Kiss me in the Rain

Capítulo 4


Clint: Tudo pronto, Cap.

Steve: E onde está Romanoff?

C: Nossa. Você com isso de Romanoff... Sério, o que está acontecendo?

Steve fez uma cara de que não está compreendendo o questionamento do Gavião Arqueiro.

C: É, você e Nat andaram por um tempo tão próximos, tão próximos que até eu senti ciúmes, me senti trocado pela minha melhor amiga e não conseguia nem sentir raiva porque vocês dois eram tão naturais que seria impossível não vê-los trabalhando juntos, daí do nada vocês passaram a ficar formais um com o outro...

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S: Não sei do que está falando.

Steve disse enquanto ajeitava sua mochila no compartimento superior do jato dos Vingadores.

C: pff sei, só estou dizendo que...

S: Estamos muito bem. Nossa relação é como qualquer outra. Profissional.

Clint achou melhor não insistir no assunto e se sentou no banco do piloto ativando os painéis e controladores.

Natasha estava a caminho do jato, mas ao sair do quarto com sua mochila e caminhar pelos corredores da Base dos Vingadores, rumo a pista de decolagem, deparou com um Bruce Banner deprimido numa das salas de estar da Base. Ele não podia vê-la, mas ela podia vê-lo e ela sabia que ele estava ali de propósito para que ela o visse e por saber disso a vontade dela era ignorar e seguir seu rumo, mas ela por algum motivo se sentia em dívida com ele, e parou pra conversar.

N: Ei grandão

B: Ei.

N: Desculpe por mais cedo, eu não estava de bom humor.

B: O seu humor eu entendo, mas cada dia você fica mais distante. É algo que fiz?

Natasha suspirou e sentiu remorso pelo tratamento frio que tem dado a ele e por não estar sendo completamente honesta. Algumas pessoas eram realmente difíceis pra Natasha usar, ainda mais depois de ganhar total confiança delas.

N: Não, não é nada com você.

B: Aquela velha história... Não é você, sou eu e...

Bruce falou sorrindo, mas seus olhos estavam tristes e conformados como quem já esperava uma decepção a caminho.

Natasha é muito boa em expressões faciais, ela logo sacou e não sabia se devia consolá-lo, se devia dar esperança, se devia ignorar e esperar pra saber o que ela sente. Sente...

Natasha sentia que tinha algo de errado quando falavam dos sentimentos dela por alguém. Nem ela mesma sabia que tipo de sentimento tinha pelas pessoas, muito menos sabia se sentia alguma coisa por Steve. ‘Não’, ela pensou. Bruce, não sabia o que sentia por Bruce, todos acham que ela namora ele, ele mesmo deve achar que são namorados, então por que ela não achava que eram? Por que não sabia o que sentia? A única certeza era que ela se sentia uma usurpadora.

Natasha precisava decidir agora o que Bruce devia fazer em relação a ela. Esperar por ela, esquecer ela, odiar ela... Ela fechou os olhos brevemente, suspirou e depositou um selinho sobre os lábios de Bruce.

B: Isso foi bom. Muito bom, mas por que soou como uma despedida?

N: Estarei fora apenas por alguns dias.

Bruce deu um sorriso meio acanhado e ajeitou o óculos.

N: Até mais.

B: Até.

Natasha entrou dentro do galpão onde ficavam os jatos dos Vingadores, e balançou a cabeça negativamente. ‘Dei esperança? O que foi isso? Por que?’ Era o que ela pensava enquanto caminhada até avistar Steve dentro do jatinho. ‘Isso é o porquê’.

Natasha entrou e colocou suas coisas embaixo do banco.

C: Podemos ir ou a madame quer tempo pra fazer as unhas também?

N: Podemos ir ou você pretende deixar seus filhos orfãos de pai?

C: Ui!!! Vamos nessa.

Clint fechou as portas, esperou a pista de decolagem ficar livre e decolou. Natasha sentou-se ao lado de Clint e colocou um dos fones.

N: Posso pilotar até lá, sozinha.

C: O meu bebêzinho? Você acha mesmo?

Natasha o olhou como se estivesse ofendida.

C: Quantos jatos você e o Sr. Rogers aí já destruíram juntos? Não sabe a conta? Nem eu. Vocês juntos e aviões, não dá certo, não, não. Deixa esse bebê comigo.

