Laços do Passado

Cora Mills


Zelena sente a costela queimar, solta um gemido e se ajoelha com a dor, deixando a sobrinha em pânico.

Na mansão Robin está na cozinha preparando um lanche quando escuta um grito desesperado de Regina. O ladrão sai correndo e chega ao quarto e encontra Regina se contorcendo.

Robin– Regina( corre pra perto)

Regina– Ahhhhhh( grita com a mão na barriga)

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Robin– O que foi?

Regina– Aiii....Não pode ser!( grita)

Robin fica apavorado com os gritos da amada.

Robin– Se acalme...Respire...Respire cachorrinho como a doutora Megan ensinou.

Regina respira devagar e intercalada.

Robin– Respire...

Robin respira junto com Regina e a morena perde a paciência e puxa Robin pelo colarinho, que fica bem próximo do rosto da rainha.

Regina– Para de respirar em cima de mim (fala entre os dentes) e chame a médic...Ahhhh.

A morena grita outra vez e Robin corre pra o telefone.

Um tempo depois Megan está colocando uma medicação no soro que está conectado a Regina.

Megan– Passou o incomodo?( olha pra paciente)

Regina– Sim( aliviada alisa a barriga)

Megan– Ótimo, respire devagar.

A doutora pega o estetoscópio e verifica os batimentos.

Regina– Meu bebê está bem?

Megan– Ele está ótimo( sorri) Os batimentos estão perfeitos.

Regina– Eu achei mesmo que estava muito cedo.

Megan– E está. Mas nesse estágio todo cuidado é pouco. Eu te alertei que não é tão raro partos prematuros.

Regina– Mas você disse que é perigoso o bebê nascer tão prematuro.

Megan– Sim, mas não tão perigoso quanto qualquer parto.

Regina fica tensa.

Megan– Não se preocupe por antecipação Regina.

Regina– Tá certo.

Megan ajuda Regina a se recostar na cama.

Megan– Tente dormir um pouco.

Regina fecha os olhos e respira devagar.

Na cripta.

Zelena– Sai de perto( fala entre os dentes)

Amy– Não( firme)

Zelena– Sai de perto de mim garota.

Amy a abraça com força.

Amy– Eu não vou sair de perto( convicta)

A ruiva se contorce mais um pouco e a dor vai saindo lentamente de seu corpo.

As duas respiram aliviadas.

Amy– Tá melhor?( preocupada)

Zelena apenas confirma com a cabeça.

Amy– Vamos parar por hoje, você precisa descansar.

Um tempo depois na sala de Regina, a medica conversa com Amy, Zelena e Robin.

Zelena– Então quer dizer que ela não está em trabalho de parto?(preocupada)

Megan– Não. O que ela teve foram contrações de Braxton Hicks.

Robin– Contrações de quê?( confuso)

Megan– Braxton Hicks. É assim que os médicos nesse mundo chamam.

Zelena– Espera, então a minha irmã teve contrações, mas não são contrações de verdade.

Megan– Exatamente. É uma espécie de...(pensa um pouco)...Uma espécie de ensaio pra o parto.

Amy– Isso é perigoso?( preocupada)

Megan– Eu não diria perigoso, mas nessa etapa da gestação não é normal.

Robin– O que podemos fazer?

Megan– Nessa fase que ela se encontra, o que podemos fazer é a única coisa que venho pedindo desde que descobrimos a gravidez dela. Ela precisa de sossego.

Zelena– Estamos fazendo o possível.

Amy– Doutora e sobre o parto?

Megan– Pela posição do bebê não vai demorar muito. Ela precisa de repouso. Já conversamos sobre a licença maternidade e ela concordou em abrir mão de estar indo pra prefeitura.

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Zelena– Que ótimo. Uma preocupação a menos. Doutora e o parto aqui nesse fim de mundo é viável?

Megan– Não vejo problemas.

Zelena– Sei que não vê, mas eu quero que me garanta que a minha irmã terá toda assistência possível.

Megan– Além de mim e do Whale, especialistas em parto, temos uma boa equipe médica.

Robin–Whale está fora de questão.

Zelena– Ele fez o parto do Neal.

