Finally

Same old shit... and more...


Rose PDV

— Hey Weasley! Ouvi dizer que a tua mãe era a mais rodada da escola, também podemos esperar isso de ti? - Questionou John Smith (filho do Zacharias Smith, que rendeu à tia Ginny a entrada no Slug Club). Eu estava muito sossegada a fazer o meu trabalho de transfiguração na sala comum dos Ravenclaw quando este rapaz meio loiro do terceiro ano interrompe a minha linha de pensamento. Tirei os meus olhos do pergaminho, onde estava a escrever, e vi um sorriso cínico naquele rosto odioso. - Mas que cabeça à minha... Claro que sim, afinal, não é verdade que já andas a praticar com aquele emplastro dos Slytherin?

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Fechei os olhos e enquanto arrumava as minhas coisas, aquele ser continuava a importunar-me, então antes de sair da sala comum virei-me para ele e dei-lhe um sorriso ao mesmo tempo que empunhava a minha varinha e o meu sorriso aumentou quando vi chifres a crescer da sua cabeça, após ter usado o feitiço para crescerem-lhe os chifres (Horn-Growing Hex)* e saí dali em direção à torre de Astronomia para poder sair debaixo daqueles olhares discriminatórios... Estávamos quase nas férias da Páscoa, faltavam apenas duas semanas, e desde que os artigos sobre os divórcios, quer dos meus pais, quer dos pais do Scorp, as pessoas deste sítio têm-nos "atacado" com insultos e difamações...

A tia Gin enviou-me uma carta no dia antes de sair as notícias causadoras de toda esta confusão, a contar para não acreditar no Witch Weekly de forma nenhuma, pois tinha sido tudo escrito pela Rita Skeeter, que apenas usou as palavras do pai, a indignação da mãe do Scorp e o jantar que a Mãe teve com o Draco com o título "Não tão santa Granger?", e a explicar o real porquê de os pais estarem a separar-se e os pais do Scorp também, ela também pediu-me, assim como a mãe e até mesmo o Draco para eu não afastar-me de ninguém especialmente dos meus primos e do Scorp que são os únicos que sabem da verdade... Enfim...

Desde Janeiro até agora tem sido um tormento para nós os dois, da minha parte era quase sempre como a cena que acabou de acontecer há pouco, mas para o Scorp é mais complicado ainda... Principalmente depois da entrevista que a mãe dele deu para o WW (Witch Weekly) à Skeeter em fevereiro... Se não me engano as palavras dela foram algo como: " O Scorpius é uma criança bastante infeliz, sabe, Rita? Não foram apenas as semelhanças físicas que ele herdou do pai, mas também o feitio... Rude a maior parte do tempo, por mais que eu me esforce em educá-lo de forma correta ele não me ouve ou respeita... Mas eu já devia de saber... Afinal, é sabido que quando um parto deixa demasiadas marcas na mãe, está provado que a criança não será a melhor..."

Isto chegou às mãos do Scorp e ele ficou tão abatido, que o Draco considerou tirá-lo de Hogwarts para lhe poupar a humilhação e a dor que ele passaria, contudo o Scorp disse que não sairia de Hogwarts porque tinha prometido à minha mãe que olhava por mim e não me ia deixar sozinha... Então, ele passou por tudo isso ao nosso lado (meu e dos meus primos que faziam de tudo para não nos deixarem sozinhos no castelo), a questão é que ele já não era muito bem visto quando cá chegámos por causa do apelido e a fama que veio acorrentada com o mesmo, principalmente pelos Slytherin que o Apelidavam de "cria da serpente traidora" e toda a escola chamava-o de "emplastro" por ele estar sempre no meio dos filhos de duas das famílias que salvaram o mundo, agora com tudo o que tem sido dito adicionaram "destruidor de lares", porque numa entrevista que o pai deu ao WW ele acusa o Scorp de se ter aproximado de nós e que tudo isso era um plano dele e do pai para causarem tumulto na paz de uma "linda família feliz", e "traidor de sangue" por passarmos muito tempo juntos e sermos muito próximos...

Mas claro que tudo isto me levou a levantar uma questão: "qual terá sido a relação da mãe com o pai do Scorp?", bem, após muito refletir sozinha acabei por enviar ontem uma carta, à tia Gin, à tia Luna, ao Teddy (já que o Draco é primo dele, acredito que saiba de algo), e vou precisar de falar com o Scorp, para saber se ele sabe de algo, assim como o professor Longbottom e a Diretora, vai que ela sabe de algo a mais que seja desconhecido para a maioria, pois é de conhecimento geral que os diretores e diretoras da escola estão sempre a par das sistuações de cada pessoa que ali está, quer seja aluno, professor, ou até mesmo parte dos funcionário da escola, como o Filch ou a Madame Pince da biblioteca.

