Broken Strings
Capítulo 12
Capítulo 12 – Reencontro
O cheiro que a atormentara tanto no início de sua carreira como Militar estava ali novamente. O cheiro que a lembrava como ela havia destruído a única coisa que seu pai lhe confiara. O cheiro de carne queimada.
Riza, atônita, abriu os olhos e visualizou seu agressor. Ele agora rolava pelo chão do pequeno beco em que se encontravam, tentando apagar o fogo que consumia seu braço e seu grito de dor cortava o ar. Confusa, a loira olhou para a entrada do pequeno beco e se surpreendeu a ver Roy Mustang parado, seus olhos exibindo um ódio que ela poucas vezes havia visto e, em suas mãos, as luvas com o círculo de transmutação da alquimia do fogo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Roy... – Ela praticamente sussurrou as palavras.
- Você está bem? – Roy perguntou enquanto mantinha seus olhos no homem que agonizava de dor.
- Estou. – Ela respondeu automaticamente.
Roy lhe lançou um olhar rápido e fez uma cara de desgosto ao notar seu braço que sangrava um pouco por causa da bala que a atingira anteriormente.
- Você está ferida! – Ele disse irritado.
- Não é nada demais – Ela insistiu enquanto se punha de pé.
- Eu vou matá-lo. – Mustang falou irritado, o olhar no rosto do homem mudou de dor para puro medo, Riza, segurou-lhe os braços.
- Não! – Ela disse impaciente e se pôs na frente dele. – Esse caso não é seu.
- Estarei fazendo um bem a todos – Roy falou entre os dentes.
- Claro, mas espero que esteja preparado para enfrentar um julgamento! – Riza rebateu ferozmente.
- Não é como se eles quisessem que um bandido como esse ficasse vivo! – Ele insistiu.
- Mustang, pare de falar assim e use sua cabeça. Seu idiota! – Riza gritou, já sem paciência.
Roy ficou em silêncio por alguns instantes, seu olhar estava preso à face da loira. Vê-la com aquela expressão o fez lembrar-se de épocas mais simples, em que ela era sua guardiã. Um tempo em que ela apenas o olhava daquela maneira porque ele havia feito algo idiota que podia ameaçar sua vida. Um olhar de preocupação.
—
O homem, ainda sentindo uma dor excruciante, observava as duas pessoas à sua frente — um alquimista e uma franco-atiradora. —, eles ainda discutiam sobre se deviam deixa-lo viver ou matá-lo. A mulher parecia estar ganhando.
Sentindo uma raiva repentina, ele estendeu seu braço esquerdo — o que não havia sido queimado. — e pegou sua arma que estava ali por perto. Nenhum dos dois haviam sido espertos o suficiente para pegá-la enquanto ainda havia tempo.
Reunindo toda sua força de vontade, ele agarrou a arma e se esforçou para se levantar, sentindo uma onda de dor gigante em seu braço carbonizado, mas fazendo o máximo para ignorá-la. Quando finalmente se pôs de pé, apontou a arma diretamente para as costas da mulher, daquele ângulo ele acertaria seu coração em cheio.
—
Patrick havia assistido o General ser baleado e o suspeito fugir com Riza em seu encalço. Largando sua arma de qualquer jeito ali no terraço, o Tenente desceu dali o mais rápido que pôde e correu na direção em que seu superior havia apontado, após improvisar um curativo em sua perna baleado e pedir para chamar uma ambulância.
Estava no meio do caminho quando viu uma nuvem de fumaça se erguer acima dos telhados em uma rua paralela na que ele estava indo e depois desaparecer. Era para aquela direção que ele deveria ir.
Correu o mais rápido possível sentindo o ar abandonar seus pulmões rapidamente, e assim que virou a rua em que eles deveriam estar a primeira coisa que ele viu foi uma homem em roupas de civis, de cabelos negros. Só após alguns segundos Patrick conseguiu identificá-lo.
Roy Mustang.
Ao dar uma olhada melhor, ele viu que Riza estava de frente para ele e ela não parecia exatamente feliz ou triste. Na verdade, ela parecia muito irritada e preocupada ao mesmo tempo, e então, ao olhar mais à frente, Patrick viu o homem que Riza estava perseguindo se pondo de pé com muita dificuldade, mas agora ele tinha o braço esquerdo completamente queimado.
Então, para a surpresa de Patrick, ele viu o homem se equilibrar e apontar uma arma que ele não havia visto antes, para as costas de Riza.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Ele sentiu seu coração acelerar e o pensamento de aquele homem iria matar a mulher que ele ama o aterrorizou.