Robin– E você o roubou.

Zelena– Mas...

Amy– Vamos nos concentrar na minha mãe?( interrompe os dois)

Zelena e Robin se calam.

Megan– A Amy tem razão. O parto está próximo e precisamos nos concentrar na Regina.

Robin– Tem toda razão.

Amy– Doutora você comentou que haveria a possibilidade de uma cesariana.

Megan– Regina quer um parto natural e isso é como atirar no escuro. É ótimo pra o bebê e pra mãe, mas sempre há riscos.

Robin– E se decidirmos pela cesariana?

Megan– Pra Regina não é uma opção.

Robin– Ela não pode decidir isso sozinha. Eu tenho o direito de opinar.

Megan– Não quer dizer que ela vá aceitar sua opinião. Regina sabe os riscos e sabe também que pra saúde do bebê o melhor é o parto normal.

Zelena– Mas falando hipoteticamente, a cesariana é uma possibilidade pra você? Esse procedimento é viável aqui em Storybrooke?

Megan– Na sala de cirurgia, eu posso retirar o bebê em até 60 segundos.

Os três se olham apreensivos.

Megan– Não vamos nos precipitar. Minha mãe sempre dizia ‘ deixe pra comer quando sentir fome’. A Regina está bem e quando ela precisar estarei pronta. Deixarei meus telefones desocupados e poderão me chamar qualquer hora. Agora eu sei que está mais perto que longe.

A conversa continua.

Na delegacia Belle chega correndo.

Emma– Por que você sempre chega correndo?

Belle– Eu preciso te contar uma coisa( afobada)

Hook– Adoro fofoca.

Belle– É particular.

Hook– Não tem como ter uma conversa particular nessa cidade.

Emma vai até Hook e o solta.

Hook– Estou solto Swan?

Emma– Sai daqui pirata.

Hook dá um selinho nela e sai sorrindo.

Emma– O que houve?

Belle– Eu encontrei um feitiço que pode extrair o pergaminho.

Emma– Isso é ótimo.

Belle– Não muito.

Minutos depois estão no escritório Belle, Amy, Zelena e Emma.

Zelena– Então se usarmos qualquer feitiço pra tentar tirar o pergaminho o bebê não resiste?( preocupada)

Belle-Exatamente. É um feitiço muito forte, requer muita magia. Pode extrair o pergaminho, mas o bebê não resistiria.

Emma– Podemos extrair depois do parto não é?

Amy–Cora disse que se a minha mãe entrar em trabalho de parto ainda com o pergaminho ela não vai sobreviver.

Zelena– Você estão me dizendo que vai chegar o momento em que teremos que escolher entre a Regina ou o bebê?

Amy– Deve haver outro jeito.

Emma– Vamos encontrar.

Zelena– Há um jeito.

Amy– E qual é?

Zelena– Eu preciso sair (determinada)

A ruiva vai saindo.

Amy– Não. Você vai me dizer qual é.

Zelena– Eu não vou deixar a minha irmã morrer. Fique aqui com ela. Eu preciso sair.

Amy– Não tia Zelena eu...

A ruiva some na fumaça verde.

Amy– Que raiva.

Emma– Zelena é adulta Amy.

Amy– O meu medo é que ela tome uma atitude não tão adulta.

Elas ficam apreensivas.

Zelena surge no meio da floresta.

Zelena– Coraaaaa( grita)

Após gritar várias vezes uma nuvem negra se aproxima e a imagem de Cora surge.

Cora– Ora ora ora. Se eu tivesse apostado teria ganhado muito dinheiro. Eu sabia que você seria a primeira a vir a me procurar.

Zelena– Não vi alternativas.

Cora– Finalmente voltou a sua melhor personalidade?

Zelena– Como podemos retirar o pergaminho do coração de Regina?( ignora a pergunta da mãe)

Cora– Por que eu diria isso a você?

Zelena– Ela é sua filha( fala com raiva)

Cora– Eu sou a mãe dela e mesmo assim ela me mandou pra o país das maravilhas e logo depois mandou me matar.

Zelena– E não adiantou. Eu preciso que me diga qual o feitiço que pode retirar o pergaminho sem que tenhamos que sacrificar ela ou o bebê.

