasse algo. Regina passou pelas filhas foi até a bancada onde ficava a cafeteira e se serviu de uma xicara de café expresso e começou a beber puro mesmo.

—Bom dia meninas.- a morena disse sem a habitual empolgação que carregava todas as manhãs.

— Bom dia mãe.- as meninas responderam baixo e juntas.

— Emma falei com a sua tia e ela disse que se você estivesse se sentindo bem hoje poderia ir para escola achamos que isso pode trazer levantar seu ânimo e então?....

— Você está falando sério?!- Emma perguntou abrindo um largo sorriso, o sorriso que Regina havia sentido falta durante esses dois dias.- Claro que eu estou bem eu estou ótima!.- a menina respondeu animadamente indo abraçar a mãe. -Eu vou poder ir para escola, não aguentava mais ficar em casa.

Emma deu um grito de felicidade fazendo Alice e Regina taparem os ouvidos com as mãos e rirem, não se passou nem dois minutos e elas ouviram o som de alguém correndo, era Robin ele estava com o cinto da calça aberto e com a camisa totalmente sem abotoar.

— O que houve?- perguntou o homem um tanto ofegante.

— Eu vou para escola pai...- a menina loira de olhos verdes disse animada com um sorriso imenso nos lábios.

— Precisava filha?.... eu sei que está feliz mas seu pai é um homem velho eu pensei que estava acontecendo algo.- Falou Robin fechando o cinto e começando abotoar camisa.

— Me desculpa papai.- a menina baixou a cabeça envergonhada.

—Acho que alguém precisa ir escolher a roupa com que vai hoje para a escola.- Regina disse fazendo o sorriso voltar aos lábios da filha.

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Emma chamou a irmã para ajudá-la que aceitou na hora, e então as meninas saíram correndo para o quarto delas, assim que as filhas saíram do ambiente o sorriso que estava nos lábios de Regina sumiu e ela se virou furiosamente para o marido.

—Nunca mais faça isso....- a morena o encarava com raiva.- eu até entendo que esteja com raiva de mim, e eu assumo que mereci eu errei mas não desconta nelas, não quer olhar na minha cara ok eu posso viver com isso vai doer mais eu aceito.... Mas nossas filhas você tem noção que esse foi o primeiro sorriso verdadeiramente feliz da Emma desde que isso tudo começou, que esse grito foi um grito de empolgação coisa que faz tempo que eu não vejo mais em nossa filha, briga comigo se quiser mas não briga com ela só porque ela está feliz.- Regina estava com raiva mas conforme ela seguiu com as palavras lágrimas brotaram nos olhos mas elas as conteve.

— Eu não estou com raiva de você ....

— Mas está com raiva de algo e isso está afetando seu comportamento, quando a gente descobriu o que estava acontecendo com a Emma você disse que estaria aqui lá para mim, e eu estou aqui para você também.

— Eu estou com raiva pelo o que vamos fazer hoje, por essa porcaria de acordo, eu sinto como se eu tivesse falhado com a minha filha e com todas as crianças que aquela mulher dá aula, eu não consigo parar de pensar no amanhã.... que se amanhã ela fizer com outra criança o que fez com a nossa filha e ninguém chegar a tempo eu....

— Você não deveria se sentir assim, não foi sua culpa e eu vou dar um jeito nisso, nós não vamos prender ela não vamos processar mas vamos monitorar de perto daremos um jeito.

— Eu sei que vamos mas não faz ser mais fácil o que vamos fazer hoje.- Robin se apoiou na mesa e ficou encarando .

Regina se aproximou e abraçou o marido pelas costas, era um abraço apertado cheio de sentimento de culpa ela sabia que a culpa dele estar assim, estar se sentindo assim era dela porque ela havia seguido seus impulsos mas agora ela não tinha que pensar nisso, por mais que a culpa também a corroesse, ela tinha que estar ali para ele sabia que nesse momento ele presava daquele abraço de apoio.

As meninas voltaram um tempo depois e encontraram os pais abraçados na cozinha, elas ficaram ali paradas na porta sem saber o que fazer, elas não queriam interromper o momento dos pais, mas sabiam que se saíssem dali sem falar com a mãe ela provavelmente surtaria depois, então elas ficaram ali apenas observando o momento terno entres os pais em silêncio, o silêncio foi quebrado apenas pelo som da campainha tocando.

— Deve ser o Peter, nós precisamos ir Em...- Alice disse pegando sua bolsa .

— Vamos....

— Hey meninas esperem…- Regina foi até as filhas e entregou uma caixinha para Alice.- fica de olho os horários estão na caixa.

— Oh por que ela fica com meus remédios?!- Emma perguntou indignada.

—Porque da última vez que você ficou com os remédios na escola....

— Ok.... ok já entendi vamos Ally.

Emma e Alice saíram da cozinha deixando apenas os pais ali, e foram até a porta.

— Bom dia amor.- Alice deu um beijo em Peter.

— Tô no carro quando acabar a sessão agarramento.- disse Emma rindo e indo para o carro do cunhado.

— Bom dia Princesa....- disse o menino ao se separar do beijo pondo uma mecha atrás da orelha da menina.- e bom dia para você também cunhadinha.- rindo para Emma....- Tem surpresinha para você lá no carro.

Ally olhou para ele que piscou para ela, assim que Emma chegou na porta do carro viu Daniel sentado no banco de trás, o menino sorri ao ver Emma e ela sorri de volta, Peter que estava ainda na porta com Alice, passou do lado da menina e disse:

— Nunca diga que não fiz nada por você cunhadinha.- como ele falou baixo só Alice e Emma ouviram.- Então Emma o Dan vem com a gente hoje apesar de morar do lado da minha casa há anos e ter uma moto hoje ele pediu uma carona, sei lá teve problemas com a moto.

— Tudo bem por mim....

— Claro que está. – Alice cortou Emma de maneira debochada recebendo um olhar irritado da irmã.

— Vamos gente se não a gente vai se atrasar.

— Sim vamos.-Emma entra no banco de trás.

Peter e Alice entram em seus lugares de motorista e carona respectivamente e então eles seguem para escola.

Dentro da casa Robin e Regina ainda se encaravam, eles haviam tomado uma xicara de café cada um e estavam ali olhando um para o outro já fazia algum tempo.

— Está pronto?

— Não mas vamos....