Ancorado
Ledo Engano
Uma porta. Sim, tantos momentos macabros mostraram-me uma porta. Não era de vidro, não era de nada, como um portal sobrenatural que ainda sim precisasse de uma chave. A poeira invisível ricocheteava desespero, como naqueles filmes de terror em que tentamos miseravelmente encontrar a chave certa. As mãos tremem, os lábios tremem, o coração treme; tudo cortado numa mesma transversal.
E quem diria que tão longe eu estaria, tão longe eu iria, sangrando eternamente como uma hemorragia de ausência de vitamina K. Os lobos uivavam, as sereias cantavam; tudo que fazia sentido não estava lá. Os dentes tremiam, os olhos tremiam e o pulso doía de tanto forçar. Força forçada, água parada, a chave da porta que não queria se destrancar.
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Tentou uma
Depois a outra
E por último a terceira
Abriu
Sorriu
Encontrou outra porta
O de novo se desfaz no novamente.
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