Natasha ficou irritada, pois pilotar iria distraí-la do clima tenso dentro do jatinho com o Steve.

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Ainda restavam 5 horas de viagem até o local definido por Tony para pousarem e se instalarem. Steve já tinha checado os mentimentos, munições e equipamentos 3 vezes, estava tudo certo. Decidiu gastar um tempo, desenhando. Sentou-se, apoio um bloco de papel sobre as pernas e começou a rabiscar vários traços que ainda não tinham formato.

Natasha não estava no momento que Steve já tinha conferido os suprimentos da viagem e se levantou para fazer a inspeção. Assim que ela começou a mexer nas coisas, Steve notou seu movimento e a alertou.

S: Conferi antes de sairmos.

Natasha olhou para ele.

S: 3 vezes.

Natasha confirmou com a cabeça e bateu os olhos no bloco de desenhos do Steve. Steve notou e ficou imediatamente com vergonha. Geralmente ele espera algum tipo de piada dela, mas o clima entre eles não permitia.

Natasha observava o bloco e tentava decifrar o que ele estaria desenhando. Ela sabia que não tinha nada a ver com a missão, mas pelos deuses ela sentia falta de conversar com Steve. Ela queria qualquer desculpa pra falar com ele, até se fosse discussão ela ficaria satisfeita, pois a atenção dele estaria direcionado a ela. E ela não devia desejar tanto isso.

N: Está desenhando o local para onde vamos?

Steve finalmente desviou os olhos do papel para aqueles olhos verdes e fatais de Natasha. Ele podia sentir frio na barriga só de olhar pra ela. Ele não lembrava de ter visto nada tão bonito assim na vida dele. Como era difícil. Era muito difícil estar tão perto, muito difícil assumir que ela gosta de outro. Muito difícil ser amigo e líder dela. Só amigo.

S: Não. Só estou me distraindo.

N: 5 longas horas de viagem.

Disse Natasha enquanto se moveu lentamente até o banco e sentou ao lado de Steve, sem enconstar nele. Ela queria que ficasse tudo bem entre eles. Queria dissipar esse clima estranho entre eles.

Steve, é claro, ficou mais desconfortável que nunca. Ele era apenas aquele garotinho do Brooklyn novamente, só que num corpo mais forte. Ele nem notou mas seus dedos estavam tremendo um pouco.

N: Eu não sei o que é, mas parece que vai ficar bom. Posso?

Natasha perguntou, enquanto encostava a mão no bloco da papel e pedia autorização para olhar os desenhos.

Steve sempre considerou seus desenhos muito pessoais, não gostava de se exibir. Ele queria dizer não, mas seu cavalheirismo impedia. Entregou o bloco para Natasha.

Nesse momento, Clint apenas espiava pelo retrovisor do jato e balançava a cabeça negativamente. Steve e Natasha, na verdade esqueceram que Clint estava ali. E era normal. Acontecia sempre que estavam juntos.

Natasha foi virando as folhas e vendo os desenhos de Steve e ficou chocada com a habilidade dele. Os desenhos eram muito bons.

N: São realmente muito impressionantes. Eu sabia que desenhava, mas não sabia que era bom nisso. Tem algo que você faça que não seja bom?

Steve finalmente sorriu para ela.

Bingo! Natasha pensou ao ver o sorriso de Steve, aquele sorriso doce com esse olhos brilhantes que ela amava. Natasha finalmente encontrara uma brecha para quebrar o gelo com Steve.

Os dois conversaram sobre cada desenho, e riram das representações de Thor e Tony. Natasha riu principalmente do desenho que Steve fez de seu escudo, e que tinha um mini Sam Wilson desenhado, obviamente pelo próprio Sam ou uma criança de 7 anos. Steve confirmou ser obra do Sam e Natasha disse que era bem do feitio dele.

Depois de virar diversas páginas, Natasha viu um desenho que chamou sua atenção, era de algum lugar que ela conhecia e não conseguia lembrar de onde. No desenho tinha algumas árvores, riscos que lembravam pingos de chuva e uma rocha grande que formava um arco.

Natasha lembrou de onde era essa imagem: Foi aonde eles se beijaram na chuva.