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— Rose! - Ouvi exclamarem o meu nome e só nesse momento me dei conta que estava no topo das escadas da torre de astronomia, olhei em volta e vi o Al e o Scorp sentados ao pé de uma das janelas a observarem-me visivelmente preocupados.

— Ro, o que se passou? - Questionou o Scorp, enquanto se levantava e caminhava na minha direção. Eu neguei com a cabeça e abracei-o com força, como para passar segurança a ambos.

— Rose conta-nos o que foi, prima, por favor... - Pediu o Al, levantando-se para me abraçar também. Eu respirei fundo e acabei por contar o que se passou à poucos minutos.

— Definitivamente, tu és um génio, Ro, só tu para estares ainda no primeiro ano e já saberes usar esse feitiço... - Comentou o Scorp com um sorriso que não escondia a sua admiração pelo meu ato.

— Com tudo o que se tem passado, eu tenho andado a ler livros com todo o tipo de feitiços para me proteger ou simplesmente mandar calar as amostras de gente que existem aqui na escola, mas e vocês, porque estão aqui?

Os rapazes trocaram um olhar, mas o Al acabou por responder.

— Sabes, prima, a esta hora e como o tempo não está assim tão favorável, a nossa sala comum está cheia e tu sabes que nós preferimos lugares sem muita gente...

Eu suspirei e abracei os dois ao mesmo tempo, claro que para Albus Severus Potter não era fácil estar nos Slytherin, afinal ele era o primeiro Potter naquela equipa e ele auto acusa-se de ser uma desonra para a família, mesmo que os tios e os avós o apoiem imenso e já se mostraram orgulhosos em ele já fazer parte da equipa de quidditch.

— Meninos vocês não podem fazer inimigos dos vossos colegas de equipa, por várias razões: Al tu pertences à equipa de quidditch tens de confiar neles para poderes jogar e ter a certeza de que eles vão te ajudar... E tu, Scorp, bem tu tens de manter a linhagem de sangue puro Malfoy... Não podes não te dar com as pessoas de lá...

— Ro... Relativamente a esse assunto, o meu pai proibiu-me de escolher alguém de sangue puro só por causa da linhagem, ele disse que perdeu o amor da sua vida, para alguém que não merece, por causa dessa estupidez e pediu-me que eu não cometa o mesmo erro quando chegar o momento...

Aquilo deixou-me a pensar... Então o pai do Scorp quis ficar com alguém que não era de sangue puro?!

— Bastante profundo o teu pai, Scorp, mas se não for muito incómodo, precisamos de contar uma coisa importante à MINHA PRIMA. - Disse o Al com um ênfase exagerado, na minha opinião, nas palavras "minha prima". O Scorp assentiu e fez sinal para que fosse o meu primo a começar. - Bem, ontem nós e o James fomos à procura daquela ave que descobrimos no outro dia.

— O quê? Porquê? Porque raio não me chamaram?

— Na verdade... - Começou o Scorp enquanto coçava a nuca, uma ação que demonstra o seu nervosismo. - Nós fomos debaixo do manto ou seja não dava para irmos os quatro e quase que fomos apanhados pelo Filch...

— Vocês foram depois do toque de recolher?! Mas estão doidos, vocês podiam muito bem ter sido apanhados e a Diretora tinha escrito para os vossos pais a contar!

— Rose, não fomos apanhados, mas o problema é que não a vimos em lado nenhum...

— E contaram a alguém?

— Perguntámos à avó se ela nos podia dar uma luz e ela explicou que ela deve de ter voltado para o ninho...

— Mas, para termos mais um problema, não fazemos a mínima ideia de onde possa estar o ninho... E para piorar todos querem que voltemos a casa para as férias da Páscoa...

Eu suspirei resignada. Pois é, ontem nós, e quando eu digo nós estou a referir-me à família toda... todos os meus primos e o Scorp, recebemos uma carta de cada um dos nossos pais a avisar que a Diretora já sabia que íamos a casa nestas férias e que não nos preocupássemos porque eles iam buscar-nos à estação.

