Loucamente Apaixonada

Convite de Jantar


Samuel Hunter,você é um idiota! Idiota! Idiota!, minha mente gritava enquanto eu percorria uma e outra vez o comprimento do meu quarto indo de um lado para o outro. Você vai me pagar. Não deveria ter feito aquilo, não deveria ter me beijado.

E,oh, Deus, que beijo bom. Eu quero ele por perto de novo. Quero que me explique o que quis dizer com tudo aquilo. Quero bater nele por me confundir ainda mais. Quero que ele me ligue. Ah, inferno! Será que essas horas de voo não podem passar mais rápido?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Quando meu celular tocou, me joguei em cima da cama e o agarrei ávida, sem me importar em olhar quem estava ligando.

A?! – sim, pessoal, meu tom saiu tão empolgadinho quanto parece. Argh, que raiva!

– Querida? Sua agenda está livre esta noite? – era o meu pai.

Eu podia ouvir o farfalhar de papéis ao fundo. Ele devia estar no escritório.

– Ah, oi pai. – agora estou me sentindo culpada. Soei tão desanimada que alguém poderia ter me perguntado se eu gostaria de passar o dia todo ouvindo conselhos da minha mãe. O resultado teria sido o mesmo.Ou não. Talvez eu tivesse feito um pouco de escândalo nesse caso,mas vamos relevar.

– Estava esperando a ligação de outra pessoa?

Sempre perspicaz.

– Na verdade sim. Mas não me entenda mal, eu gostei de o senhor ter me ligado.

– Hum... – me perguntei o que ele estava pensando sobre aquilo. –Bem, eu gostaria de saber se você está pensando na minha proposta de jantar. Ela ainda está de pé e eu gostaria de aproveitar enquanto estou aqui em Londres.

– Você já vai viajar de novo?

– Logo vou para a Itália e depois Nova Iorque e Canadá. Tenho muitas reuniões durante a semana que vem.

Sempre atolado nos negócios. O lado bom é que aparentemente ele está me pondo em primeiro lugar desta vez.

– Tudo bem.

Ele pareceu suspirar. Seria alívio?

– Que bom. Vou mandar o motorista te pegar mais tarde. Seus primos também estão convidados e se quiser pode trazer seus amigos. Quero conhecê-los.

– Claro papai. Vou fazer isso. – Infelizmente o meu "melhor amigo" não está aqui. Tchau.

Desliguei e me levantei novamente, inquieta. Agarrei o vaso de decoração mais próximo e o joguei em direção a porta do meu quarto.

– Ei! – reclamou Gavin, olhando por uma fresta. – Será um dia eu vou poder abrir essa porta sem que você queira me matar no processo?

Bem,parece que eu joguei o vaso bem na hora em que ele estava a abrindo.Até quando eu não quero acabo fazendo uma coisa dessas... Estão vendo como é bom ser nervosinha em momentos como esse? Fique brava e acabe com seu primo enxerido, boa!

–Com certeza não. O que você quer?

– Saber o que você tem. Estou ouvindo seus passos em auto e bom som da sala. – Hum... parece que estou com mais raiva do que pensei. – Você está estranha desde que voltou do aeroporto. Aconteceu alguma coisa?

– Se você me perguntar isso de novo eu te jogo outro vaso. –ameacei. – Agora, mudando de assunto, o papai me convidou para jantar. Você e a Gaby também, então vai cuidar da sua vida e me deixa em paz.

– Tá legal. – ele disse saindo.

– E outra coisa! Vou levar a Achyle junto.

Ouvi ele resmungar um "Ah, droga", antes de fechar a porta na cara dele.