Who are you?

That's me


Pov Oliver Queens

Os heróis que estavam no meu esconderijo se revezavam para contar o que estava acontecendo, como Waller queria reativar o projeto CADMUS e que para isso ela precisava de Megan Thompson, ou melhor da minha Felicity, e qual era o papel da Liga dos Assassinos nisso, e como antigamente os dois tinham uma parceria que foi renovada já que eles tinham um objetivo em comum, capturar Felicity.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— A questão da Liga das Sombras é um pouco mais complicada, eles querem restaurar a ordem que os últimos confrontos abalaram e para isso eles precisam lidar com todos que contribuíram para isso. _ O Batman mostra algumas fotos do conselho da Liga reunido.

— Você, eu, Thea, Malcolm, Tommy, Bruce, Felicity e Damian. É uma lista até grande. _ Sara disse dando de ombros. – Mas claro alguns são mais importantes que outros. _ Ela tira o garoto de cabelos pretos que eu assumo ser Damian de perto do meu arsenal de flechas.

— Já tínhamos feitos algumas dessas conexões enquanto procurávamos por Felicity. _ Laurel apontou para um quadro em que mantínhamos as informações que conseguimos sobre o seu desaparecimento.

— Sobre isso, por que estavam me procurando? Eu não sumi, vocês sabiam para onde eu tinha ido. _Ela parecia intrigada. - Eu achei que tinha feito a saída perfeita, com todos com raiva de mim pela minha traição ninguém iria tentar me localizar tão cedo.

— A questão sempre foi o porquê você saiu. Eu nem por um segundo comprei aquela história que você tinha traído Oliver. _ É claro que Diggle não ia acreditar, ele estava lá desde o início da nossa história, sabia como nós no amávamos.

— Foi apenas uma armação, eu fingi namorar Bruce para ter um motivo para ir embora. _ Felicity é rápida em explicar quando recebe um par de olhares estranhos das crianças.

— Nojento. _ As crianças comentam baixinho enquanto fazem uma careta.

— Para nossa sorte, Curtis também não acreditou na sua história e como maior fã de Olicity, ele conseguiu provas que as fotos eram uma armação e que você nunca saiu de Star City quando sumiu. _ Roy deu um meio sorriso para a irmã ao contar sobre como foi seu amigo que nos deu as primeiras pistas para o mistério.

— Olicity? _ Barry compartilhou um sorriso travesso com Hal. – Eu preciso conhecer esse cara, talvez eu entre para seu fã clube. _ Eu lancei um olhar assassino para ele e Felicity balançava a cabeça não acreditando nas piadas que Barry e Hal estavam fazendo sobre o assunto.

— O plano era trazer Felicity para casa e mantê-la segura, mas houve alguns contratempos e Amanda descobriu aonde Orion estava com Hayle antes de Diana poder chegar até ela. Orion é um homem muito inteligente, deixou Hayle em segurança enquanto levava Waller para longe do seu rastro. _ Com as informações que Bruce dá eu entendo o que levou Felicity a Burbank e o temor de Sarah em relação a Amanda.

— Tinha muito coisa acontecendo na época e eu não queria chamar a atenção de ninguém, então eu mesma fui buscar Hayle em Burbank. Achávamos que tinha dado tudo certo quando fomos encurralados na estrada. A Liga tinha nos cercado, eram muitos e eu e Dick tentamos lidar com eles, mas falhamos, por sorte conseguimos reforço. _ Felicity aponta para Hal e Kara que agora está com Caitlin e a garotinha.

— Mas nós os subestimamos e você e Hayle se feriram. _ A voz de Hal era baixa e grossa agora, a primeira vez que ele estava sério desde o início de tudo isso, era possível perceber a culpa que ele sentia em suas palavras.

— Não foi culpa de vocês Hal, achamos que tínhamos os derrotado, não tinha como prever o que aconteceu a seguir. _ Felicity tenta aplacar a culpa do Lanterna.

— Elas foram baleadas e foi assim que eu e Caitlin fomos incluídos nessa história. _ Assim que assimilo as palavras de Barry, meus olhos correm o corpo de Felicity a procura de algum vestígio de que ela ainda estava machucada.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Não nos levem a mal, mas tentamos restringir ao máximo o número de pessoas envolvidas, para a segurança de todos. Se Felicity e Hayle não estivessem correndo risco de vida, Dick nunca teria pedido a ajuda do Kid Flash, ou da senhorita Snow. _ Superman é sempre calmo e diplomático, tentando manter a situação sobre controle.

