Boas-vindas

Bem-vindo de volta


Andava apressado entre as árvores, pulando de galho em galho.

Ao contrário do que parecia, o manto negro que cobria boa parte do seu corpo não o atrapalhava ou o incomodava. Mesmo indo contra o vento, ainda conseguia perfeitamente “sobrevoar” por entre a floresta.

Já fazia um bom tempo desde a última vez que havia pegado aquele caminho.

Tão nostálgico.

Faltavam apenas mais alguns galhos até chegar ao portão que sempre cruzava quando criança, ao sair e ao voltar de suas missões, e que simplesmente parou de cruzar quando se tornou um traidor.

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Um traidor coberto pela vontade de vingança.

Mas tudo aquilo havia ficado no passado. Em uns 5 anos atrás.

Nem mesmo Sasuke Uchiha sabia quanto tempo fazia desde que deixou a vila para fazer sua própria missão.

Finalmente alcançou o imenso portão e parou alguns instantes ali. Encarou a madeira esverdeada e os “A”, “N” vermelhos em cada uma das portas.

“Já faz um bom tempo”, pensou.

Ele começou a se perguntar como todos estavam.

Algo raro de Sasuke fazer, é claro. Mas até mesmo o senhor insensível se preocupava com seus amigos e ex-parceiros de time. No fim das contas ele ainda tinha sentimentos.

Logo seus pensamentos mudaram para a adivinhação de como seria recebido por todos da vila e por sua esposa, Sakura.

Depois de vários correndo atrás, a Haruno finalmente foi correspondida e por mais ocupado com as missões eles estivesse, sempre tirava algum tempo para descansar e se encontrar com Sakura. E foi nesse meio tempo em que o moreno se casou com a shinobi de cabelos róseos.

Sasuke sabia que Sakura se sentia solitária a maior parte do tempo, já que ele nunca passava mais do que alguns dias com ela. Mas ele não podia mudar sua decisão.

Será que ela a receberia de braços abertos? Com um sorriso? Era típico dela.

Mas ela também poderia estar naqueles dias e recebe-lo com chutes e socos.

Um frio atravessou sua espinha com o pensamento.

Ah, mas ele adoraria ouvir um “Bem-vindo de volta”. Fazia tempo que não escutava.

Mais alguns minutos de caminhada e já estava parado na frente da porta de sua — e de sua esposa — casa.

Abriu a porta um tanto arrastado e devagar. Já era de noite e Sakura provavelmente estaria dormindo nesse horário.

Ele havia a avisado que estava voltando, mas não esperava que ela ficasse acordada até tão tarde esperando ele chegar.

E Sasuke estava errado.

A shinobi de cabelos rosas estava bem ali, parada do outro lado da porta com um sorriso esticado, de orelha à orelha.

— Estou de volt... — ele tentou falar, após olhar espantado e desviar fingindo tirar os calçados.

— Bem-vindo de volta! — Sakura o interrompeu dizendo o que ele mais queria ouvir.

Sasuke levantou o olhar mostrando um pouco de choque, o olhar com um brilho diferente do usual. Seu coração batia de forma incompassiva.

O que era aquele sentimento?

Ele jurou por alguns segundos que aquela era a tal chamada “felicidade”.

O sorriso de sua esposa não havia diminuído, mas ele percebeu um sinal de cansaço vindo dela.

— Por que está acordada até agora? Deveria ir dormir.

Ela fez bico.

— Sua esposa te espera chegar e é assim que você trata ela? — ele soltou um suspiro. — Eu queria te contar a novidade.

— Que novidade? — de certo modo, isso prendeu a atenção de Sasuke.

— Hinata está grávida. Naruto vai ter um filho. Não é incrível? Eu serei tia — o sorriso dela aumentou.

Sasuke demonstrou surpresa, um pouco de confusão e, em seguida, uma expressão de raciocínio.

Então o idiota do Naruto seria pai e criaria uma nova família...

Quando voltou ao estado normal, pegou Sakura pelos ombros e a girou na direção oposta, fazendo-a ficar de costas para ele. Começou então a empurrá-la até o quarto.

— Eh? O-O que? — ela perguntou confusa.

— Sem perguntas, você precisa ir dormir agora.

— Mas eu quero passar mais tempo com você.

— Poderemos fazer isso amanhã.

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Depois de muito empenho, o moreno finalmente conseguiu fazer a rosada dormir.

Aproximou-se de sua esposa adormecida e encostou dois dedos em sua testa, para em seguida depositar um beijinho sincero no local.

Uma família.

Aquilo parecia ser algo interessante de se ter.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.