All Hell Has An Angel

Capitulo 7 - Noite extremamente estranha


POV. Katie

Uma das piores coisas que já ouvi na vida, foi quando meu pai morreu. Mas uma das coisas mais aterrorizantes que já ouvi foi a última coisa que Jake me disse: “é você! Katie, mistura algumas letras de Prior com Katie!”. Depois, quando eu me toquei do que realmente ele estava querendo dizer, que entrei em desespero. Ao ouvir ele falar: “Corre!” que eu morri praticamente.

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Já faz uns 10 minutos que estamos correndo e não achamos a saída. Na verdade, eu até teria achado, mas dois motivos me atrapalharam: 1) Jake pegou minha mão e saiu me puxando pelo caminho, ou seja, ele correndo por um lugar que nunca foi. 2) Eu estava tão desesperada, que nem tava raciocinando.

Pensando bem, a lenda está certa. É verdade que eu, no dia em que meu pai faleceu, corri pela floresta feito doida. E quando me toquei que estava perdida, fui voltando pelo caminho que minha intuição dizia. Mas, eu fiz um grande erro... enquanto andava na floresta, amaldiçoei tudo e todos. Não foi de propósito! Na hora da raiva e desespero, descontei no mundo! E tudo o que eu mais queria no momento, era morrer... pra não ter que viver aquilo. E uma das coisas que pedi, em voz alta, era que eu morresse... um dos piores erros que já cometi. E agora entendo e admito: as árvores, paredes, animais, tudo... escutam.

Ouço um barulho a minha direita e passo na frente de Jake e começo a puxá-lo para outra direção.

–- Katie! Katie! – ele fica me chamando e puxando minha mãe com força. Ele, provavelmente não está entendendo porque estou mudando a nossa rota.

–- Não é hora de conversar, Jake! Apenas me siga! – digo e mando um olhar para ele, tentando passar o maior possível de segurança e certeza. Não sei porque quero passar isso pra ele se nem eu mesma sinto...

Já estamos chegando ao meio da floresta de novo. Reconheço bem o lugar: o ponto onde a um grande espaço entre as árvores e da pra ver o céu. Olho pras estrelas e seu onde estou. Sei que preciso de correr na direção Leste para chegar em casa. Estou começando a correr e Jake me puxa de repente, quase ‘arrancando’ meu braço de meu corpo.

Com o puxão, vôo em direção a ele e acabo batendo com a testa em seu queixo. Estamos muuito próximos... isso não pode acontecer. Mas, em meio ao desespero, não sei como reagir. Estou desesperada! Minha mente não trabalha tão bem!

Vejo que ele olha pra mim, como se tivesse perguntando mentalmente se ‘pode’. Balanço a cabeça afirmativamente quase imperceptivelmente, então, ele coloca sua mãe em meio queixo e levanta pra eu conseguir olhar pra ele direito.

Sem nem perceber, já estou próxima dele. Ou melhor, nossas bocas estão muuuito próximas e quase estamos nos beijando. Mas me lembro, que não é hora disso. E, com um único movimento, nós dois viramos a cabeça juntos. Parece que conseguimos a consciência de volta juntos...

Ainda bem que está de noite, assim ele não consegue ver quanto estou vermelha. Possivelmente, ele também deve estar envergonhado, mas é melhor esquecer isso por enquanto.

–- Er... vamos?! – digo com a cara virada na direção Leste. – Vem. – digo e, como é pra ‘esquecer’ o que aconteceu, pego em sua mão e começo a puxá-lo na direção certa.

Esse silêncio entre nós está muuito constrangedor. Sinto que ele está com certo receio de pegar em minha mãe firmemente, então aperto sua mão pra ele entender que está tudo bem. Hoje eu to estranha...

Estamos passando em meio a altas árvores, quando ouço um barulho, dessa vez a minha esquerda. Olho na direção e vejo um pedaço da casa que vimos quando chegamos na floresta. FERROU. Preciso fazer alguma coisa para Jake sair daqui...

–- Jake? – pergunto.

–- Hum. – que resposta, né?!

–- Vai na frente. Sei que você não sabe o caminho, mas eu te sigo. – digo e eu mesmo reparo que minha voz mostra que eu estou mentindo. – Vamos correndo. – passa um tempo e ele está no mesmo lugar. PORQUE EU NÃO CONSIGO OLHAR NOS OLHOS DELE? – Vai logo, Jake! Nós temos que sair dessa merda logo!

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Parece que ele se liga só agora do que eu falei e começa a correr, primeiro devagar, depois vai acelerando. Começo a ouvir passos atrás de mim. Provavelmente, Jake não está ouvindo pois ta achando que são minhas passadas. Decido que é hora de deixar Jake ir. Talvez o que quer que esteja nos seguindo, deixe ele ir. Vou diminuindo a corrida e vejo Jake indo pra longe. Ele nem deve ter percebido que estou parando.

Quando ele vira ‘a esquina’, paro bruscamente e espero meu ‘inimigo’. Sinto a presença de alguém atrás de mim. Viro rapidamente pra ver e sinto um pano branco envolvendo minha boca e alguém segurando minhas mãos.

Só agora percebo a merda que fiz. PORQUEEEE?! Pelo menos Jake está bem...

E com esse último pensamento, sinto minhas pernas cederem, meus olhos se fecharem contra minha vontade e meu corpo cair nas mão de alguém.