— Wally teve trabalho para levar todos nós para longe de Central City , a situação já estava muito estranha quando Caitlin me ligou e me pediu para voltar para o Star Labs. _ Barry falava enquanto se alternava entre olhar para nós e para as crianças com que ele estava conversando.

— Eu acho que me lembro de Cisco comentar algo comigo, sobre uma pegadinha que o Lanterna Verde pregou em vocês e como ele iria manda-lo para uma dimensão estranha, onde tinha um pato como super herói? _ Roy terminou parecendo meio em dúvida sobre algo.

— Era um super coelho e por isso eu pretendo manter distância de Central City por tempo indeterminado. _ Hal tinha uma carranca e os braços cruzados.

— O que você fez ajudou a salvar a vida delas, não a nada para se envergonhar por isso. Vocês fizeram bem confiando neles, quem sabe quais seriam os resultados se tivessem agido diferente ou se fossem outras pessoas a terem que decidir o que fazer. _ As palavras de Bruce parecem ser uma surpresa para todos, menos para Felicity que dá um pequeno sorriso.

— Quando tudo foi resolvido, elas voltaram para Gotham acompanhadas da doutora Snow e Kara como reforço. E nós fomos para lá o mais rápido que pudemos. _Diana termina de narrar a história.

— Você esteve em Central City, apenas algumas horas daqui. Você podia ter ligado, nós estaríamos lá o mais rápido possível. _ Roy parecia chateado agora.

— Eu sei disso, é por isso que eu liguei. Eu não queria vocês lá. _ Roy agora parecia um cachorro que acabará de ser chutado. – Eu queria vocês longe, em segurança. Já haviam pessoas demais envolvidas, e todas elas agora são um alvo. Eu fui embora porque eu não podia pedir vocês que colocassem suas vidas em risco por mim. Tudo bem que tudo o que fiz foi inútil porque eles vieram atrás de vocês da mesma forma, e todo meu plano perfeito foi por água a baixo, mas vocês ainda estão vivos, por isso eu acho que tomei a decisão certa ao ir embora. _ Felicity fala com uma certeza que eu poucas vezes vi.

— Nós descobrimos qual é o plano deles, ou melhor o plano de Lex Luthor. Ele quer criar seus próprios metahumanos. _Bruce é quem quebra o silêncio e retoma a conversa.

— Como? Ele tem um acelerador de partículas como o da Star Labs? _ Laurel arque-a as sobrancelhas em dúvida.

— Uma explosão de matéria negra não é a única forma de dar poderes a alguém senhorita Lance. _ Superman diz do seu lugar ao lado de Diana.

— Eles conseguiram replicar o mirakuru? _ Roy parece assustado com essa possibilidade devido aos seus traumas passados.

— Não exatamente. O mirakuru é muito instável. _ Ela para um pouco para pensar. - O que o CADMUS pretende é forçar a evolução humana, criando uma espécie de supersoldados. _ Caitlin tenta nos explicar, se atrapalhando um pouco com as palavras.

— Controlados pelo Luthor. _ Diggle diz entre os dentes fechando as mãos em formato de punho.

— Exatamente. _ Hal afirma imitando a reação de Diggle. – E é por isso que não podemos permitir que aconteça.

— Mas isso é possível? _ Roy olha de um lado para outro esperando uma resposta.

— Infelizmente sim. _ Diana confirma e eu começo a entender as proporções da situação em que estamos.

— E como vocês sabem? _ Laurel é quem pergunta ainda um pouco incrédula, de todos nós ela é a que menos tem experiências com coisas fora do normal.

— Porque já foi feito antes. _ Os olhos dos nossos visitantes se viram para Felicity e eu tento entender o que isso significa.

— Lex ainda não tem a fórmula, mas isso não significa que ele nunca vai ter. Ele irá continuar tentando, a custa de vidas inocentes. _O tom de voz de Clark me surpreende, aparentemente é um assunto muito pessoal para ele.

— Nós iremos destruir os laboratórios aonde Luthor faz suas experiências. _Kara vai até os computadores e logo uma série de nomes e locais aparecem nos monitores, e em algumas fotos é possível ver os laboratórios.

— E eu irei até Nanda Parbat para conversar com a Liga, eles não querem que o mundo entre em colapso, conheço Ra’s Al Ghun, talvez eu possa convencê-lo que o combate não é a melhor solução. E é aí que vocês entram. Como foi dito anteriormente meus parceiros foram atacados, Gotham não é mais segura para eles. Nós precisamos saber que enquanto estávamos lá fora, eles estarão protegidos. Waller não irá desistir, CADMUS é sua vida e ela fará tudo para ter o controle. _ Bruce parece preocupado o que me deixa um pouco aflito, ele não era de deixar transparecer muitas emoções, Amanda era um perigo a ser reconhecido, ela tem o costume de eliminar qualquer um que se coloque em seu caminho.