- CUIDADO! – Ele gritou.
Ele viu Mustang virar-se e encará-lo com surpresa, e viu que Riza havia se virado de costas e puxado suas armas rapidamente e então houve um disparo que atingiu o braço bom do Serial Killer e então mais um, que o atingiu no joelho, fazendo-o cair.
—
Com o coração martelando contra suas costelas, Riza guardou suas armas em seus coldres e após se certificar que o homem não voltaria a se levantar, ela se virou e encarou Patrick. Ele parecia perplexo, assim como Roy, mas se não fosse por ele, o seu descuido poderia ter custado a sua vida e a de Roy.
Sentindo alívio se espalhar por cada célula de seu corpo, ela então sorriu agradecida e viu os músculos de seu companheiro relaxarem e ele expulsar o ar que parecia estar prendendo.
Depois ela encarou Roy. Ele também parecia aliviado, mas havia algo na expressão dele que a incomodou.
Antes que qualquer um deles pudesse dizer alguma coisa sobre o acontecido, eles ouviram passos pesados e logo havia vários soldados fortemente armados na entrada no pequeno beco.
- Primeiro Tenente Hawkeye, Tenente Hill, tudo bem? – Um dos soldados perguntou sem se mover de seu posto.
Riza acenou e deu um passo para o lado para que eles pudessem ver seu suspeito.
- Ele esta sangrando muito devido a dois tiros e teve um dos braços carbonizados pelo Flame Alchemist. – Riza os informou usando seu usual tom de profissionalismo. – E também, o General Kent foi baleado na coxa, deviam chamar uma ambulância imediatamente.
O soldado que havia lhe feito a pergunta acenou e bateu uma continência.
- Já está a caminho, Primeiro-tenente. – Ele a informou.
- Ótimo – Ela respondeu.
Roy se aproximou da loira.
- Você está bem? – O moreno perguntou.
- Sim – Ela respondeu simplesmente. – Felizmente eu fui mais rápida que ele.
- Não é a toa que você é a melhor atiradora de Amestris, não é? – Ele sorriu fracamente e Riza ainda podia ver que algo o incomodava.
- Riza, seu braço. – Após o choque inicial, Patrick havia se aproximado dois, e com certeza havia visto o pequeno filete de sangue que escorria de onde a bala a atingira de raspão mais cedo.
Ela fez uma careta. Com tudo o que havia acontecido, ela havia esquecido completamente do braço e apenas agora que a onda de adrenalina diminuía que ela começou a sentir uma pontada de dor.
- Isso não é nada. – Falou.
Roy suspirou.
- Deixe-me levá-la até o hospital – Ele disse.
- Não precisa – Ela falou. – A ambulância já está á caminho.
- O general Kent e o assassino são prioridades – Roy rebateu. –, portanto é melhor que eu a leve para o hospital.
- Ele tem razão, Hawkeye. – Patrick interveio.
Ela suspirou derrotada e assentiu a contragosto.
- Vamos, então. – Mustang disse. – Meu carro não está muito longe daqui.
- Patrick, - Riza o chamou. – Muito obrigado. Se não fosse por você, eu não sei o que teria acontecido.
Ele sorriu cansadamente e fez um gesto com a mão.
- Disponha.
Ela sorriu e deixou que Roy a guiasse até o carro.
—
O trajeto até o hospital fora silencioso. E sem algo para distraí-la, Riza logo começou a sentir a dor em seu braço aumentar, e para seu desgosto, algo no modo em que Mustang se comportava a estava deixando desconfortável, mas não se atreveu a perguntar.
Quando chegaram, ele a acompanhou para dentro do prédio e pediu para atendê-la logo, e a acompanhou enquanto tratavam seu ferimento, o tempo todo em silêncio.
Após terem enfaixado seu braço e o medico ter lhe medicado com alguns analgésicos, Roy se ofereceu para levá-la para casa e ela não contestou.
Assim que entraram no carro, Riza se virou para ele.
- O que há de errado? – Ela indagou. Ele não se virou para ela.
- Nada. – Respondeu.
- Não minta para mim.
Não houve resposta por algum tempo, e quando Riza já ia perguntar novamente, ele falou.
- Você poderia ter morrido. – Ele falou, os olhos fixos em algum ponto à sua frente. – Por um descuido meu.
- Eu não morri. – Ela apontou.
- Porque o Patrick chegou na hora certa. – Ele respondeu. – Se não fosse por ele...
