Capitulo 8.

Distocias.

Às sete horas em ponto do dia seguinte a visita de Sakura ao escritório do pai Fuyume sugeriu que dessem uma volta pela cidade. Sem que tivesse uma alternativa Sakura seguiu, ainda sonolenta, a avó que tagarelava algo sobre o ar fresco e a vizinhança saudável que as cercavam.

Ao subirem no ônibus Sakura pôde finalmente tentar recuperar o sono. Uma breve soneca que durou quinze minutos antes de ser severamente acordada com um beliscão por parte de Fuyume que sorriu anunciando que havia finalmente chegado.

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— o que realmente viemos fazer aqui, obaa-sama? – Sakura ainda massageava o braço quando perguntou. – tenho certeza que não foi para você me apresentar às vitrines dessas lojas, por que se for fique sabendo que é muita maldade da sua parte. – Fuyume fez que não com a cabeça. – Então por quê?

— Sakura-chan, não seja tão apressada. – Fuyume sorriu. – nós viemos dar um passeio para você poder conhecer mais um pouco do local. Também vou aproveitar para te mostrar o caminho que você deve seguir a partir de amanhã quando for para a escola. Preste bastante atenção e se esforce senão vai acabar se perdendo nessa multidão. – Sakura instintivamente olhou em volta confusa.

— Eu não chamaria isso de multidão. –Sakura riu os pensamentos viajavam pelas verdadeiras multidões de Nova York. – dois velhinhos sentados em um banco não podem ser considerados uma multidão obaa-sama. Mais de qualquer jeito eu aceito o convite para um passeio. Estava mesmo precisando sair e conhecer gente nova. – ela estala os dedos. – e então? Qual é a primeira parada?

— Que tal um sorvete?

Kakashi manteve as mãos sobre a mesa quando o presidiário Tsume Hidan entrou na sala atraindo todos os olhares. Ele o observou se mover, seguindo-o com o olhar até que se sentasse a sua frente.

— E então? –começou Hidan quando o silêncio tomou conta da sala. – O que vocês querem? Mandaram me chamar para ficarem me olhando com essa cara de idiotas? Por que se for eu quero voltar para a minha cela. –Ele completou se levantando. Orochimaru pôs a mão sobre o ombro o obrigando a voltar a sentar.

— Acredite em mim, – Anko disse. – se fosse possível eu preferia não ter que olhar para essa sua cara de paspalho. –Hidan riu sem humor e murmurou um palavrão em outra língua. Ela contornou a cadeira que Kakashi estava e em alguns instantes espalhou fotografias sobre a mesa de plástico.

— Conhece alguma dessas mulheres? – Kakashi perguntou. Hidan passou alguns segundos analisando as fotos e com o rosto indicou uma foto mais embaixo das outras. – Essa aqui? – Ele pegou a foto com as duas mãos. – tem certeza que conhece essa mulher?

— Preciso chamar um advogado?

— Não. – respondeu Kakashi recolhendo as fotos. – estamos apenas conversando, você pode se retirar a qualquer momento que quiser. Agora responda a pergunta, por favor. – Hidan reprimiu um sorriso quando Orochimaru anunciou que ia se retirar. – Tem certeza que conhece essa mulher? – repetiu empurrando a foto para que hidan pudesse ver melhor.

— Sim. Tenho certeza que conheço essa mulher. – Hidan tombou a cabeça para trás e voltou logo em seguida. – Essa mulher é o motivo de eu estar atrás das grades.

— Sim, ela é. – Kakashi estudou suas reações com atenção antes de retomar as perguntas. Anko havia se juntado a eles a mesa. –O que quero realmente saber é o que aconteceu naquele dia?

— Tudo o que aconteceu naquela noite eu já disse para a polícia da época. – Ele respirou fundo. - Pode chegar ai na ficha. – Kakashi entregou a foto a Anko que sem olhar para a foto a guardou junto com as outras dentro do pacote amarelo amassado que trazia nas mãos.

— Eu quero ouvir a história da sua boca.

—Primeiro eu quero saber o porquê de todas essas perguntas. – Disse hidan quase imediatamente. – E então? O que vai ser? Não me diga que vocês estão reabrindo o caso agora depois de todo esse tempo. – debochou. Kakashi pensou por alguns instantes no quanto de informação poderia dar a ele.

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— Sim, estamos reabrindo o caso. –Quem respondeu foi Anko que havia se levantado e agora estava apoiada a janela com os braços cruzados firmemente sobre o peito. A palavra “meio-infantil” invadiu a mente de Kakashi ao observá-la com o gorro cinza de tricô e o sobretudo verde que destacava o nariz vermelho debaixo de um cachecol ocre. – estamos procurando informações adicionais e assim poder descobrir quem era essa mulher que vocês usaram para afiar a lâmina de barbear. –Anko cuspiu as palavras com raiva para Hidan.

— É assim que vocês pedem ajuda a alguém? – Hidan riu. – Que seja então. Mais primeiro eu quero um café. – Ele olhou para Anko que franziu as sobrancelhas. – É com você mesma. Me trás um copo de café bem forte que eu conto. – Anko olhou para Kakashi esperando que esse falasse algo a seu favor. Tendo o silêncio como resposta Anko saiu pisando forte batendo a porta quando saiu. Quando Anko saiu Hidan disse: – Ela é uma amor de pessoa não é?

