Who are you?

Hey Brother!


POV Felicity Smoak

Ver o desespero de Oliver ao me ver fez querer desistir de tudo o que eu tinha planejado e lhe contar toda a verdade. Quando ele me abraçou quase me esmagando contra seu peito eu me senti segura, protegida de qualquer coisa que pudesse me fazer mal. Eu cheguei a pensar por um momento que estando ao seu lado poderíamos enfrentar qualquer ameaça, mas minha consciência parou de sonhar e voltou a realidade, aonde eu teria que deixar Oliver e toda a equipe, sem ter a certeza se alguém dia eu voltarei a vê-los e sabendo que quebraria o coração de Oliver. Decido deixar de pensar no inevitável por hora, tenho que aproveitar todo o tempo que eu ainda tenho junto a eles.

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—Desculpe por sumir e deixar vocês preocupados, mas eu tive uma emergência e não deu tempo de avisar vocês e para completar eu acabei esquecendo o meu celular na empresa. _Enquanto eu falava estava tentando formular uma história no mínimo um pouco convincente para o fato de eu ter desaparecido por 3 dias, nada parecia ser o suficiente até que eu olhei para Roy.

Eu já estava escondendo várias coisas deles, mas eram coisas que eu não podia contar a eles por causa da segurança deles, e também tinha medo da reação deles, afinal eles poderiam nunca me perdoar por mentir ou não aceitariam quem eu era. Em meio a tudo isso decido que pelo menos os contarei uma verdade. Eu descobri sobre Roy um pouco antes “apagar” a minha memória, minha mãe pouco tempo depois de se casar com Lucius acabou conseguindo lembrar para onde tinha ido quando me abandonou em Vegas. Depois do casamento eram raros os dias que ela se esquecia de mim, mas era raro ela se lembrar de quando me abandonou, acho que são lembranças muito dolorosas para ela. Segundo minha mãe naquela época algum conhecido da família comentou que Ronald não estava mais em Vegas, ele tinha se mudado para Starling City, e minha mãe que só se lembrava dele sendo o homem da sua vida, um cara amoroso que a ajudou a criar sua pequena garotinha como se fosse sua própria filha, não pensou duas vezes antes de ir atrás dele. Depois de me pedir desculpas diversas vezes por ter me abandonado sozinha quando eu tinha apenas 7 anos, ela me contou que o Ronald que ela encontrou em Starling não era o mesmo Ronald Harper que ela havia conhecido alguns anos antes, ele tinha se entrego a bebida e não conseguia mais se manter em nenhum emprego, mesmo assim ela decidiu ficar com ele, como ele havia ficado com ela quando ela não tinha nada, mas um dia ela se lembrou de mim e a primeira coisa que fez foi voltar para Vegas, só que eu já não estava mais lá, pouco tempo depois ela descobriu que estava grávida e contou a Ronald, que voltou para Vegas. Assim que o bebê nasceu Ronald decidiu trazê-lo para Star City, com a desculpa que minha mãe não tinha capacidades de criar um filho. O impacto de “perder” seus dois filhos foi tão grande que minha mãe acabou tendo uma crise e se esqueceu de tudo, exceto que ela era uma garçonete em Vegas. Voltando ao assunto principal, logo que minha mãe me contou que eu tinha irmão eu comecei a procura-lo e acabei descobrindo que ele era Roy Harper, e eu só não fui até ele e contei quem eu era porque eu não queria o envolver com a vida que eu levava, mesmo assim tentei do jeito que pude ajuda-lo. Sabe eu odeio coincidências, então eu acho que em algum lugar já estava escrito que eu iria reencontra-lo e é tão inacreditável ser dessa forma, desde que eu o conheci eu senti uma ligação, mas eu nunca imaginaria que era porque nós somos irmãos. Até porque você não se lembrava desse fato Felicity sua anta.

—FE-LI-CI-TY. _Ouso a voz de Oliver ao acordar do meu pequeno transe e ele parece impaciente.

—Oi. _Eu tento ganhar um pouco de tempo me fazendo de desentendida.

—Eu estou te chamando a um bom tempo e você só ficou parada olhando para nada. Eu te perguntei que emergência tão urgente que te fez sumir por três dias. _Ele tinha os braços cruzados sobre o peito em uma postura intimidante, que nunca funcional comigo.

—Eu vou dizer, mas primeiro eu quero a minha cadeira. _John se pôs de pé, indicando a cadeira para eu poder me sentar. –Eu espero que vocês não tenham estragado os meus bebês. _Eu estava falando sério, deu muito trabalho configurar aqueles computadores e os tornar praticamente impenetráveis.