- O importante é que nada aconteceu – Ela disse, enquanto colocava sua mão sobre o ombro dele. – Não se preocupe com o 'se'. E estou bem. Você está bem. Não há mais nada pra se preocupar.
Roy suspirou e passou as mãos pelos fios negros em um gesto de frustração. É claro que ele não queria deixar o assunto de lado, não iria aceitar o que ela dizia tão facilmente, mas também sabia que não adiantava continuar a discutir com ela.
Ele então se lembrou do jeito que ela o encarara mais cedo, com preocupação. E resolveu deixar a discussão de lado, pelo menos por enquanto.
O carro.
- Vamos, vou deixá-la em casa. – Ele disse, dando a partida no carro.
—
Assim como no trajeto para o hospital, estava silencioso, mas pelo menos, Riza pensou, o ar não estava mais tenso. Tocou seu braço e fez uma careta. Apesar de ter tomado remédios para dor, ela ainda sentia uma leve pontada quando tocava o lugar e sabia que iria demorar um pouco para cicatrizar.
De repente, ela percebeu algo.
- Roy... – Ela chamou, ele desviou os olhos da estrada por um instante, meio que esperando que a discussão anterior fosse recomeçar.
- Sim?
- Como você sabia onde me achar? – Ela indagou, sentindo uma curiosidade crescente quanto à essa questão. – Era uma missão secreta, quase ninguém no Quartel sabia.
Ela viu um sorriso se formar nos lábios dele e então ele simplesmente vou a olhar para frente.
- Eu tenho minhas fontes, sabia? – Disse.
- Eu falo sério. – Ela falou impaciente, não estava a fim de brincar o jogo "descubra como Roy Mustang soube da missão secreta".
- Eu também. – Ele disse, mesmo que ainda sorrisse.
- Mustang...
Ele percebeu que ela começava a se irritar e riu. Ele simplesmente não conseguia evitar.
- Quando eu cheguei aqui, o primeiro lugar em que fui foi em sua casa – Ele disse. – Eu realmente queria lhe ver e ver meu filho.
- Na minha casa?
- Sim. – Ele disse. – Foi Jamie que me falou que você estava em uma missão perigosa.
- Mas como exatamente você sabia onde eu estava?
- Bem, eu liguei para o Quartel, me identifiquei, e exigi que me fornecessem a informação. Depois eu peguei o carro e estava chegando lá quando vi você correndo e entrando em uma rua que eu sabia que não tinha saída. – Ele narrou. – Na verdade, eu tive muita sorte.
- Eu fico feliz que tenha tido. – Ela falou para si mesma, mas Roy escutou e apenas sorriu.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- E quando eu vi aquele apontando uma arma para você – Ele continuou – eu simplesmente perdi minha cabeça.
Ela virou o rosto na direção dele. Ele olhava para ela novamente, mas não havia nenhum sorriso, ele falava sério.
- E fiquei com medo que fosse te perder.
Ela engoliu em seco. Aquele era um ponto na relação deles que ela considerava muito frágil, era como se ele houvesse cruzado a linha que ela havia estabelecido, mas ela não podia reclamar, afinal, ela mesma cruzara aquela linha semanas antes.
- E também, - Ele continuou. – Jamie precisa da mãe dele.
- Sim. – Ela apenas respondeu enquanto virava seu rosto e encarava as ruas borradas passando pela janela.
Riza nunca havia sentido tanta alegria ao ver a fachada da sua casa. Roy mal havia desligado o motor quando ela saiu do carro e abriu a porta de casa.
- Jamie? – Ela chamou.
Não demorou muito para que o menino aparecesse correndo na direção da mãe. Ela se abaixou e apertou o filho quando ele a abraçou, e se pôs a chorar.
- Shh... Eu tô aqui, meu amor. – Ela dizia tentando acalmar o menino.
- Eu tava com medo, mamãe! – Ele choramingava.
- Eu to bem. – Ela o assegurou enquanto enxugava suas lágrimas.
Foi então que ele viu Roy parado no portal.
- Você salvou a minha mãe, não é, Roy? – O menino perguntou.
Roy apenas sorriu para o filho.
- Sim. – Riza respondeu também sorriu. – ele salvou.
N/A: Olá, gente :]
To meio com pressa hoje, só vim mesmo agradecer ás fofas que deixaram reviews no último capítulo 3 haha
Espero que gostem e desculpem a demora. Ah, e não sei quando sai o capítulo 13, tá chegando fim de ano e com ele os vestibulares S:
Espero que compreendam!
xo
Lils
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