— Star City é minha cidade e ninguém ameaça ela ou as pessoas que estão aqui sem antes ter que passar por nós. _É a primeira vez que eu falo durante toda a conversa e minha voz saí mais grossa e dura do que eu pretendia.

— Era isso que eu esperava de você. _Bruce vem até mim e me estende a mão e eu a aperto recebendo um agradecimento dele com um aceno de cabeça.

Eu me mantive no canto da sala enquanto todos conversam, vi Thea e Roy interagindo com a menina e o garoto loiro, Sara e Kara conversavam com o outro garoto, Tommy e Laurel já estavam fora de vista. Diggle e Felicity falavam com os outros.

— Eu acho que já está tarde. Todos tivemos um longo dia, acho melhor descansarmos e nos reunimos pela manhã. Meu apartamento tem espaço para todos se quiserem ficar. _ Eu digo depois de mais meia hora de conversa, eu precisava ficar sozinho para pensar.

— Oliver tem razão, já está tarde e já passou da hora das crianças dormirem. _ Sara concorda comigo e eu a agradeço com o olhar.

— Ei, não temos horário de dormir. _ O garoto loiro reclama.

— Eu não estava falando de vocês Connor._ Sara diz apontando para Hal e Barry que cochilavam em suas cadeiras arrancando risos dos outros.

— Aceitaremos sua oferta Oliver, será melhor se ninguém souber que estamos na cidade, será algo difícil de explicar. _ Clark diz e eu penso em como nós poderíamos explicar o que um bilionário, dois jornalistas, um força aérea, uma princesa, um csi, uma médica e duas pessoas que presumidamente deveriam estar mortos fazem juntos.

— Thea você pode leva-los até lá? _Eu digo lhe jogando a chave para o meu carro.

— Claro, mas e você? _ Ela me indaga sem entender.

— Eu irei depois. _ Ela entendeu o recado e liderou o caminho para a saída.

Assim que todos estão fora de vista eu grito e derrubo tudo o que havia na mesa, ainda grunhindo de raiva eu viro as macas e procuro meu próximo alvo. Eu estou frustrado, como eu pude deixar tudo isso passar? Como eu não descobri antes o que estava acontecendo? Ela poderia ter morrido, quer dizer elas poderiam ter morrido e talvez eu nunca ficasse sabendo porque era teimoso demais para ver o que estava na minha frente. Felicity me amava, ela deu mais provas que o necessário, eu nunca deveria duvidar disso, e mais uma vez ela mostra que é uma pessoa melhor que eu, a ir embora apenas para nos manter seguro. Mas ela cometeu o mesmo erro que eu, achar que precisa lidar com o peso do mundo sozinha, ela poderia ter confiado em mim, eu a ajudaria, eu a protegeria, eu faria tudo por ela. Faria mesmo Oliver? Ou você iria surtar por ela ter mentido para você, ou a acusar por todas as coisas que ela já fez sendo que foi ela quem fez você encontrar outra maneira. As perguntas vão surgindo na minha cabeça e eu vou ficando ainda mais frustrado quando eu não consigo saber qual seria a resposta, eu começo a socar o saco de areia, cada vez mais forte.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Eu ouço um barulho e em segundos eu já estou com meu arco nas mãos e uma flecha apontando para o invasor.

— Oi, calma sou só eu. _ Felicity está parada com os braços levantados e eu suspiro aliviado abaixando meu arco.

— Eu poderia ter atirado em você. _A repreendo.

— E acho que eu poderia ter merecido. _Ela se aproxima lentamente de mim, brincando com as mãos e evitando meus olhos.

— Felicity. _ Minha voz sai quase como um sussurro, ela não poderia estar falando sério.

— Não Oliver, eu menti para você, depois de brigar inúmeras vezes por você não me contar as coisas.

— Eu entendo Felicity. A ilha também foi um tempo traumatizante para mim. _ Eu sorri tentando lhe passar segurança, queria que ela visse que eu entendia o porque dela ter ido embora.

— Eu acho que você não entende Oliver. Não é apenas sobre traumas do passado. _ Ela continua a evitar meus olhos, como se não pudesse me encarar.

— Então porque você não me conta?_ Eu seguro suas mãos e a encaro, eu quero que ela confie em mim para me deixar saber o que aconteceu com ela.

— Achei que tinha feito sua própria pesquisa sobre mim. _ Ela sorri tentando mudar de assunto andando para aonde estava o quadro de informações.