Cora– Só eu posso fazer esse feitiço.

Zelena– Por quê?

Cora– Eu as proferi para coloca-lo lá e só eu posso proferi-las pra tirá-las.

Zelena– Que conveniente.

Cora– É a sua chance. Outro feitiço vai matar a Regina ou o bebê.

Zelena– E você só pode realizar esse feitiço...

Cora– Se me trouxer de volta ao seu mundo.

Zelena fica pensativa.

Cora– Deve pensar rápido, querida. A sua amiga Celina está preparando uma maldição que você não conseguiu realizar. Se ela conseguir um bebê Mills recém-nascido, pode dar adeus a todo o clã Mills.

Zelena– Ninguém vai tocar no bebê( fala entre os dentes)

Cora– Então me traga de volta e eu prometo que ninguém tocará no próximo descendente Mills.

Zelena sente seu ferimento doer e suas forças vão embora. A ruiva cai ajoelhada e respira forte.

Cora– Eu posso fazer esse ferimento sumir de uma vez por todas( fala perto do ouvido de Zelena)

Zelena não responde.

Cora– Juntas podemos proteger a Regina e destruir o Senhor das trevas de uma só vez.

Os olhos de Zelena toma um verde brilhoso e ruiva sorri tão maleficamente quando a sua mãe.

Na mansão Regina dorme tranquilamente enquanto Robin segura a mão dela e a observa dormir.

Amy entra bem devagar no quarto.

Amy– Ela ainda não acordou(fala baixinho)

Robin– O remédio foi forte( responde no mesmo tom).

Amy– Pode ir buscar o Roland na lanchonete. Eu fico aqui com ela.

Robin– Se acontecer qualquer coisa...

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Amy– Eu prometo te ligar imediatamente.

Robin beija a testa da noiva e a cabeça da filha.

Robin– Não vou demorar.

Amy– Tá certo( responde)

Robin sai e deixa seus dois amores no quarto.

Amy alisa a barriga da mãe.

Amy– Você tá muito apressado pra sair daí( fala baixo).

A garota vai até o armário e pega o livro O pequeno príncipe.

Sobe bem devagar na cama e começa a ler pra mãe e pra o bebê.

Algum tempo depois Rebecca chega com Henry e antes de falar qualquer coisa Amy faz um sinal e a ruivinha fica calada e Amy os acompanha pra fora do quarto.

Henry– O que houve?

Amy– Ela teve contração de...Eu esqueci o nome, mas foi alarme falso.

Rebecca– Que susto desgraçado. Estávamos saindo da lanchonete e encontramos a Emma e ela nos contou.

Henry– Por que não nos ligou?

Amy– Me perdoa Henry, é que foi tudo tão rápido.

Henry– Ela tá bem agora?

Amy– Está, doutora Megan colocou ela no soro e aplicou uma medicação forte e acho que ela vai dormir até amanhã.

Rebecca– Ai que bom.

Henry– Desçam pra comer alguma coisa, eu fico com ela.

Amy– Ta certo.

As duas seguem pra cozinha e Henry entra no quarto.

Um tempo depois as duas conversam.

Rebecca– Então quer dizer que...

Amy– Que estamos com as mãos atadas. Se usarmos esse maldito feitiço conseguimos tirar o pergaminho, mas o bebê...Eu não quero nem cogitar essa possibilidade.

Rebecca– A tia Regina morre se perder o bebê.

Amy– Somos todos apaixonados por esse bebê, mas a minha mãe não pode morrer.

Rebecca– Você teria coragem de sacrificar o seu irmão?

Amy– Eu não sei. Amo os dois e sinceramente não quero imaginar a minha vida sem qualquer um dos dois.

Rebecca– Espero que a minha mãe consiga a resposta que precisamos.

Amy– A Emma está de plantão lá com o Gold. Tia Zelena não pode fazer qualquer acordo com ele. Aquele monstro é traiçoeiro! Viu o que ele fez com o ferimento dela.

Rebecca– É outro problema.

Amy– Não se preocupa, se for preciso eu mesma faço um acordo com o Gold. Nossas mães vão sobreviver.