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—Não se preocupe os seus “bebês” estão bem Felicity. Agora nos diga aonde você estava. Todos ficamos preocupados, e sabe o quão difícil é lidar com o Oliver de mau-humor? _Diggle zombou de Oliver que apenas fechou a cara em resposta.

—E-eu estava com a minha mãe. _Tinha que pensar na melhor forma de contar a eles.

—Por que? Aconteceu alguma coisa? _Oliver indagou preocupado.

—Não. Quer dizer sim. _Eles me olharam confusos. – Não aconteceu nada de grave, minha mãe está bem, mas ela me contou uma coisa e eu estive ocupada me certificando do que ela falou. _Eu expliquei, sem realmente explicar nada.

—O que foi que ela te contou? _Todos olharam para Roy que até então estava calado. –O que eu estou curioso. _Ele deu de ombros.

—Sabe que eu não costumo falar muito sobre a minha família, mesmo depois que vocês conheceram a minha mãe. _ Parei de falar para tomar um pouco de fôlego, era uma história longa e eu só conseguiria conta-la se o fizesse de uma só vez. –Minha era uma garçonete em um cassino quando conheceu o meu pai, eles tiveram um caso, mas acontece que meu pai já era casado e não demorou muito tempo para o que ele tinha com minha mãe acabar e ele voltar para a família dele. Assim que minha mãe descobriu que estava grávida decidiu me criar sozinha, então não disse ao meu pai que estava grávida, mas ele de alguma forma descobriu. Mesmo tendo outra família meu pai deu todo o apoio que minha mãe precisava enquanto estava grávida, e nesse tempo ela conheceu um homem, um especialista em computador que começou a trabalhar para o cassino aonde ela insistiu continuar a trabalhar, apesar das constantes queixas do meu pai. Minha mãe se apaixonou por esse homem assim como ele se apaixonou por ela, mesmo sabendo que ela estava grávida de outro, ele me aceitou e me criou como se eu realmente fosse sua filha. Quando eu tinha 6 anos, eu e minha mãe sofremos um acidente grave de carro, e ela acabou ficando com sequelas devido a um trauma na cabeça. Minha mãe desenvolveu um distúrbio mental chamado fuga dissociativa, quando ela é exposta a fortes emoções isso desencadeia uma crise e faz ela se esquecer, algumas vezes ela não se lembra de alguns dias, nas outras ela se esquece de anos inteiros. Nos meses após o acidente as crises eram frequentes e na maioria dos dias ela não se lembrava de mim, então eu ficava a maior parte do tempo com o meu pai, até ele morreu e eu voltei a Vegas. O marido da minha mãe não aguentou a pressão, se tornou muito difícil para ele ter que todo dia a explicar quem ele era, quem ela era e quem eu era, então um dia ele simplesmente foi embora, abandonando nós duas. _Tenho que parar pois sinto uma lágrima rolando pela minha bochecha.

—Felicity isso não tem nexo, a Donna que nós conhecemos não parece ter doença nenhuma, muito menos uma associada a memória. Quer dizer, ela está sempre citando histórias sobre quando você era mais nova. _Oliver estava encostado em uma mesa com os braços cruzados olhando diretamente em meus olhos enquanto falava, ele tinha feito um movimento indicando que ia se aproximar de mim, mas sinalizei com a mão para ele manter um pouco de distância.

Pelas expressões de Diggle e Roy vejo que eles concordam com Oliver, até porque qualquer um que visse minha mãe pensaria que o único problema dela é se vestir como uma atriz pornô.

—Me deixe terminar, não está sendo fácil falar sobre isso. _Limpo outra lágrima que cai do meu olho. –Depois que o meu pai morreu e o homem que eu considerava meu pai me abandonou eu comecei a tomar conta da minha mãe, com tudo o que tinha acontecido suas crises passaram a ser parte da rotina, sendo raros os seus dias bons, onde ela se lembrava de mim. Um dia depois de uma semana de dias bons, minha mãe decidiu voltar a trabalhar no cassino, após dois dias ela não voltou para casa e eu tive que me virar sozinha durante 6 meses. O que minha mãe me contou é que ela se lembrou para onde ela foi quando me abandonou, ela acabou descobrindo por um conhecido aonde o homem que tinha nos abandonado estava, então ela se esqueceu de mim e foi atrás dele. A minha mãe depois que ela se casou está bem melhor, agora suas crises são raras e é por isso que ela parece uma pessoa normal. _Vejo que o fato da minha mãe ser casada pegou a todos de surpresa. –No tempo que minha esteve fora, ela encontrou o homem e juntos eles tiveram um filho, mas o homem não a deixou ficar com o bebê porque ele não achava que minha mãe tinha capacidade para cria-lo. _Eu encaro a todos esperando uma reação, eles parecem pensar e até chegam a abrir a boa para dizer algo, mas nenhuma palavra é dita.