— Eu não me importo para o que achamos, eu quero saber por você o que aconteceu. Quem é Felicity Smoak. _ Eu a seguro pelos braços olhando diretamente para seus olhos.

— Você sabe quem Felicity Smoak é Oliver. Ela é a garota do IT, que não tem um filtro para o que fala, que sempre vê o lado bom da situação, tem uma tendência a tornar momentos sérios em constrangedores, e o mais importante, ela ama você. _ Ela acaricia meu rosto e eu fecho os meus olhos tentando gravar no meu cérebro a sensação de estar com ela.

— Não, não é só isso, ela também é Megan Thompson a lenda do mundo dos espiões, ou Cassandra Sandsmark a gênio da engenharia de computação de Harvard, e sei lá quem mais ela é. _ Eu me afasto ao abrir meu olhos e ver uma foto de um arquivo de missão de Megan que está no quadro.

— Não, nenhuma delas sou eu, nunca foram. _ A tristeza era nítida em sua voz.

— Então quem é você? _ Eu pergunto quase em uma suplica.

— Olha Oliver. _Ela parece pensar, começa a falar várias vezes, mas depois volta atrás.

— Você sabia? _ Eu agora estou de costas para ela, e de frente para o quadro.

— O que? _ Ela diz sem entender o que quero dizer.

— Você conhecia Sandra, a conhecia a anos. Você sabia? _ Eu aponto para uma foto de Sandra e Alan.

— Sim, eu sabia sobre Connor. _ Ela dá um longo suspiro e confirma algo que eu temia.

— Como você pode não me falar? Eu tenho um filho Felicity, um que eu poderia nunca ter conhecido se metade do mundo não estivesse tentando te matar. _ Eu grito com ela enquanto ando de um lado para o outro.

— Não é simples assim Oliver. _ Ela tenta me acalmar.

— Como não? Você não poderia ter escondido meu filho de mim, MEU filho. Mas eu acho que você não entende o quanto isso significa para mim, você abriu mão da sua filha, ela esteve por anos passando de mão em mão. _ Tudo o que sinto é o impacto da sua mão em meu rosto e eu dou alguns passos para trás até recuperar o equilíbrio, então sinto o gosto de ferro na minha boca e percebo que seu tapa causou um corte na minha boca.

— Você é um idiota ou o que Queen? Ela abriu mão da vida dela para te manter seguro e você ainda acha que tem o direito de falar. _ O garoto de cabelos pretos está encostado no batente da porta olhando o chão enquanto fala, e quando ele me encara eu sinto um calafrio percorrer meu corpo. – Eu ainda estou tentando entender o que ela viu em você, porque sinceramente para mim você é só um estúpido, arrogante que acha que é o dono da verdade. _ Ele vem caminhando na minha direção. – E eles ainda acham que você é capaz de protege-las, que piada, garanto que não dura nem cinco minutos contra mim. _ Então ele está na minha frente, olhando para cima para poder me encarar.

— Damian, você deveria estar com os outros. _ Felicity tira o garoto de perto de mim e se abaixa até estar na sua altura para poder conversar com ele e posso ver como ela está cansada.

— E você não deveria deixar ele falar dessa forma com você Licity. _ Ele diz e desvia seu olhar para mim numa tentativa de parecer ameaçador, mas ele é apenas uma criança.

— E quem é você? _ Eu cruzei os braços olhando para ele em um desafio.

— Eu sou Damian Wayne, filho de Bruce Wayne e Talia Al Ghun, neto do grande Ra’s Al Ghun , herdeiro do demônio. _ Ele fala com imponência, como se aquilo devesse me assustar ou ter algum efeito sobre mim.

— É eu também já fui uma vez. _ Eu digo fazendo pouco caso das palavras do garoto.

— Damian é meu afilhado. _ Eu então passo a encarar Felicity.

— Como? _ Não fazia sentindo algum ela ser madrinha do neto de Ra’s Al Ghun.

— Alguém ainda te leva a sério como herói? _ O garoto não olha para mim, ele está analisando uma das minhas flechas. – Porque você fica tão centrado em você que não consegue enxergar as evidências. Meu pai deve ter ficado abalado com o que aconteceu com os Robin’s, ou alguém deve ter lhe acertado muito forte na cabeça, só assim para ele achar que você tem alguma habilidade ou que é bom o bastante para elas.

— Bruce é meu irmão mais velho, minha mãe teve um caso com Thomas Wayne. _ Essa era a conexão entre eles que não conseguimos encontrar, e eu nem tento disfarçar minha cara de surpresa.

— Era por isso que você estava no enterro dos Wayne. _ A garotinha no fundo da foto era mesmo ela.