— sem sarcasmo. – Kakashi disse e tirou várias fotos de um pacote amarelo escondido sobre a jaqueta de couro falso que usava. – Me diga como encontraram esse corpo? – apontou uma das fotos. Nela o rosto da vitima era um borrão de cortes e queimaduras horrorosas que se estendiam até seus ombros arroxeados desnudos. – Pelo que eu li nas anotações vocês disseram que encontraram o corpo. Estou certo?

— Sim. Eu e meu grupo havíamos acabado de voltar de uma festa ali perto. - Hidan espiou a janela por um momento e depois voltou a encarar Kakashi de maneira intensa. Um desafio expresso com o olhar devastador de quem havia apenas tinha começado uma história de terror. Kakashi aceitou o desafio o incitando a continuar. – Nós estávamos bêbados e alguns ali até estavam muito drogados. Quando achamos o corpo não sabíamos mais diferenciar coisa de coisa. Pensamos que fosse o corpo de um animal morto. Estava muito escuro também.

— Quando vocês perceberam que não era de um animal aquele corpo? – Kakashi apoiou os cotovelos na mesa e a cabeça sobre as mãos.

— Quando ouvimos as sirenes dos carros da policia. – Suspirou. – Até tentamos fugir, mais os policias foram mais rápidos que nós. Depois disso tudo foi muita correria. Tudo muito rápido para alguém que estava bêbado. Se é que me entende.

— E foi só isso? – Hidan pareceu pensar um pouco e dali a poucos segundos respondeu que sim com a cabeça. Kakashi fez algumas anotações em seu bloco de notas e recostou-se desconfortavelmente na cadeira. – lembra de mais alguma coisa que possa ter parecido estranho para você?

— Me fizeram essa mesma pergunta naquela vez.

- Pare de enrolar. – Kakashi disse em voz alta batendo na mesa. Hidan riu e fez menção que ia se levantar. – Foi mal. Não dormi direito essa noite. Apenas me responda. Você se lembra de mais alguma coisa que possa ter parecido estranho para você? –Repetiu.

— lembro de ter visto um homem entrando em uma mini-van cinza. – Respondeu animado. – achei estranho, veja bem, estávamos no meio de uma floresta e a estrada mais próxima era bem longe de onde estávamos.

— Como pode ter certeza que era um homem? Você mesmo disse que estava escuro. E depois... –Arqueou uma sobrancelha. – pode ter sido apenas alucinação de um homem drogado.

— Primeiro, - Ele levantou o dedo indicador da mão esquerda. – Eu não estava drogado, meus amigos estavam drogados. Segundo, - Imitando o primeiro gesto ele levantou o indicador da mão direita. O barulho das algemas de Hidan ecoou pela sala quando ele juntou as mãos. – Sim, eu estava bêbado, mais para a sua sorte eu sou mais forte para a bebida do que muitos com o dobro da minha idade. – Hidan estufou o peito orgulhoso das próprias palavras. Kakashi deu de ombros. – Tenho certeza que era um homem. Quero dizer, não consegui ver o rosto dele mais tenho certeza que era um homem. Ele era alto e tinha cabelos escuros.

— O.k. – Kakashi se ajeitou na cadeira. – Você por acaso conseguiu ver a placa do carro?

— Ta me zoando cara? – Hidan respondeu no exato momento em que Anko abriu a porta. Deixando o copo de plástico na mesa Anko se retirou da sala. Os dois a observaram em silêncio e quando a porta bateu Hidan continuou. - Isso já faz o que? Uns dez ou onze anos? Acha mesmo que eu vou lembrar os números da placa do carro?

Kakashi refletiu por alguns instantes. Sem ter mais o que perguntar o detetive recolheu as fotos, guardou-as novamente no envelope amarelo e se levantou rumo à porta. Com a mão na maçaneta Kakashi se despediu de Hidan afirmando para este que as perguntas haviam acabado. Deixando a porta bater atrás de si avistou Anko que estava do outro lado do corredor conversando com a policial Guren que ria e fazia piada de algo que Kakashi não compreendeu.

— Já acabei lá. – informou Kakashi para a policial. Guren se retirou com uma breve reverência e se despediu de Anko. Anko lhe deu um sorriso e ela se foi. – O que você descobriu com a sua nova amiga policial? – Perguntou Kakashi quando Guren sumiu de vista.

— Você não vai gostar. – Respondeu e tomou um gole de café. Dois minutos depois a porta no fim do corredor foi aberta por Guren. A policial puxava Hidan por um cabo de aço preso a corrente das algemas. Hidan sorriu desafiadoramente para os dois. – Esse cara é insuportável.

Hidan ainda sorria quando se aproximou. Kakashi o observava. Os lábios finos de Hidan se moveram até se encaixarem em uma única palavra: Osaka. Kakashi arregalou os olhos e até abriu a boca para perguntar o que aquilo significava mais os dois, policial e prisioneiro, já haviam deixado o corredor.

— Acho que sei por onde começar agora.