As duas ficam apreensivas, mas por pouco tempo.

Roland chega correndo com a cachorrinha nos braços.

Roland– Memy( abraça a irmã)

Amy– Oi Roland( beija o garoto)

Rebecca– Só tem a Memy aqui?( finge indignação)

O garoto corre e abraça a prima.

Amy– Eu já estava com saudades de você.

Roland– Eu também.

Robin– Ela está só?

Amy– Não. O Henry tá lá.

Rebecca– Senta um pouco tio Robin.

Robin dá uma risada.

Amy– O que foi?

Robin– Nunca haviam me chamado de tio Robin( bagunça o cabelo de Rebecca)

Rebecca– Se acostume( bagunça o cabelo do tio)

Roland sai correndo e brincando com a cachorrinha pra sala.

Robin–Vocês duas querem me contar o que está acontecendo?

Amy e Rebecca se olham.

Robin– Amy?

Amy– Eu não sei do que está falando( engole seco)

Robin– Vocês duas e sua tia sabem de alguma coisa sobre a gestação da Regina.

Amy– Pai, estamos todos preocupados com a minha mãe.

Robin– Tem alguma coisa que estão escondendo.

Rebecca– Tem sim tio Robin.

Amy olha pra Rebecca a repreendendo.

Robin– E o que é?

Rebecca– O espírito da Cora rondando a cidade está nos preocupando muito e estamos buscando um feitiço pra tirar ela de uma vez das nossas vidas.

Robin–É isso.

Amy– Sim. É isso!

Robin– Não é toda historia, mas eu sei que se fosse algo muito sério vocês me contariam não é?

Rebecca– Claro que sim.

Tarde da noite Regina vai despertando e encontra seu amado a observando.

Regina– Eu adoro acordar e te vê assim pertinho de mim.

Robin– E eu adoro ver você acordar.

Robin se aproxima e Regina se recosta no noivo.

Regina– Desculpa o susto.

Robin– Não se preocupa meu amor. Essas contrações significa que o nosso príncipe ou princesa está ansioso pra vir aqui pra fora(sorri)

Regina– É verdade.

Robin percebe que Regina está com o semblante preocupado.

Robin– O que foi?

Regina– Estou preocupada Robin. E se o bebê for muito prematuro e...

Robin– Não pense nisso, a médica disse que foi só um susto.Vai dar tudo certo minha rainha. Agora vamos tentar esquecer isso tá bom?

Regina– Tá certo( respira aliviada)

O ladrão beija a testa da rainha.

Robin– O que acha de Eric?

Regina– Eric?( confusa)

Robin– Sim, se for menino!

Regina– Ah( pensa um pouco)

Robin– Príncipe Eric. O que acha?

Regina– Já existe um príncipe Eric.

Robin– Mas não nesse reino.

Regina– Eu quero que o nome do nosso bebê seja especial e único.

Robin– Eliot, Mike...

Regina– Mike? Onde você achou o nome Mike?( surpresa)

Robin– A Emma me deu um livro cheio de nomes.

Regina– Tinha que ser aquela abusada.

Robin– Depois eu te mostro (sorrindo)

Regina– Eliot é lindo. Príncipe Eliot. Eu gosto.

Robin– Mas como você mesma diz, vamos deixar pra ver o rostinho do nosso bebê(alisa a barriga da noiva). Eu tenho que te dizer, o nome Henry foi perfeito.

Regina– Eu soube que esse seria o nome do meu filho assim que eu olhei nos olhinhos dele.

Robin– É perfeito.

Os dois se beijam e continuam conversando sobre nomes.

Pela madrugada Regina acorda com fome e desce pra cozinha. Prepara um sanduiche e coloca um pouco de suco. Quando ela vai guiando o copo pra perto de sua boca, um arrepio gelado passa por sua coluna e ela solta o copo no chão.

Cora– É bom saber que a minha presença ainda é sentida por minha filha amada.

Em câmera lenta Regina se vira e dá de cara com a sua mãe ao lado de sua irmã.

Regina– Ma...Mamãe?(sussurra)

Cora– Oi meu amor( sorrindo)