— Em menos de dois anos eu perdi minha família duas vezes, e a culpa foi minha. _ Eu vejo uma lagrima cair e parte meu coração.

— Felicity eu sinto muito, você era apenas uma criança. _ Eu tento me aproximar dela, mas ela se afasta.

— Há muito que você não sabe Oliver, mas a Felicity que você conhece, ela é quem eu realmente sou, quer você acredite ou não. _ Ela se afasta de mim, indo em direção a saída. – E já que se deram bem, você pode levar Damian para o apartamento.

— Licity. _O garoto chama, mas ela não olha para trás e vai embora e ele me lança um olhar que se pudesse me matava.

— O que você fez? _ Estamos em lados opostos da sala em silêncio a vários minutos.

— O que quer dizer? _ Ele pergunta de onde está com o arco de Roy nas mãos.

— Você é uma criança e ela te deixou aqui comigo ao invés de te levar para casa aonde seu pai e todos estão. _ Felicity sabe que eu não tenho nenhuma habilidade com crianças.

— Ela sabe que se estou aqui quer dizer que eu enganei o Flash que deveria nos levar até o apartamento e talvez ele ainda esteja dando voltas pela cidade. _ Ele diz como se não fosse nada quando atira uma flecha e erra o centro do alvo.

— Por que você ficou? _ Eu estava tentando entender tudo o que tinha acontecido e talvez ele pudesse me dar algumas respostas.

— Por que você? _ Ele devolveu a pergunta.

— Eu precisava pensar, muita coisa aconteceu em muito pouco tempo. _ Fui sincero, não havia porque mentir.

— Ela sabia que você ficaria, e você sabia que ela viria atrás de você, então eu fiquei porque eu queria ter certeza que ela estaria bem. _ Ele tenta atirar novamente, mas se atrapalha com o arco.

— Eu nunca a machucaria. _ Eu me levantei indignado com o que ele estava supondo.

— A mais de uma forma de machucar alguém Queen. _ Ele colocou o arco de Roy de volta no lugar e então me olhou como se pudesse ver através de mim.

— Quantos anos você tem 8, 9? _ Eu caminho até onde ele estava, na área de treino.

— 12 quase 13. _ Eu pego um bastão e lanço para ele. _ O que é isso? _ Ele me olha intrigado.

— Um bastão, você foi criado pela Liga, acho que sabe como usá-lo. _ Ele me pega de surpresa e me ataca me derrubando no chão.

— É, eu sei um pouco. _ Ele dá de ombros.

— Você é muito protetor com Felicity. _ Eu me levanto do chão me colocando em posição de combate assim como ele.

— Ela já fez muito por mim.

— Você sempre fala no plural, quem mais você protege? _ Eu tento lhe surpreender, mas pouco antes de o acertar ele se abaixa evitando meu bastão.

— Connor, ele é um bom garoto, tem potencial, mas ainda é um pouco ingênuo. Deve ter puxado a mãe, soube que o pai é um babaca. _ Damian sorri debochando de mim, enquanto se esquiva.

— Talvez se o pai dele tivesse tido a chance de ser o pai dele ele fosse diferente. _ Eu digo entre dentes, colidindo o meu bastão com o dele.

— Acho difícil. _ Ele desvia e após um giro consegue me acertar nas costelas.

— Mas não é de Connor que você estava falando. _ Eu digo tentando recuperar o folego após seu último ataque.

— Não? Sara talvez, ela é forte, mas tem essa tendência a correr na direção da morte. Eu gosto de discutir com ela. _ Ele sorri com descaso, como se aquilo não fosse nada, eu aproveito o momento para derruba-lo.

— Você disse que eu perco as evidências, talvez algumas delas, mas não todas, a garotinha, assim que ela chegou você se aproximou dela e não deixou seu lado até irem embora. Você teve que ter certeza que ela tinha chegado ao apartamento antes de voltar aqui, por isso demorou. _ Eu o prendo no chão usando meu bastão.

— Talvez você não seja tão ruim como eu havia pensado. _ Eu o solto e o ajudo a levantar.

— Quem é a menininha? _Ele me ataca, mas sou mais rápido e saiu dos eu caminho.

— Hayle, o nome dela é Hayle, ela não gostaria de ser chamada de garotinha ou menininha. _ Os seus ataques se intensificaram. – E eu acho que você sabe quem ela é. A questão é você é capaz de admitir para você mesmo quem ela é? _ Ele para seu ataque e me entrega o seu bastão. – Hora de irmos embora. _ Então ele começa a caminhar em direção as escadas me deixando para lidar com peso das palavras dele.

“ A verdade está bem na minha frente, resta saber se eu irei aceitar ou fechar meus olhos.”