—Uau! Um irmão? Ele é muito novo? Ele é bonito? Me arruma o número dele? _Eu já tinha falado com Thea a respeito de Roy e ela agora tentava fazer graça para quebrar o clima tenso que tinha se formado.

—Thea. _Oliver rosnou para ela.

—O que? Estou à procura de um bom partido. E quem melhor do que o irmão da Fel? _Ela piscou pra mim e eu ri.

—Você estava fora procurando o seu irmão perdido? _Diggle mais afirmou do que perguntou enquanto sorria como se tivesse solucionado um grande mistério.

—Isso, mas eu não tive que procurar muito, na verdade foi até fácil o encontrar. O difícil foi digerir a ideia que eu tinha um irmão. Me desculpem por ter preocupado vocês, mas eu realmente precisava ficar sozinha. _Soltei um longo suspiro, como se estivesse aliviada.

—Não tem problema, só não faça isso de novo. Da próxima vez nos avise que precisa de um tempo, sei como muito tempo com esses caras pode ser estressante. _John sempre compreensivo, pelo menos quando se tratava de mim.

—-Sim papai. _Eu reviro os olhos arrancando risos dos outros.

—Fel, beleza que você precisava de um tempo para digerir a ideia e coisa e tal, mas agora que digeriu a notícia você podia contar quem é seu irmão, ou só mostrar uma foto dele. Claro porque agora que você tem um irmão, Oliver vai ter que pedir a autorização dele para poder de namorar. _Roy parecia uma criança que acaba de ganhar um brinquedo novo de tão feliz que estava por ter algo para irritar Oliver, até fez uma imitação com a ajuda de Diggle, que também não poderia perder a chance de zoar com Oliver, de como seria essa cena de Oliver com o meu irmão.

Logo estávamos todos morrendo de ri, não só da cena dos meninos, mas também da carranca de Oliver, sentirei falta de momentos como esse quando for embora.

—E então Felicity, quem é ele? _Oliver estava claramente tentando mudar o foco do assunto.

—Essa é a parte complicada. _Eu murmurei para mim mesma, mas claramente todos ouviram. –Quando minha mãe me abandonou, ela acabou vindo para aqui em Star City, ou seja, meu irmão vive aqui. _Oliver arqueou uma sobrancelha como se não acreditasse no que eu tinha acabado de dizer.

—Por que é complicada? Será que nós já o conhecemos? _Diggle foi quem levantou a questão.

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—Foi um dos caras que a gente colocou na cadeia? _Foi a vez de Roy, que como resposta recebeu um tapa no seu braço vindo de Thea.

—Felicity. _Foi só o que saiu da boca de Oliver.

—-ORoyéomeuirmão. _Saiu tão rápido que nem eu entendi por isso recebi vários olhares confusos na minha direção. –O Roy é o meu irmão, quer dizer meu meio-irmão porque somos filhos de pais diferentes, mas como somos filhos da mesma mãe nós somos irmãos e. _Eu dei um longo suspiro, contei até três e parei de falar.

—Nós somos irmãos? _Roy ficou apontando dele para mim durante um tempo incrédulo.

—Sim, nós somos. Minha mãe era casada com Ronald, seu pai. Depois que ele nos abandonou, minha mã... quer dizer nossa mãe veio atrás dele, mas ele já não era mais o homem por quem ela se apaixonou, então eles terminaram e ela voltou para Vegas, pouco tempo depois ela descobriu que estava grávida e contou para Ronald, então ele assim que você nasceu te trouxe para cá. _Eu resumi a história para ele.

—E por que ela não veio atrás de mim? _Roy parecia estar magoado.

—Ela teve uma crise logo em seguida Roy, ela não se lembrava nem qual era o nome dela e isso se prolongou por meses. _Fui para perto dele para conforta-lo. –Às vezes até de mim ela se esquece. Sempre que algo causa algum dano nela, ela esquece. São raros os dias bons que ela se lembra de tudo, como o que aconteceu a três dias quando ela me contou sobre a sua existência. _Isso em parte era verdade, foi em um de seus dias em que ela se lembrava de tudo, pouco tempo depois de seu casamento que ela me contou sobre ele.

—Olhe pelo lado bom da situação. _Thea falou depois de um tempo. –Oliver vai ter que te pedir permissão para ficar com a Fel. _Thea tinha nos lábios um sorriso malicioso, e aquilo fez todos nós rimos, acabando com a tensão que tinha se formado depois da minha revelação.