— Mas é compreensível... Afinal, eles estão a escolher entre perigo mortal e segurança... Os nossos pais quase que morreram a tentar combater na guerra...

— O meu foi duas vezes...

— Exato, eles só nos querem proteger, o que é perfeitamente normal.

— Tens razão, lá podemos estar todos juntos e não temos quem nos critique. - Concordou o Scorp.

— É verdade, já para não falar no incrível almoço de Páscoa que a avó faz todos os anos! Tu também vens, não é Scorp? - Questionou o Al entusiasmado.

— Bem, o meu pai está sempre a dizer-me que é para eu me manter próximo a vocês e que a mãe da Ro manda sempre um beijo por isso eu acho que sim...

— Boa! Eu vou contar aos outro! Fiquei a descobrir que se for sem gravata e manto a Dama Gorda acha que eu sou o pai sem óculos porque foram desintegrados numa aula de Encantamentos e deixa-me entrar por pena.

Com isso o Al desceu as escadas da torre de astronomia enquanto eu e o Scorp ríamos da situação toda até que o riso foi morrendo e eu lembrei-me da minha investigação.

— Scorp? O teu pai fala-te da minha mãe? - Questionei nervosa.

— Bem... sim, eu ainda agora disse que...

— Sim, mas eu estou a falar se ele te fala sobre ela dos tempos em que eles estavam cá. - Especifiquei.

— Na verdade ele só refere a quantidade de vezes que ele foi incorreto para com o trio como exemplos do que eu não devo de fazer... Não muito mais... Mas porque é que estás a perguntar?

Eu respirei fundo e olhei-o nos olhos.

— Não achas meio "estranho" que os nossos pais se dêem tão bem e se apoiem imenso sendo que supostamente ficaram apenas amigos depois da guerra?

Ele pareceu ficar a pensar um pouco no que eu disse até que os seus olhos arregalaram.

— Achas que... que eles tiveram tipo um caso aqui na escola?

— Não, Scorp, eu acho que se amam mas nem eles mesmos notam isso... Pensa, nós calhámos de nos darmos bem, mas quando chegamos aqui descobrimos que os nossos pais se davam bem a ponto de só pararem de falar por obrigação do meu pai que nunca gostou do teu, e só por coincidência do destino o teu pai disse-te que perdeu o amor da vida dele por causa da linhagem Malfoy e isso fez com que ela fosse ficar com alguém que não a merecia? O teu pai vai lá jantar todas as noites, passa os domingos nos meus avós com a tua avó e a tia Andromeda... Eu acho que é meio óbvio que só falta o teu pai começar a lá ir dormir.

A imensidade das palavras pareceu atingir-lhe em força e eu achei seriamente que ele ia acabar por negar e dizer que isso não é possível, mas o que saiu da sua boca surpreendeu-me.

— Tens razão... Eu encontrei uma folha amassada no meio da biblioteca lá de casa antes de entrar para a escola, uma carta dentro de um livro com um título do tipo... Romo e Jane...

Eu comecei a rir com o título e ele ficou a olhar para mim como se eu o tivesse ofendido. Eu tentei a todo o custo controlar o riso e abanei a cabeça.

— Não queres dizer Romeu e Julieta? - Inquiri divertida.

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— Isso mesmo! Romeu e Julieta!

— Mas esse é um livro muggle de romance, na verdade acho que é o romance mais conhecido em todo o mundo muggle...

— Pois, eu como nunca ouvi essa história achei estranho estar isso escrito na primeira página quando... a capa era... - Ele perdeu a fala e observou-me de forma estupefacta.

— O quê? Scorp, por favor fala, não entres em estado de choque agora! - Pedi assustada com o que estava por vir.

— A capa era do livro "Hogwarts: uma história", tu não disseste que a tua mãe tinha esse livro como sendo o seu preferido?

— Sim, dentro do mundo da magia sim, mas de livros muggles o preferido é... - Eu perdi a fala ao constatar toda esta realidade. - Romeu e Julieta... Isso seria demasiada coincidência de uma só vez... Disseste que tinha uma carta no meio do livro o que dizia?

— A carta está comigo, assim como o livro, eu trouxe-os para cá! Ótimo, então vamos fazer o seguinte... - Olhei para o meu relógio e assustei-me com as horas. - Vamos jantar e amanhã encontramos-nos aqui e mostras-me isso, o Al também pode vir, afinal ele é meu primo e ele também nos pode ajudar de alguma forma.