Uma menininha perdida,
Usava um vestidinho armado,
Com a cabeçinha inclinada,
Tentava entender.

Essa menininha,
Ela não entendia o mundo,
Nem as pessoas,
Nem nada.

Fuchicava na sua trancinha,
Feita pela mãe cansada,
A mãe que ela também não entendia,
A mãe por quem era tão amada.

Seus olhinhos duvidosos,
Inocentes,
Puros,
Focavam na luz.

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Sua cabecinha não era atrasada,
Só não gostava do que via,
Ocultava e ignorava,
Acreditava.

A menininha,
Ela não te entende,
Ela não te conhece,
Ela não te vê.

E você a julga tola,
Eu sei que a julga,
Mas você também não conhece a menininha,
Você não a entende.

Você não sabe o motivo de sua incompreensão,
Ou o motivo dela ficar parada,
Perdida com a cabeça inclinada,
Tentando entender.


Eu não posso te explicar pra ela,
Mas posso explicar um pouquinho dela pra você.

A menininha na verdade enxerga,
Ela enxerga tudinho,
Ela sabe,
Ela sabe tudinho.

Ela só não aceita,
O erro dela é acreditar,
Que tudo isso pode mudar,
Que pode melhorar.

O erro dela é acreditar que todas as pessoas são boas,
E que o mundo é todo colorido,
O erro dela é achar que todos são imortais,
E que não dói ter o corpo ferido.

O erro dela é pensar que tudo dura para sempre,
Mas as lágrimas,
Por algum motivo,
Escorrem no rosto dela.

Mas por que ela chora,
Se ela acredita que tudo perfeito?
Ah, ela chora,
Porque ela é apenas uma menininha.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.